Capítulo 26

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-Paco?. -Diz Dul surpresa ao abrir a porta e se deparar com o mesmo. Não esperava vê-lo tão cedo e pela expressão de surpresa dele, era recíproco, não esperava que ela tivesse em casa.

-Oi. Vim buscar umas coisas que eu acabei esquecendo. Posso entrar?. -Ele pergunta depois de alguns longos segundos em silêncio só a encarando.

-Claro. -Ela diz e dá passagem a ele.

-Posso subir no quarto?. -Pergunta ele quando depois de sua entrada, a porta fora fechada.

-Claro, pode ir lá. Quando voltar, quero falar com você. Será que posso?. -Pergunta Dul querendo enfim resolver essa história. Ela sente que não terminou do jeito certo e precisa fazer isso agora.

-Tudo bem. -Ele diz simplesmente sem um fio de animação.

-Obrigada. Eu espero aqui. -A ex ruiva senta-se no sofá. 

Paco então subira para o andar de cima enquanto Dul, pensava em que palavras usar e como usá-las para não ferir o coitado. Ela sabia que Paco a amava, e sabia que doeria nele ouvi-la confessar mais umas vez que não é um sentimento recíproco. E não pense você que isso é fácil para ela por que não é. Amar alguém e não ser correspondido dói, más você já sentiu o quão horrível é, saber que uma pessoa te ama e não poder retribuir esse amor porque você não sente o mesmo?. Também é doloroso.

Para contragosto de Dul, ele não demorou muito lá em cima. Então ela ainda não sabia bem como começar a falar.

-Eu não tenho muito tempo, então.. -Ele disse. Colocou a caixa com alguns papéis que buscou no quarto sobre a mesa. Ele não se sentou, preferiu ficar de pé.

-Está bem, vou ser direta. -Prometera. -Eu só queria pedir desculpas pela forma com a qual eu falei com você aquele dia. Quero me desculpar também, por ter passado esse tempo todo sem ser sincera com você em relação ao que eu sentia. -Ela começou.

-Claro. -Ele riu pelo nariz. -Tudo bem Dul, acho que já fui humilhado demais por você. Não precisa me dizer que não me ama, eu ouvi bem claro da outra vez. -Ele disse, os olhos tristes.

-Paco, eu adoro você, sério, eu gosto muito de você más não assim. Você é uma pessoa incrível e eu ficaria aqui horas falando de todas as suas inúmeras qualidades, más ainda assim eu não te amo. Eu gostaria muito de corresponder a todo o amor que você sente por mim, eu acho até que me casei com você para tentar te amar, egoísta da minha parte, eu sei e não me orgulho. Más é ainda mais egoísta eu continuar te prendendo a mim, impedindo você de conhecer outras pessoas, de conhecer alguém que te ame de verdade e te mereça. -Ela se levantou enquanto falava. -Me dói muito saber que estou te machucando agora, más isso só está acontecendo porque na verdade, não era para ficarmos juntos desde o início. Você é uma pessoa maravilhosa e merece muito mais do que eu. -Ela disse por fim.

-Entendo. Bom, de qualquer maneira obrigado por tudo. O pouco tempo em que acreditei que me amava fora os melhores momentos da minha vida. Eu realmente senti que fui importante na vida de alguém. -Ele dizia e cada palavra Dul sentia o coração ficar apertado. Dolorido.

-Você é importante, Paco. Na minha vida vai sempre ter um espaço especial para você, não como você gostaria más se precisar de mim como amiga, eu vou sempre estar disponível. Aliás essa é uma das coisas que gostaria de pedir, não se afaste de mim por causa disso. Sei que vai precisar de um tempo até superar isso más não esqueça de mim totalmente. -Pediu.

-Está bem. -Ele concorda com um leve sorriso nos lábios. -Será que eu posso te dar um abraço?. -Pergunta.

-É claro. -Com um sorriso maior que o dele, Dul abriu os braços e o recebeu nele.

A partir daí a paz finalmente se fez presente na casa de Dul. Apesar de estar um tanto triste e enciumada com a nova relação de Ucker, por outro lado estava saltitante por ter enfim, resolvido as coisas da maneira mais calma com Paco.

Cerca de um mês e alguns dias depois, a burocracia do seu divórcio com Paco estava quase resolvida enquanto a de Poncho já tinha sido finalizada e ele era oficialmente divorciado.

Ucker estava firme com a nova namorada e a exibia sempre que podia.

Os reencontros do ex grupo fora ficando cada vez menos frequentes, já que com a volta para o México, as rotinas voltaram e as agendas na maioria das vezes se desencontravam.

Annie continuava distante, só que agora não só de Poncho, más sim, de todos os outros. A loira que costumava ser a mais ativa no grupo de Whatsapp por ter um tempo livre maior, fora ficando cada vez mais inativa, até chegar ao ponto de ficar um ou até mesmo dois dias inteiros sem aparecer online. Até mesmo suas famosas fotos fora parando de serem postadas. Annie estava até mesmo começando a fugir das visitas das amigas que insistiam em tentar ir vê-la durante seus horários livres, más adivinha! A loira sempre dava uma desculpa e na maioria das vezes, dizia que estava cansada por estar com a barriga enorme e tão proxima do parto.

(Pov Poncho)

Era domingo, dia dois de fevereiro, às cinco horas da tarde. Eu acabo de chegar de mais um dia longo de trabalho. Estou exausto más sei que poderei descansar quando finalmente entrar em casa. Giro as chaves na maçaneta da porta do apartamento novo e entro encontrando um completo silêncio, Dani está na casa da mãe por tanto estou sozinho. Fecho a porta atrás de mim e deixo as chaves e celular sobre a mesinha de centro. Eu retiro meu casaco e antes mesmo de jogá-lo no sofá ouço meu celular tocar.

Eu nem acredito quando vejo o nome de Annie brilhando na tela, não temos nos falado muito ultimamente por tanto, minha surpresa está na mesma medida da alegria.

-Annie? Oi!. -Eu digo quando atendo, logo escuto um suspiro do outro lado, talvez de alívio?

-Poncho, minha bolsa estourou e eu estou sozinha em casa. -Ela faz uma pausa e geme de dor, sua respiração está forte. -Por favor me ajuda eu não quero perder meu bebê. -Ela diz e então começa um choro baixinho.

....

Reencontro De Seis Almas - RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora