Captured || Imagine Kim Jongin

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      - Perseguição é o que estou sendo paga para fazer. - Faço uma bolha de chiclete quase tão grande quanto a minha cabeça, depois de fazer a pergunta para a minha irmã Devika através do celular. Ela estoura quando pulo ao som de uma faca batendo com força sobre a tábua de corte de mármore. Às vezes acho que ela se tornou uma chef para que pudesse esfaquear coisas.

Ela é assustadora.

- Ah! Tanto faz. - Ela retruca antes que a faca atinja a tábua novamente. - E o seu chiclete é irritante. - Diz antes de fazer outro corte duro. É um pouco nojento também. Minha mandíbula dói da grande bola de chiclete agora sem sabor. Tenho que continuar adicionando mais alguns para manter o sabor. Agora fiquei sem chiclete e sem sabor. Pego a revista no assento ao meu lado, rasgo um pedaço e cuspo meu chiclete nele. Tenho que lembrar de jogar fora antes que Devika volte para o carro dela, já que está me emprestando. Ela nunca o usa mesmo, então uso-o para o trabalho, o que significa que apenas me sento nele e observo as pessoas - no momento apenas uma pessoa. Não queria perder a vaga, então peguei o metrô para casa, deixando o carro parado no lado de fora do prédio que eu estava rondando, quero dizer, vigiando.

Este é um dos trabalhos mais chatos que já tive. Isso diz muito por que já tive diversos empregos até este no momento. Mascar chicletes é tudo o que há para fazer neste carro enquanto sento e espero. Tenho que manter meus olhos na porta. Cometi o erro de jogar no meu celular e por duas vezes perdi meu alvo. Não vou fazer isso de novo. Mas à tentação de jogar no celular é muito grande. A única coisa que me impede de fazer isso é que quero vê-lo novamente e realmente não quero falhar no trabalho.

- Ele está sempre trabalhando. - Digo ao celular. Pensei que ser uma investigadora particular seria divertido. Deveria saber que as aulas on-line que fiz foram super chatas. Acredito que todas as aulas são chatas, exceto uma vez que fui para a escola de circo, confesso que foi divertido, mesmo que eu tenha fracassado. Meus olhos se movem para o espelho retrovisor. Uma pequena marca que a maioria das pessoas não percebe ainda permanece na minha testa. É um lembrete da primeira e última vez que tentei fazer malabarismos.

- Então ele não é um bastardo traidor? É apenas um maníaco por trabalho? - Devika para de cortar como se não pudesse acreditar. A mesma acredita no pior de todos. Nós tivemos pais ruins. Ela foi a minha rocha ao longo dos anos. É mais velha que eu e mais mãe às vezes que uma irmã. Devika me criou. Levando-me com ela quando saiu de casa, eu tinha apenas dez anos na época. A única pessoa para quem ela não é espinhosa, sou eu.

- Não sei. - Admito. Talvez esteja transando com a secretária? É tão clichê que é chato e já que seu assistente é um homem, isso significa que é gay. Não sei o que essa mulher quer que eu descubra sobre ele. Não me deu muita informação. Sei que não é casado. Isso eu descobri com os antecedentes. Minha cliente, no entanto, usava uma aliança de casamento. Quando perguntei, disse que ela era a pessoa que fazia as perguntas. Como foi super ignorante, me deixei levar. Preciso desse emprego e finalmente ser bem sucedida numa profissão. Minha irmã sempre se destaca em tudo que faz e quero isso para mim. Não tenho inveja dela, só quero ser boa em alguma coisa, qualquer coisa! Quero fazê-la orgulhosa de mim também. Ela não parece se importar com minhas mudanças intermináveis de carreira. Sempre sorri e diz que vou encontrar minha paixão em algo em breve, que nem tudo tem que acontecer de imediato.

- Checou suas redes sociais? - Ouço Devika pousar a faca. Os cliques suaves que ouço me alertam para o fato que ela já está pesquisando. Devika sempre mantém um pequeno laptop no balcão quando cozinha. Seu vício sempre foi reality show e assiste-os enquanto trabalha na cozinha. Já me fez assistir muitos desses shows, sei que faz isso de propósito, então tem com quem conversar sobre eles.