Capítulo 63 - A Fortaleza

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Borracha se recuperou de seus ferimentos após a batalha da delegacia, não estava completamente bem, mas queria ajudar. Ele se juntou com alguns heróis e médicos na procura de civis pela cidade. Algumas pessoas apareciam em esconderijos de casas aparentemente destruídas e abandonadas. Lá era onde se refugiavam.

- Venham, iremos ajudar vocês. (Disse o herói à uma família de três pessoas que surgira).

- Nosso pai...nosso pai nos protegeu... (Falou um garoto que acompanhava sua irmã e mãe) Ele se sacrificou para que...fugíssemos.

Jorge o olhou com pesar, para muitos ali esses dias seriam lembrados por todos sempre. Inúmeras pessoas inocentes foram mortas por vilões que tinham intuito de expandir e incrustar o caos dentro da sociedade. A raiva fluiu do herói, ele queria o fim daquilo logo.

- Borracha! (Alertou um dos heróis que estava no grupo) King encontrou resistência na fronteira da cidade mais próxima daqui. Alguns agentes estão com ele, nós podemos ajudar.

Jorge arregalou os olhos, não queria mais mortes nesse momento. O herói assentiu e o grupo se reuniu para ir ao encontro de King. Borracha já se preparava para correr quando a garotinha, que estava sendo acolhida pelos médicos, puxou-lhe as vestimentas, o rapaz se assustou por um momento e reagiu de maneira contida.

- O que deseja minha pequena? (Perguntou Jorge).

- Tio, eu vi um esqueleto. (Respondeu a menina).

Borracha entendeu a criança. Era incomum ver um morto vivo se mover por aí, e há poucas horas haviam vários na cidade. Provavelmente ela ainda estava assustada.

- Tudo bem, eles já se foram. Não podem mais machucar você. (Falou Jorge, tranquilizando a garota e fazendo menção de acompanhar seu grupo, que estava mais a frente). Fique aqui com os curandeiros e sua família, vocês ficarão bem.

A menina não aparentava ter encerrado o assunto que queria falar, e olhou para o homem com dúvida. O irmão se aproximou da garotinha e, com carinho, disse:

- Tudo bem irmãzinha, eles vão nos proteger, os esqueletos não nos farão mal.

Jorge assentiu olhando para os irmãos e se virou para começar a correr, mas o que escutou em seguida, o fez paralisar.

- E a garota que estava com aquele esqueleto rápido...(Indagou a menina) Ela é do bem ou do mal?

O irmão olhou para a menina com estranheza, sem entender ao que ela se referia. Borracha se virou inquieto e perguntou:

- Que garota você viu com eles?

- Quando estávamos escondidos, vi por um buraco, um esqueleto correr com ela, bem para aquela casa ali. (Apontou a garota para uma casa amarela logo a frente).

Jorge se voltou para onde ela apontava e recrutou mais dois homens para lhe acompanhar.

- Cuidado, não sabemos quem é, se é amigo ou não. (Disse o herói para os dois).

Borracha e seus amigos cercaram o local, adentrando por mais de uma abertura possível. O herói se esgueirou por uma janela, e ao chegar no canto da sala, avistou uma mulher deitada e desacordada no chão. O corpo estava com ferimentos múltiplos, desde queimaduras e cortes até sangue nas mãos e unhas. Os outros dois alcançaram Jorge e foram se aproximando da mulher desconhecida, quando o herói os impediu.

- Não! (Alertou o rapaz). Não sabemos ainda quem é. Tomando por base os ferimentos, o sangue nas mãos que aparentemente não parece pertencer a ela, e o fato do esqueleto tê-la deixado aqui, só posso acreditar que esta mulher não está do nosso lado.

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