It had to be her [Ranu]

Verdades reveladas.

Manoela Gavassi.

─ E foi isso que aconteceu, o que achou?── Rafa me pergunta, e eu a olho incrédula. Eu não acredito que a gente não fez o que eu tava pensando, não que eu estivesse triste, na verdade, eu não sei como eu tava ao certo, um misto de sentimentos habitavam meu corpo e mente naquele momento, alegria, raiva, felicidade, tristeza, luxúria, alívio, vergonha. Eu sei, isso tudo é meio louco e confuso, mas, eu já parei de tentar entender mesmo, então só segui em frente.

─ Para ser sincera, eu estou um pouco confusa, não sei se fico feliz, ou triste, no entanto, vou parar de pensar nisso, não quero encher minha cabeça com isso agora. ── Digo, e vejo rafa concordar comigo, e eu dou um sorriso meio envergonhado pelo vexame que eu passei ontem. ── Desculpa por tudo ontem, Rafa, acho que passei do limite, aliás, acho não, eu tenho certeza. Não queria te por naquela posição.

─ Hey baixinha, para com isso, ok? Somos amigas, eu faria isso mil vezes se fosse preciso. ── Ela diz, e sinto meu coração derreter. É muita fofura para uma pessoa só. ── Certo....agora será que você poderia me contar o que aconteceu entre você e o Igor com mais detalhes? Ou, você ainda não está pronta para isso? ── Ela pergunta com toda a calma e cuidado do mundo. E aí está mais um dos muito motivos para eu amar; Rafaella Kalimann, essa calma, essa delicadeza, esse cuidado que ela tem para tratar assuntos como esse, é surreal, realmente, justa e paciente como foi Jesus.

─ Certo, eu vou te contar, mas primeiro, você terá que me prometer que não matará o Igor depois disso. ── Brinco e a vejo rir, mas, logo voltar a ficar seria.

─ Olha Manu, o máximo que eu posso te prometer, é não ir atrás dele hoje, mas não outro dia, porque se esse babaca te machucou, vou fazer ele pagar na mesma moeda, Timtim por timtim, ninguém mexe com você e fica por isso mesmo! ── Ela diz, e eu engulo em seco, conhecia Rafaella suficiente bem para saber que aquilo não era brincadeira.

─ Tudo bem....foi assim que aconteceu....

Há mais ou menos 3 dias atrás.

Casa da Gavassi.

Eu estava muito ansiosa para o meu primeiro jantar de noivado com o Igor, depois de quase um ano juntos, eu finalmente tive coragem para pedi-lo em casamento, eu estava tão feliz. Passei o dia todo vendo e revendo a roupa que eu usaria mais tarde, tava vendo qual maquiagem usaria, ou até mesmo o que eu falaria para ele, tinha até um discurso falando o quanto eu o amava pronto, estava tudo perfeito, mas, senti o Igor estranho, estava distante como se algo o tivesse incomodando, ou coisa parecida, mas, resolvi deixar para lá, era só coisa da minha cabeça. Estava quase na hora de sairmos, eu estava ansiosa, nervosa, feliz, agitada, tudo que é sentimento bom que você imaginar, eu já estava quase pronta, só faltava a maquiagem e os retoques, porém, eu senti que não era a única coisa que faltava, faltava o Igor comigo, ele estava meio distante, perdido, distraído com o celular, e aquilo já estava fazendo várias e várias teorias não muito agradáveis se formar em minha cabeça, só que mais uma vez, resolvi deixar para lá, mas, iria jogar um verde, queria muito saber o que estava rolando.

─ Amor? Eu já tô começando a ficar com ciúmes de você com esse celular, passou o dia todo com ele, mal me deu atenção. ── Digo dando um selinho em seus lábios, mas o mesmo desviou. Ok, agora as teorias que se formavam em minha cabeça estavam cada vez mais forte.

─ Distante? Eu? Claro que não, Manoela.... Eu só deixei você respirar um pouco, quero dizer, a gente passa o dia todo, a tarde toda, e a noite toda juntos, achei que seria bom se para variar, se dessemos tempo um para o outro ── ele diz convicto, e eu apenas aceno, e volto a me maquiar, mas antes, ele me puxa para um beijo, e eu sorrio. ── Eu te amo, agora vai lá se arrumar. ── ele diz saindo do quarto, e eu volto minha concentração em minha maquiagem.

[....]

Havíamos acabado de chegar no restaurante, o local era bonito, chic e elegante, as pessoas tudo nariz em pé, eu gostei do clima, gostei da escolha também, o restaurante era variado, tinha várias comidas e especiarias, de tudo quando é lugar.

─ O que você quer comer, Manu? ── Igor me pergunta, enquanto eu sento na cadeira que o mesmo havia acabado de puxar para mim.

─ Eu queria provar comida Italiana, parece ser uma culinária um tanto quanto interessante! ── Digo, e vejo-o acenar enquanto se senta do outro lado e de frente para mim. ── O que acha da escolha?

─ Eu acho uma ótima escolha, vou pedir comida francesa, sempre tive curiosidade em comer algo da França, porém, nunca tive uma boa oportunidade. ── Ele diz, e chamamos o garçom, fizemos nossos pedidos, e o vi me olhar um pouco.....culpado? Não, claro que não, porque ele me olharia culpado? Ele não tinha culpa de nada.

─ Tá tudo bem, Igor? Estou te sentindo um pouco distante desde cedo, e não venha me dizer que foi por querer dar espaço para nós dois, porque não foi! ── Sou curta e Grossa, e o vejo engolir em seco.

─ Bom Manu... eu...tô distante sim, mas, não é por isso, mas, podemos comer antes, e depois a gente conversa sobre isso, ok? ── Ela diz, e eu aceno com a cabeça.

Depois disso, ficamos calados por longos e torturantes minutos, na verdade, minha mente estava longe, criando várias teorias para o motivo do Igor estar agindo assim comigo, e eu não conseguia chegar em uma conclusão plausível.

─ Licença senhorita, cavalheiro. ── Diz o garçom interrompendo meus pensamentos, ele botava ambos pedidos na mesa, e se retirava com um "Espero que gostem, licença", começamos a comer, e foram longos minutos de total silêncio, agora quem estava com os pensamentos longe, era eu.

Termianos de comer não muito tempo depois, e olhei para Igor como se esperasse uma resposta plausível para o comportamento de mais cedo.

─ Então Manu....você sabe que eu te amo, não sabe? ── Ele me perguntava, e eu apenas acenava esperando que ele prossiga ── então...eu não sei como te dizer isso sem doer, quero dizer, eu não sei como falar isso sem parecer um total babaca, talvez, nem tenha como, mas, saiba que eu te amo muito, mas, eu não posso fazer isso, não posso casar com você sendo que eu amo outra, eu tô namorando com uma mulher já faz um tempo, eu sei que isso é totalmente babaca da minha parte, mas, ao menos, eu tô te contando agora, eu sei que vai doer, mas também sei que vai passar, você foi o meu grande amor, cada parte de mim, te ama, mas, não mais desse jeito, eu não consigo mais, você é muito especial, talvez a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, mas, não tem como, não tem como eu continuar te engando assim.

Ele fala choroso, e a cada palavra que saía da boca dele, era como se mil espadas extremamente dolorosas estivessem sendo enfiadas bem devagarinho bem no fundo do meu coração, por que todos me machucam? Por que todos tem que ser um completo babaca? Primeiro Shay, e agora Igor? Talvez o verdadeiro problema seja eu, não sei, eu estava destruída, devastada, o amor que eu sentia por ele, não ficou mais fraco nesse momento, e isso foi o que mais me deixou com raiva, não conseguir dizer nada, não tinha como, então, apenas sai dali as pressas, precisava chorar, gritar, extrapolar, fazer qualquer outra coisa que me tirasse aquela angústia que eu estava sentindo, e eu só conhecia uma pessoa com essa capacidade, e era para lá que eu ia.

End

─ Isso que aconteceu, eu me sinto culpada, rafa, me sinto horrível, como se a culpa fosse minha e-

─ O QUE? Maria Manoela, eu não acredito que você está se culpando por um ato terrivelmente escroto como o desse babaca! ── Rafa diz me cortando, e eu apenas a abraço, abraço como se só ela fosse meu porto seguro, como se ela podesse me proteger, e realmente, só ela poderia. ── Sabe Manu, sobre aquela promessa de não matar o Igor por hoje, acho que vou quebrar ela agora. ── Ela diz, e eu dou risada, só ela pra me fazer rir em momentos como esse.

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Mais um pra vocês meus amores, sentiram vontade de matar o Igor, sim ou claro? Kkkkkll, rafa sempre levantando o astral da nossa pitchula, enfim, foi isso meus amores, aproveitem o capítulo, beijos, amos vocês. E os erros como de costume, eu corrijo depois. Até o próximo.