Dia, hora ou lugar

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As pessoas tinham as suas definições sobre o que era a arte. Muitos se podiam se basear por embasamento de escritores, pintores e escultores, mas isso não seria na teoria?

Se fosse, apenas, na teoria ele teria muito o que argumentar, mas na prática, ele não tinha, minto, tinha sim. Para muitos não poderia ser arte, mas para ele, aquele era uma forma prática de dizer o que era arte.

A sua definição prática tinha nome, sobrenome, endereço e personalidade. Um sorriso melancólico se abriu em seus lábios ao pensar nele, as suas orbes azuis que se encontravam opacas e gélidas ganharam um brilho ao vislumbrar a imagem a sua frente. As suas narinas sentia o doce aroma do café mascavo que era temperado as sete da manhã. Os raios solares se adentravam sobre a janela do apartamento que tocava na sua pele de forma sutil e acolhedora.

A sua mente se perde nos pensamentos, no momento que ver, Tanjiro vir em sua direção, a sua arte prática. Como sempre estava belo em plena manhã de terça-feira, porém o que o tornava mais cálido, era os seus cabelos ruivos molhados, se podia ver as gotículas de água deslizar pelos fios escarlates, e com cheiro de flores do campo, as bochechas rubras e os lábios rosadas e com um sorriso acolhedor, gentil e doce que ele só tinha.

— Aqui o seu café. — Se pode contemplar em ouvir o doce som de sua voz que era suave, calma e amena. Tanjirou esticou um dos seus braços para entregar a si uma caneca branca e fumegante de café.

— Obrigado — Respondeu. As suas mãos pegaram na caneca, mas mesmo assim, não deixava de olhar para ele a sua frente.

— Está tudo bem, Giyuu? —  Preocupação em sua voz. Estava tudo bem sim, o moreno sorriu ao ruivo e disse.

 — Está sim, Tanjirou. Só pensando em várias coisas no momento.

 — É, o que seria essas coisas? — Tanjirou arqueou as suas sobrancelhas, com um sorriso tímido nos lábios,  

—  O quão bonito você fica com seus cabelos molhados, e como sou sortudo por ver essa obra de arte tão bela. — Pode ver as bochechas ficarem mais rubras, mesmo estando sós, morando juntos a dois anos, Tanjirou ainda agia como namorados de início de namoro, a sua timidez era o segredo da pintura.

— Bobo. Vou arrumar umas coisas no quarto, e, aí sim, podemos ir para a Universidade — Um beijo casto vou deixando na sua testa, com isso, o ruivo caminha ao quarto do ambos e o deixando sozinho na sala.

 Para Giyuu a sua definição de arte prática era poder contemplar Tanjirou com seus cabelos molhados todos os dias pela manhã, e ele nunca se cansaria de o admirar como uma formosa tela de arte que foi pintada por um ser de outro mundo e repleto de inocência.

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