Monique vivia uma vida pacata e comum em Nova Iorque com seu cachorrinho Luke, até ser quase atropelada por um certo marmanjo com um carro ridiculamente lindo. Mesmo sendo arrogante, conversar com ele pode até ser legal. No que será que isso vai dar...
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— Então, aonde estamos indo?
— Relaxe, querida. Você tem medo que eu te sequestre? — Desviou sua atenção do trajeto para meu rosto.
Dou de ombros e sorrio levemente.
— Talvez! Afinal, eu não te conheço. Você é um completo estranho. — Apontei, ele teve que concordar antes de voltar-se para o trânsito.
— Não muito estranho. Você sabe meu nome, e eu quase te atropelei. Acho que passamos de estranhos.
— Bem, você não está errado. — Eu sufoco uma risada. Talvez ele não seja tão estúpido afinal.
Daryl dirige alguns minutos pela cidade em silêncio, este só quebrado pela música fluindo dos alto-falantes.
Sinto uma mistura de estresse e excitação. O que estou prestes a fazer esta noite é uma loucura, mas tento manter-me calma.
O rap saindo do som do carro ajudam a me tranquilizar. Balanço minha cabeça ao ritmo da música, adorei a vibe dela.
Claramente, Daryl percebeu meu entusiasmo e se inclinou para aumentar o som. O toque nos envolve e enche o interior do carro.
— Você gosta? — Pergunta virando para mim brevemente, tentado a prestar atenção no trânsito, algo incomum vindo dele, possa-se dizer.
— Eu prefiro "dead to me", mas não é tão ruim. — Direciono-lhe um sorriso breve, apontando com o dedo para lugar nenhum quando cito a música.
— Um amigo meu compôs. — Solta depois de alguns segundos, mantendo uma postura relaxada enquanto dirige.
Tento imaginar características específicas para algum amigo do Daryl, mas é meio impossível.
— Sério? — Pergunto, interessada no assunto.
— Claro, eu pareço estar mentindo? — E lá está ela, a famosa e tão comum sobrancelha arqueada e a cara de malvado desse palhaço.
— Absolutamente! — Dou uma olhada em sua direção e vejo o sorrisinho malicioso presente ali pela centésima – acho – vez depois de nos conhecermos.
Abano minha cabeça, dando uma pequena risada e volto minha atenção para o tráfego que tomamos, as ruas estão lotadas de carros, e as pessoas nas calçadas bem vestidas indicam que irão para alguma festa.
