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– Houve um tempo em que os humanos viviam com medo de se perder dentro de si mesmos. Experimentou uma das piores emoções. Caçado pela idéia de solidão. Eles acreditavam que a razão pela qual a humanidade caiu no buraco da morte foi por causa da solidão. Ficar sozinho enquanto a tristeza toma conta de você. Em Geochilsan-gun, 634, um grupo de religiosos começou a fazer cultos para dar presentes ao Deus da Solidão. Esses presentes eram aceitos apenas a cada 100 anos. Desde que os presentes começaram, a terra não se sentia tão sozinha como antes. Os aldeões pensaram que sua felicidade e acumulação se deviam aos presentes.  A doação que foi enviada ao deus e o sacrifício, seja humano ou desumano, eram muitas vezes aceitos- Você está ouvindo?

Jimin ouviu um barulho alto na mesa, fazendo-o olhar para o seu melhor amigo, cujo olhar já estava intensamente fixado nele. Ele queria se encolher na cadeira e se esconder completamente. Taehyung poderia ser totalmente o mais assustador quando ele quisesse.

– Desculpe, eu estava... espaçando. – Jimin admitiu. Apesar de dizer a verdade, Taehyung revirou os olhos e deixou a cabeça cair enquanto suspirava alto e desesperadamente.

– Jiminie... – Taehyung choramingou com um olhar muito sério que fez Jimin sentir meio inferior. Ele sabia que Taehyung nunca pretendia parecer nem tão mortal nem grave; no entanto, sua aparência e postura naturais eram normalmente descritas como obscuras e sombrias, porque ele era o único filho conhecido do Deus dos Mortos. De alguma forma, Jimin e Taehyung se equilibraram perfeitamente. O garoto de cabelos cacheados castanhos escuros reabriu o livro, que ele já havia batido contra a mesa, e digitalizado as páginas para encontrar o que estava usando antes. Assim que ele chegou, ele jogou o livro para Jimin, que simplesmente o olhou de uma maneira estranha.  – Você conhece os 100 anos do presentear?

Jimin olhou para ele confuso, incapaz de murmurar uma palavra. Sobre o que seu melhor amigo estava falando?

– Eu preciso saber? – Jimin perguntou inocentemente, fazendo Taehyung gemer muito alto que algumas pessoas no café os encaravam com uma expressão desagradável.

– Você tem prestado atenção ao professor Cheon esta semana?

Jimin balançou a cabeça. Para ser honesto, ele não estava prestando muita atenção às aulas recentemente porque tinha uma apresentação de dança muito grande na próxima semana; assim, seu nível de estresse era tão grande quanto o universo inteiro. A sua formação em dança levava a maior parte do tempo e naquela semana, em particular, foi difícil para ele, por isso a participação de Jimin na conferência semanal de Cheon era quase inexistente, pois ele passava a maior parte do tempo dormindo.

– Você sabe que eu estive ocupado... – Ele murmurou baixinho, passando os dedos pelas palavras da página. Seus dedos pareciam parar com uma palavra específica. Ele se aproximou da página, a cabeça inclinada para frente, pois não conseguia ler direito sem os óculos ou as lentes de contato.  – Deus ... da Solidão? – Jimin murmurou lentamente. Esse nome era familiar, mas nada veio à mente de Jimin. Nenhuma imagem, rosto ou história foi anexada a esse nome, mas certamente era conhecido por ele.

– O professor Cheon disse que seu nome coreano é Yoon-Gi. – Taehyung respondeu e empurrou a cadeira um pouco para a direita para que ele estivesse sentado ao lado de Jimin. O garoto de cabelos loiros inclinou um pouco o livro para que fosse mais fácil para seu melhor amigo ler as palavras;  no entanto, Taehyung empurrou de volta para Jimin.  – Conheço a história muito bem. Eu tenho ouvido falar sobre isso desde que nasci.

Jimin assentiu enquanto mordia um pouco o lábio inferior.  Taehyung vive a vida de um semideus na academia desde que ele nasceu. Ele não tinha visto outra realidade até conhecer Jimin, que, pelo contrário, só entrou na academia aos dezessete anos de idade.

Beyond Our Unknown ; YoonMinOnde histórias criam vida. Descubra agora