O jantar

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Seus dentes alvos e bem alinhados eram contornados por seus lábios finos e delicados. E a única coisa que eu imaginava era o meu pau penetrando aquela boca deliciosa.

Quando esticou as mãos para me cumprimentar, pude sentir a maciez de sua pele.

-Pai, esse é o Théo, o meu namorado. -disse Alice, minha filha de 17 anos.

Para a decepção da minha filha, o cumprimentei com ar de seriedade. Segundo ela, o meu olhar foi amedrontador. O que deve ter sido verdade, já que Théo abaixou o olhar fazendo uma posição de submissão e isso me deixava louco.

Renata, a minha esposa, o cumprimentou com alegria. Ela estava feliz por finalmente Vanessa está namorando.

Os conduziu até a sala de jantar, minha esposa havia preparado carne assada com batatas coradas, prato preferido do rapaz, segundo Alice havia informado a ela.

O tremor de suas mãos ao segurar o garfo demonstrava o seu nervosismo. Eu permanecia olhando para ele. Alice me direcionou um olhar de repreensão, contudo foi ignorada por mim, permaneci fitando fixamente a Théo.

Percebendo o um clima de constrangimento, Renata inicia uma conversa na tentativa de melhorar o clima.

-Bom, Théo quantos anos você tem?

-Eu tenho dezessete, dona Renata.

-Que bom que vocês tem a mesma idade.

-Mãe, acredito que a idade seja algo bem relativo. Se Théo fosse mais velho ou mais novo não me importaria. O que vale é o amor, não é Théo? -ela disse dando um selinho nele.

Permaneci calado durante o jantar. Renata e Alice tagarelavam sem parar. Théo apenas sorria, esfregando as mãos nas coxas para aliviar o nervosismo.

Quando o relógio dava onze horas, Théo anunciou a sua partida.

-Pai, bem que você poderia levar o Théo em casa. Já tá tarde e é perigoso para ele ir de ônibus.

-Não precisa se incomodar, seu Pedro. Tá tranquilo.

-Não é incômodo algum. Leva ele, amor. -ordenou Renata.

Dei um suspiro profundo e levantei para pegar as chaves.

-Venha, Théo.

Sai da casa sem olhar. No carro, fiquei observando o Théo beijar a minha filha e isso me provocou um ódio tão intenso, que senti sede pelo sangue do rapaz.

Ele entrou no carro e permanecemos calados até chegar na rua principal. Ele olhava o tempo inteiro para janela, evitando me olhar.

Estacionei o carro perto de um beco escuro e deserto. Théo arregalou os olhos. Eu respirei fundo, fechei o punho e depositei muita força no soco que dei no rosto do menino.

Ele deu um gemido de dor e um fio de sangue escorria na sua pele alva.

-Que porra é essa, Théo ?

-Eu não sabia que a Alice era a sua filha. Eu juro!

-Seu filho da puta! Eu quero você bem longe da minha família, entendeu, seu arrombado! Falei apertando o seu braço direito. Ele apenas confirmava com a cabeça.

-Me desculpe, Pedro. Você disse que não queria mais nada comigo então eu fui seguir a minha vida.

-Seguir a vida pegando a minha filha! Não envolve a Alice nisso. Você vai se afastar dela ou eu te mato. -eu dizia apontando o dedo no seu rosto.

O silêncio dominou o ambiente por alguns segundos.

Théo me olhou com os olhos umedecidos e disse:

Romance gay - O NAMORADO DA MINHA FILHA Onde histórias criam vida. Descubra agora