12° Capítulo

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Pov Rose

O caminho foi silencioso, não conversamos nem um minuto sequer. Paramos de frente a uma casa que tinha uma fachada completamente linda, com um belo jardim que reluzia sua beleza, com certeza veio do bom gosto da senhora Bennett. Saio de meus pensamentos com a porta do carro sendo aberta e a visão de Spencer aparecer.

Caminho ao seu lado sendo conduzida por sua mão em minhas costas, aquele delicado toque me causava leves arrepios e eu podia sentir a corrente elétrica perpassar por todo o meu corpo.

A porta é aberta antes que Spencer pudesse tocar a campainha e uma figura masculina surge.

- Você voltou!- Exclama o garoto, que se me lembro bem se chama Jake. Sem duvida a genética dos Bennett é maravilhosa. Ele olha pra mim curioso e depois sorri.- Ah, olá... - Ele diz tímido e coloca a mão na cabeça como se não soubesse o que fazer.

Spencer dá de ombros e entra me puxando pela mão logo em seguida. Uma onda de raiva invade meu rosto ao ver a mulher do restaurante sentada em uma das poltronas da sala. Mordi os lábios tentando controlar o nervosismo, Jake se senta ao lado dela e cochicha em seu ouvido, fazendo a garota dar uma gargalhada e se levantar. Sempre tive dificuldade de esconder minha cara de poucos amigos, e com ela não foi diferente. Algo nela me parecia famíliar, mas isso não importaria muito agora.

-Olá, Rose, sou a senhora Bennett.- Ela se apróxima estendendo a mão. Como ela sabe meu nome?

-Olá, senhora Bennett.- Segurei sua mão tentando manter a calma e não deixando transparecer a frustração que estava sentindo.

Senti uma pontada muito forte em meu peito. Então ele havia se casado. Com certeza não se lembrava do que tivemos, e se lembrava, agora não importava mais.

Olho pra ele que estava tentando conter o riso e em seguida pra mulher em minha frente que fazia o mesmo. Ela levantou uma sobrancelha e colocou um sorriso no rosto, só aí me toquei do que estava acontecendo, ela não era esposa do Spencer e sim a irmã. Não acredito que fui tão burra em não perceber a semelhança, eu vou matar essa garota. Sorrio e a puxo para um abraço.

- Senti sua falta, praga.- Ela retribui rindo e em seguida me encara.

- Eu também senti muita falta de você, precisamos colocar o papo em dia. Spencer me disse que você é uma grande advogada agora e que tem sua própria empresa. Estou tão orgulhosa de você.-Ela me puxa pra um abraço mais uma vez e continua.- Aconteceram tantas coisas...precisamos realmente conversar.- Tento ignorar a vergonha e a vontade de enfiar minha cabeça em um buraco.

-Oi, eu sou o Jake, não sei se você se lembra de mim, estava na cafeteria junto com meu irmão...- Ele aponta tímido para o Spencer.

- Claro que eu me lembro de você, nunca me esqueceria de um rostinho tão lindo como o seu.- Mostro meu melhor sorriso. Ainda bem que ele apareceu pra quebrar essa tensão que eu estava.

- Não sabia que você viria, se eu soubesse, teria preparado algo pra você.- Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, Spencer entra na frente dizendo que vamos conversar em seu escritório. Eles se encaram por alguns segundos e ela entende o que ele quer dizer. Espera, ela sabe do que essa conversa se trata? O que está acontecendo aqui?

Não consigo dizer ou protestar nada, Spencer me conduz para uma sala enorme, com um amplo sofá no meio, uma mesa aparentemente antiga logo atrás, uma estante coberta de livros e uma lareira. Sem dúvida alguma uma sala digna de filmes.

-Sente-se por favor.- Ele me tira de meus pensamentos e me olha, seus cabelos estão bagunçados por causa do capacete, mas isso não consegue tirar seu charme. Olho para baixo e lembro que estou com a roupa de treino, assim que Spencer se vira confiro se estava com algum cheiro ruim, mas suspiro aliviada ao ver que não estava.

-Toma.- Ele caminha até mim e me entrega uma taça de vinho branco, aceito por educação e o encaro.

-Agora vamos conversar. Você precisa me dizer o que sabe sobre tudo isso que está acontecendo. Por que você apareceu depois de tanto tempo? Por que estou sendo seguida? E como você e Bruce se conhecem?- Disparo com as perguntas e tomo fôlego, tentando acalmar a adrenalina que percorria em minhas veias.

-Vou te contar tudo o que sei e toda a verdade. Quanto ao Bruce, só ele pode te contar.- Ele diz ríspido ao fazer referência ao Bruce.

-Você me arrastou até aqui para podermos conversar, então você vai me contar tudo, do contrário, eu saio por aquela porta e te ignoro para sempre.- O ameaço e ele dá um longo suspiro, apontando para o sofá e se sentando.

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