▪︎ 12 ▪︎

65.1K 3.4K 6.1K
                                    

Amo você. Embora isso não signifique que tenha que gostar de você o tempo todo. - Barraca do beijo.

Bruno ficou comigo amanhã toda e confesso que amei sua companhia, era bom conversar com alguém que entendia minhas doidices. E era bom ter ele por perto.

- Melhor eu ir embora. - ele olha as horas no celular. - caramba, já são dez horas.

- Dorme aqui hoje, como nos velhos tempos. - puxo seu braço.

- Não posso, Gabriela iria me matar. E também não quero problemas com seu namorado. - É ele tem razão, Nicolas morre de ciúmes do Bruno. E não iria gostar de o encontrar aqui.

- Tudo bem seu insuportável. - Bruno sorrir.

Bruno se senta novamente na cama, em silêncio, ele me encara. Não entendi o porquê daquele olhar tão sério,  ele queria me dizer algo, mas não sabia por onde começar. Ele abria e fechava a boca várias vezes.

- O que você quer mané? - pergunto.

- Bea... - mais silêncio.

- O que foi Bruno, aconteceu algo?

- Você ainda gosta de mim? Tipo, como antes, quando eu pedi que fosse minha amiga colorida.

- Não!

- Tem certeza? Bea, se me disser que ainda sente algo, eu largo tudo por você.

O que ele queria, me enlouquecer e me deixar confusa? Não posso e não quero magoar ninguém, eu escolhi o Nicolas e ele é o pai da criança que estou esperando. Não seria justo com ele e nem com o Bruno.

- O que aconteceu? Porque tudo assim tão de repente?

- porque você é importante demais para mim - diz e se aproxima tocando minhas bochechas com sua mão gelada. - Eu achei que meus sentimentos em relação a você haviam mudado. Bea eu te amo.

E quando ele ia me beijar...

- Beatriz, Beatriz. - Nicolas me sacode para que eu pudesse acordar. - Acorda bela adormecida.

- Oi, o que tá fazendo aqui? - pergunto.

- Dia de praia lembra? - nego. - como assim não lembra, estamos programando pra ir a praia desde semana passada amor.

- Denise e Fernanda vão? - pergunto finalmente me levantando.

- Até o seu irmão vai, vamos.

Eu amo praia, mais sinceramente hoje eu não sinto bem em ir. Estou com a sensação que algo irá acontecer e prefiro evitar ficando em casa.

- Não podemos marcar pra outro dia? Tô me sentindo enjoada. - o que não era mentira.

- Não, você precisa de sol, o bebê precisa de sol, eu preciso de sol.

- Amor, eu só estou com três semanas. - digo. - nosso feijãozinho ainda estar em formação.

- Sim, vamos? Eu prometo que iremos voltar cedo. - Nicolas me agarra por trás, e se você se comportar, a gente brinca quando voltamos.

Me viro ficando de frente pra ele e subo em seus braços, Nicolas me agarra.

- Promete? Eu tô muito estressada esses dias.

- Prometo. - e sem aviso, ele gruda nossos lábios.

Eu amo esse chato e não abriria mão dele por nada. Eu sei que antes era apenas um maldito casamento que meu pai me forçou, mas agora, tudo que consigo enxergar é o Nicolas na minha vida.

- Eu amo você e esse seu jeitinho de demonstrar as coisas. - digo e rimos, saio de seus braços e vou pro banheiro afim de um banho.

Ok, estou no carro e apesar de toda animação de Denise, Fernanda e o meu irmão atrás. Ainda não consigo me sentir animada e a sensação ruim não sai do peito.
Tentei acompanha-los no ritmo da música, tentei rir com o Nicolas contanto suas histórias engraçadas enquanto dirigia. Mas ainda assim não conseguia me distrair.

- O que foi amor? - Nicolas sussurra. Respondo que não era nada, Nicolas descansa sua mão em minha coxa. Até me passou um pouco de conforto, e me deixou até mais calma.

- Bea, lembra da última vez que formos a praia? - Denise pergunta e logo depois ela e eu começamos a rir.

- Impossível esquecer. - digo e me lembro de quando formos parar na delegacia por causa do Luan apostando corrida. Coisas assim nunca mudam. - falando em Luan, você soube do mesmo? - pergunto a ela, depois que terminamos a escola nunca mais soube dele ou da vaca da Milena.

- Se casou, tem filhos e tem a vida que pediu a Deus. - Denise responde. - Milena, se eu não me engano estar grávida de 8 meses e precisou trancar a faculdade.

Cubro minha boca impressionada com o rumo de cada um, sempre achei que Luan e eu nos casariamos quando eu tinha uma paixonite por ele.

- Quem é Luan?- Nicolas pergunta.

- Acredite, não vai querer saber. - Clystoff se mete.

O celular de Nicolas toca, ele atende e o presentimento ruim reaparece. Agora, sinto meu coração acelerar. Enquanto todos pareciam distraídos e cantarolando, eu me encontrava preocupada com algo nada a ver.

Abaixo meu olhar e vejo uma mensagem de Bruno.

Bom dia, tampinha. 🙃❤

Sorrir, e o respondo em seguida.

Bom dia insuportável, como vc ?

O respondo e volto meu olhar para a estrada.

- NICOLAS, O CAMINHÃO! - Grito.

Ainda amo você Onde histórias criam vida. Descubra agora