Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, criada de fã e para fã, sem comprometer a obra original.
Avisos: Heterossexualidade
Ochako dá um gritinho, chamando atenção de outros passantes que dividem a calçada com ela e dando um sorriso sem-graça para demonstrar que está tudo bem.
Porque tá tudo bem, não tá? Lógico que tá! É só um bico de meio-período, ela só tem que andar com esses cachorros por meia horinha, só uma voltinha pelo bairro, é super simples!
Isso até um dos animais querer morder o outro, ou até um deles querer fazer xixi, ou um outro ver um pombo na rua e inventar de tentar sair correndo atrás, puxando-a pra frente pela corrente da coleira e agitando ainda mais os outros cachorros. E não tem nem dez minutos que Ochako começou! O moço que tava fazendo o anúncio do emprego no site garantiu que eles eram adestrados e bonzinhos, e não é que não sejam, de fato, mas... ela pensou que seria um pouco mais fácil. Ingenuidade dela, Ochako já deveria saber que o pagamento oferecido — razoavelmente bom — não viria de maneira tão simples.
Então ela está andando por essa vizinhança que não conhece muito bem, sentindo como se os cachorros é que estivessem a levando para passear, ela segura a coleira da melhor maneira que consegue, mas poxa, é meio difícil quando é necessário manter um dedinho sempre erguido para não encostar os cinco nas guias, ela deveria ter vindo de luvas, iria passar calor, mas... ah, Ochako foi muito ingênua e despreparada para esse trabalho! A tarefa já não é fácil, mas essa onda de insegurança tomando conta de si só complica ainda mais.
— Ah... ah não, Hana-chan! — ela repreende ao ver uma cachorra, a maior deles, cheirando curiosamente as calças do moço à sua frente, parado esperando o semáforo ficar verde para pedestres. — M-me desculpe, senhor, eu... — então ela olha para o rapaz e... esse cabelo vermelho é bastante familiar — Kirishima-kun!
— Opa! E aí, Uraraka? — ele se vira e sorri, acenando amistosamente — Você tá cheia de amigos, hein? — Kirishima se abaixa um pouco, e os cachorros parecem magicamente atraídos por ele, balançando os rabos e se agitando animadamente.
— Acho que eles preferem ser seus amigos. — ela ri meio sem-graça, tentando não demonstrar o esforço pra segurar os animais alvoroçados.
— Hahaha, eu devo estar com cheiro de carne, tinha ido no mercado pra minha mãe. — ele acaricia a orelha de um dos caninos.
— Ah... você mora por aqui?
— Uhum, moro duas ruas pra lá. — ele aponta desinteressadamente. Ochako fica ligeiramente surpresa, já que é uma vizinhança que poderia ser considerada "nobre", não tanto quanto a da Yaomomo, do Todoroki ou do Iida, mas... ainda assim, bem chique a ponto de donos terem dinheiro para pagar por alguém para andar com seus cachorros. Bom, ela já devia imaginar, a Mina já mencionou que mora nas mesmas redondezas que o Kirishima, e a amiga é considerada "bem de vida". Ainda assim, é uma surpresa, sem querer julgar pelas aparências, mas o ruivo não se encaixa na ideia dela de "garoto riquinho" — Você saberia se não tivesse miado o rolê de vir assistir filme na minha casa semana passada. Até o Bakugou foi, pô!
— Ah... eu... tava trabalhando. Não teve como, me desculpa mesmo. — ela lamenta, Ochako tá precisando muito de dinheiro pra excursão que a U.A.vai fazer para as termas no fim do mês, ela também precisa de novos tênis de corrida, então está se desdobrando em bicos de meio-período em qualquer janela de tempo livre que consegue, o dinheiro vai entrando aos poucos na medida em que sua vida pessoal vai minguando. Uma pena! Ainda mais por esses tempos em que ela tem se aproximado de outros colegas, como o próprio Kirishima, por exemplo.
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Eu prefiro gatos
FanfictionOchako arranja um trabalho como passeadora de cães para poder juntar um dinheirinho, ela só não esperava dar de cara com o Kirishima.