Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, criada de fã e para fã, sem comprometer a obra original.
Avisos: Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Violência
A primeira vez em que o Bakugou lhe ofereceu um de seus colares, Ochako havia curado uma ferida nas costas dele, provocada por uma pantera deslocadora. Ele retirou a peça de cordão mais curto, adornada por pedras alaranjadas e, ignorando as instruções dela, levantou-se e se inclinou em sua direção.
— O que você tá fazendo?
— Você quer ou não? — ele perguntou, impaciente, como se fosse uma imensa honra receber esse colar, Ochako acenou, meio abobalhada por, pela primeira vez em sua vida, estar tão perto do rosto de um homem que não estava agonizando sob algum feitiço — Eu sempre te honrarei.
— Hã?
Ele não respondeu, apenas se afastou dizendo que procuraria por lenha para acender uma fogueira.
O cordão do colar era realmente curto, então não dava para puxá-lo e observá-lo melhor, Ochako só ficou ali tocando as pedrinhas, foi um, ela acredita, presente de agradecimento inesperado, mas... bem-vindo.
***
O segundo colar veio quando eles acharam uma pousada próximo a uma cidadela. Dormir na floresta, sob a luz das estrelas e uma fogueira ao lado só é divertido quando não é uma situação diária, Ochako precisava de uma cama de verdade e um teto, pra variar.
Vindo de um reino distante cuja economia se baseia em escambo, o jovem bárbaro que a acompanha na viagem não carregava dinheiro, coube a ela pagar sozinha pela acomodação.
No singular mesmo, ela não tinha dinheiro para dois quartos.
Ela queria ter pego o quarto com duas camas, mas ele, mesmo não entendendo muito da moeda corrente, bateu o olho nos preços e concluiu que a acomodação com uma cama só era mais barata, o dono da pousada lhe entregou a chave olhando para o rapaz loiro e alto com o mais absoluto terror, e é por isso que agora ela se encontra embolada sobre seu lado do colchão, esperando já ter se entregado ao sono quando o Bakugou voltar do banho.
Mas não é tão fácil, Ochako nunca pensou que um dia dividiria a cama com um homem que não fosse seu futuro marido, e mesmo assim, é aqui que ela está, separada de seu grupo e perdida em uma cidade distante de tudo que já conheceu com um príncipe bárbaro tão conhecido por seus feitos grandiosos quanto violentos.
Não que ela ache que ele vá machucá-la, Bakugou é tão bruto e impulsivo quanto é perspicaz e inteligente, ele sabe que não alcançará seu objetivo de encontrar seu dragão, que foi capturado e aprisionado por mercenários ao Norte, sem uma maga que possa curá-lo e oferecer suporte em batalha, ele precisa dela viva e saudável para permanecer vivo e saudável, simples assim.
Mas existem coisas que homens gostam de fazer no recôndito de uma alcova que não necessariamente machucam, e a ideia lhe apavora mais do que ter sua garganta dilacerada. O príncipe mal a olha além do necessário durante o dia e nunca tentou fazer nada nas noites em que dormiram na floresta, mas nunca se sabe, e ele é tão inconstante! Principalmente quando precisa das habilidades curativas dela, na maior parte das vezes, ele desvia o olhar do dela e nem agradece pelos seus serviços, só que de vez em quando ele parece intrigado, curioso, faz algumas perguntas espaçadas sobre seus poderes e o que mais ela consegue fazer com eles, em momentos assim, ele parece genuinamente interessado nela. E o interesse do príncipe a faz se sentir estranha, como se sua magia circulasse em seu peito e fervesse, talvez seja esse o grande problema.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Do nosso jeito
FanfictionDesde que se separou de seu grupo de companheiros e seguiu viagem com o príncipe Bakugou rumo ao Norte, Ochako vem ganhando colares do jovem bárbaro, ela não tem ideia do que isso significa, mas não é como se não estivesse gostando dos presentes e d...