Gatinhos

Sorriso gengival

Jeongguk parecia aquelas crianças que ganhou o brinquedo mais legal do mundo inteiro. Ele corria para cima e para baixo com filhote de três meses nos braços, mostrando para todos o seu irmãozinho caçula, derretendo o coração de qualquer um.

Entretanto, havia apenas uma única pessoa que Jeongguk queria que conhecesse o pequeno Naruto mais do que tudo nesse mundo, seu hyung favorito, Yoongi. O baixinho emburrado de sete anos que mais se parecia uma versão live action do zangão da Branca de Neve. O Jeon não via a hora de seu amiguinho voltar de viagem para conhecer o bichano, já imaginava ambos brincando com o gatinho e fazendo conhecer os lugares mais perigosos do imenso jardim que tinha na casa do Min.

A ansiedade do Jeon era tanta que, ao receber a ligação da senhora Min informando que tinha chegado da viagem para Daegu, Jeongguk apenas pegou Naruto entre seus braços finos e longos e disparou em direção a casa ao lado, nem ao menos batendo na porta, apenas entrando e tirando seus chinelos.

— Hyung?

Um baixo som de pezinhos descalços correndo foi-se ouvido antes de Yoongi aparecer no campo de visão de Jeongguk. O mais velho parecia igual para sua felicidade. Ele carregava consigo um presente embrulhado e tinha um sorriso gengival enorme. Ah, como o Jeon amava arrancar aqueles sorrisos de seu hyung.

Ambos correram na direção do outro trocando um abraço esquisito por não soltarem o que carregavam consigo.

— O que é isso?

— Esse é o Naruto, meu gato. Mamãe me deixou adotar ele, o gatinho do Suk hyung teve filhotinhos.

Yoongi sentou-se no chão e o Jeon imitou o ato, colocando o bichano de pelos brancos com manchas em preto no chão entre os dois. — Ele é muito bonito.

— É mesmo. — Yoongi deixou um leve carinho entre os pelos do animal, fazendo um sorriso gengival nascer novamente, dessa vez, até seus olhinhos sumiram. Jeongguk parou para analisar melhor o rosto do Min, sorrindo ao constatar algo. — Você parece o Narutinho, hyung. — O Min encarou o mais novo sem entender. — Tem os mesmos olhinhos e tudo.

— Eu não sou um gato — proferiu birrento, cruzando os braços e tudo.

— Pode não ser, mas que se parece com um, isso você não pode dizer que não.

— Fica quieto, eu não pareço um gato.