Daechwita 《myg》

Prólogo: Profecia

Há centenas de anos atrás vivera a maior feiticeira que o mundo ja fora capaz de presenciar, seu nome a muito fora esquecido de tanto temor de dizê-lo, porém seu poder era tanto que todas suas profecias ainda estão vivas e internalizadas na cultura asiática, seja guardadas nas grandes bibliotecas dos imperadores, seja na boca do povo, tranformadas em lendas urbanas e baladas, perdidas, misturadas.

Muitas dessas profecias foram distorcidas ao longo dos anos, ninguém mais sabe afirmar o que é real ou não, o que ja acontecera ou não, se houverem poucos que saibam, certamente são egoístas ao ponto de privar o povo de sua própria história; soberbos o suficiente para alimentar a ignorância dos muitos.

Porém o fato é um só. Sua maior, mais gloriosa e mais detalhada profecia demorou anos para que fosse totalmente proglamada, os deuses por muitas vezes se tornavam dúbios, não tinham certeza se deveriam revelar tudo ou deixa-los através de metáforas para que nada fosse alterado. Eles queriam vangloriar-se de sua onipotência, claro, amavam exibi-la, mas por outro lado, caso explanassem tudo e algum tolo ousasse inferferir na linha dourada do destino eles perderiam toda a credibilidade. Por isso tanto tempo para que o futuro fosse revelado.

Os deuses brincavam com a feiticeira, mostrando-a algo para logo depois dizer que era mentira. Deixavam-a louca, a beira de um colapso. Cuidados deveriam ser tomados para que tudo se comportasse como eles queriam.

Por causa de toda essa situação muitos acham essa a única profecia inválida da mulher, dizem que era fruto de sua mente pertubada apenas, nada condizente com os planos dos deuses para a humanidade. Algumas baladas ainda a contam de forma irônica, proclamando este como sendo o fim da grande era de terror da feiticeira.

Mesmo assim, todas as crianças ja escutaram em suas camas antes de dormir essa profecia pelo menos uma vez na vida, pelo menos escutaram as melodias tristes das baladas sobre essa história pelas esquinas, ja vira ela escrita em pergaminhos. Todo mundo conhece a grande historia dos irmãos yin e yang.

"Dois homens, filhos do mesmo sangue, gerados no mesmo ventre, com aparências tão idênticas, mas almas tão distintas. Separados ao nascer do sol, sendo obrigados a viverem em realidades tão avassaladoramente opostas sem ao menos saber da existência de um corpo igual ao seu, uma marca dada pelo destino igual a sua.

A marca do destino cedida pelos deuses seria a única prova que eles dariam para quem fosse esperto o suficiente perceber que uma guerra estava próxima.

E numa guerra por poder, por justiça, muitos inocentes morrerão para que iguais se enfrentem até a morte. E que o favorito dos deuses se tornasse campeão."

Essa se tornou a única parte onde deve-se dar credibilidade, a única coisa que sempre se repete. Todo o resto de uma guerra nos céus, de dragões ajudando na batalha, do duelo de espadas, da aparência deles, de qie linhagem viriam, de magia e romance dos contos e lendas, nada disso é realmente verdade. Nada disso retrata a realidade, tem muito místicismo envolvido.

Mas em algum momento todos saberão a verdade, porquê ela sempre sem a tona como uma avalanche, destruindo toda a mentira que encontra no caminho.

E a marca do destino ja fora lançada; a única coisa que faltara para a avalanche finalmente desabar ja estava entre os humanos.