— Pareces uma psicopata, que horror — Star a olhava com reprovação
Poliana dera um pulo assustada, havia sido pega a olhar Isaac se afastar. Acompanhava cada passo seu, não entendia porque que oque Miranda a havia dito a havia afectado tanto.
Ele não me parece nada gay. Pensou
— Que susto!!
— À sério minha querida irmã — disse sarcástica — Te superaste, se gostas dele vai lá falar com o rapaz, só… Só não sejas estranha
E de seguida Star se vai, sem ouvir a resposta de sua irmã.
Assim que se viu à sós novamente, sorriu de boca fechada ao tornar a olhar para a rua, porém não o viu, o seu rosto apareceu à cores em sua mente, mordeu o lábio inferior afim de conter-se para não fazer uma poesia piegas em relação aos seus olhos.
Poliana estava sentada no chão da rua, afim de conhecer os seus vizinhos e quem sabe, tornarem-se os seus amigos, nem ela própria sabia como isso seria possível só estando sentada no chão, mas pretendia se enturmar na vizinhança, uma vez que só conhecia Isaac que não era lá um bom conversador, sentia falta de cozinhar e poder dar uma fatia ao seu vizinho, era de se admirar como Poliana via os vizinhos de uma forma ingênua. Mas imediatamente lembrou-se que não ia querer ver a cara da sua mãe quando chegasse e a viesse sentada ao chão, quase a correr ergueu-se e entrou para dentro de casa.
— Tédio — murmurou aborrecida. Ouviu o som da TV, vira que Star não estava na sala — Star, eu já disse-te para não deixares a TV ligada se não fores a assistir! — disse ao desligar a TV
Fora em direção ao quarto de Star, a porta estava entreaberta, não se dera ao trabalho de bater, pensara que se ela não quisesse ninguém em seu quarto, teria fechado a porta como de costume.
Não a viu no quarto, mas pôde ouvir o som do secador, o seu laptop estava aberto, havia lá uma página sobre maquiagem, estava prestes a se ir embora mas vira que Star havia recebido uma mensagem, Poliana agachou de leve e leu uma parte dela
— Estou ansioso por amanhã...— sussurrou.
Sem que pensasse muito, clicou na mensagem e deu uma rápida vista de olhos na conversa, seus olhos ficaram marejados, o som do secador parou, suspirou buscando por forças, franziu levemente os olhos ao ler o nome do usuário.
Decepcionada, desacreditada, ergueu-se de pôde ver Star a sair do outro cômodo com a escova de cabelo entre os seus cabelos, quando a viu estranhou, e ficou levemente preocupada ao ver o seu semblante:
— Oque há?
Poliana não sabia se a confrontava ou fingia que nada viu, mas chegou a conclusão que seria melhor não confrontá-la e não fechar os olhos para oque viu.
— Ah nada, chamei-te imensas vezes e ná respondeste então… — deixou a frase no ar — Vou terminar os meus trabalhos da escola, caso precises de mim… — Novamente deixou a frase no ar
Star fez uma careta de confusão ao ver Poliana abandonar o cômodo, olhou a volta desconfiada de que Poliana tivesse vasculhado as suas coisas mas não chegara a ver nada que sustentasse a sua suspeita.
•••••
Isaac sentia-se sem destino… Perdido.
Não sabia oque fazer com a sua vida, ou porquê que tinha uma, não tinha nada que o motivasse a acordar amanhã, não tinha nada que o motivasse a chegar a casa.
Sentia-se solitário.
Não admitiria em voz alta, mas sentia falta do Albert, fazia quatro dias que ele não falava consigo, o viu duas vezes pelos corredores da universidade mas Albert fingiu que não o tinha visto, Isaac o achava sonso naquele momento, exatamente na altura que ele descobre o vício dele, ele o abandona.
Mas no fundo, ele sabia que isso não correspondia a verdade
Espalmou as suas mãos uma na outra e encarou a campa de sua mãe, Isaac estava sentado por cima dela, coração ardente em saudades e desespero.
— Porquê que eu estou aqui? — sussurrou
Silêncio
O cemitério já estava fechado, não se sentia nem um pouco intimidado em estar possivelmente sozinho no meio dos mortos.
Isaac estava tão desesperado por respostas, que cogitou em ligar ao seu pai, meneou a cabeça em negativa e achou melhor ligar ao Albert, receoso, uma vez que o seu celular estava em mãos, desbloqueou o mesmo e clicou no contacto do seu primo.
Albert atende no sétimo toque, mas nada diz, então Isaac pronuncia-se:
— Fala Isaac — Isaac revirou os olhos e xingou-se mentalmente
— Eu sei que és tu, oque não sei é porquê ligaste-me
E então, Isaac apercebe-se que nem ele sabia porquê o havia ligado:
— Eu gosto da tua amizade, és a única família que eu tenho, embora eu não seja fácil de lidar, eu, gostaria que ficasses — seu tom era calmo
Albert não o responde de imediato, oque deixa Isaac um tanto inseguro:
— Oh, claro que eu te perdôo seu bobo — dissera num tom afeminado causando um revirar de olhos e um enorme sorriso em Isaac
E foi num cemitério que ele recuperou a única coisa que ele sabia que Albert sempre teria por si, lealdade
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Abstinência De Você
Romance‹‹ Sou chamado de cafajeste, bad boy, insensível e...viciado Ela sabe disso tudo, e ela sabe que é verdade, mas mesmo assim ela entrou em minha vida como quem nada queria, ensinou-me a diferenciar o certo do errado e no entanto, ela roubou a minha...