What Do I Know About Love? - Camren

Encontro em um bar no Brooklyn

Notas: A camila conta uma história dela, que aconteceu no passado. Quando o texto estiver em itálico, significa que é um relato/narração do passado. Quanto estiver normal, é um comentário/ narração feito no presente.

Essa história foi inspirada pelo poema da Camila, What do I know about love,  e tem trechos do poema traduzidos nela. 

[12/04/2020]

Olá! Me chamo Camila. Camila Cabello. Hoje vou contar minha história. Mais precisamente, a história de como conheci o amor, e o que eu sei sobre ele. Mas, para isso, precisamos voltar alguns anos.

[3/6/2012]

Era uma noite de verão, algo supostamente feliz. Mas eu não estava feliz. Deixe-me explicar a história: eu tinha um namorado. Tinha, no passado. Havia acabado de terminar com ele. Oliver era perfeito: me tratava com respeito, era super romântico, a minha família o amava e vice versa. Mas tinha um problema: eu não o amava mais. O amor simplesmente se foi. Beijos e toques que costumavam ser fantásticos não eram mais os mesmos. Eu não sentia nada.

Eu era o problema.

Uma semana antes dos dia dos namorados e eu não aguentava mais. Não podia me prender e também não podia prende-lo, ele se machucaria mais.

E é por isso que estou sentada em balcão de um bar no Brooklyn, tomando uma bebida que nem sei o que é e observando quem entra e quem sai.

Como a fracassada que sou.

E foi observando a movimentação daquele pequeno estabelecimento que eu a vi.

A garota mais linda de todas.

Olhos verdes, jaqueta de couro, roupas pretas e conturnos.

Uma perfeita bad girl.

Acho que eu a observei demais, porque a garota se virou, olhou em minha direção e veio falar comigo.

-Olá. Posso me sentar?- ela perguntou com a voz rouca, se referindo à cadeira do meu lado.

-Claro.- eu respondi tentando me manter neutra. Foco, Camila!

-Me chamo Lauren,Lauren Jauregui. E você?

-Cabello...Quer dizer, Camila. Camila Cabello.- Respondi nervosa. Aquela voz estava me desconcentrando.

Começamos a conversar e descobri que Lauren entraria no primeiro ano da faculdade de fotografia, na NYU e tinha 21 anos. Ela cursava direito até o ano passado, mas percebeu que não era o que ela queria. Eu entraria no primeiro ano da faculdade de literatura na Columbia.

Tínhamos mais em comum do que imaginávamos: gosto musical, cidade natal. Quando ela me disse que era de Miami, não acreditei que nunca tínhamos nos visto.

Esqueci de mencionar que Lauren flertava comido descaradamente. A todo momento, sempre que tinha oportunidade, ela jogava uma indireta, um elogio, uma suposição... e eu confesso que estava amando.

-Bom, Camila me responda... o que uma mulher tão linda como você faz aqui nesse bar, bebendo como uma condenada?- E lá estava ela, flertando comigo novamente.

-Término de namoro.- respondi, simples e seca.

-Wow... ah, você está bem? Por que ele terminou com você? Não precisa responder se considerar isso muito íntimo...-

-Na verdade eu terminei.

Um silêncio se estabeleceu entre nós. Ela parecia tentar entender porque diabos eu estava bebendo em um bar se fora eu quem havia terminado.

-Eu sei o que está pensando. Por que estou aqui bebendo se fui eu que terminei, não é?

-Estava pensando exatamente isso...- ela diz e me nos olhos, e eu finalmente pude perceber como eram lindos.

Naquela noite eu contei tudo à Lauren. Sobre como me sentia culpada por não ter conseguido segurar meu amor por ele. Eu não tive controle sobre nada, ele apenas... se foi. 

-Camila, você mesma disse: você não teve controle. Não foi sua culpa. E beber não vai te ajudar. Além disso... já parou para pensar que talvez não fosse amor?

Aquele conselho me fez pensar muito durante aquela noite. Dúvidas e mais duvidas invadiram a minha cabeça.Se não foi amor, o que foi? A verdade é que eu não sabia nada sobre o amor. Nem mesmo como senti-lo. Não sabia se ele tinha escapado. Se tinha morrido. Se eu o havia matado. Não sabia nem menos se havia amado Oliver em algum momento. 

Lauren foi uma ótima ouvinte. Naquela noite, trocamos nossos números de telefone, e eu prometi enviar uma mensagem a ela, para marcarmos de sair algum dia.

Ao chegar em casa, me permiti colocar meus sentimentos pra fora em um pedaço de papel.

O que eu sei sobre o amor?
Nada.
Para onde ele vai quando se esgota?
Quando ele parte?
Por que ele morre?
Você o mata em um golpe violento?
Ou são um milhão de pequenos cortes e arranhões
mal cuidados e mal curados?

E eu mal sabia que aquele encontro em um bar no Brooklyn, em meio a tantas dúvidas e suposições, me faria encontrar e descobrir coisas inéditas sobre o amor.