Capítulo 8

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O quarto é escuro e a temperatura é fria.Pelas frestas da janela com cortina escuras consigo ver os primeiros raios de sol saindo na janela de persianas.

MEU QUARTO NÃO TEM PERSIANAS!

Pulo da cama e acabo indo de encontro ao chão e as únicos pensamentos na minha cabeça são;
Esse não é o meu quarto, não é a minha casa e quem me trouxe para cá?!
Com todos esse pensamentos uma dor aguda e persistente começa se alastrando pela minha cabeça e tento me lembrar do que aconteceu ontem á noite.

Me lembro de me arrumar com Katy, chegar com Allan, ficar uns minutos com Dylan e beber, beber....COM UM ESTRANHO!

Já vi que alguns filmes onde as garotas bebem todas e não lembram de nada do que aconteceu no outro dia.Por que eu tenho que lembrar?!Me lembro de beber, jogar e tudo isso com um estranho que nem se quer me lembro o nome.Ele tinha uma tatuagem no braço esquerdo e era loiro com lindos olhos verdes e era um universitário.Muito bonito.

Espero que esteja refletindo nas merdas que fez na festa ontem. - Allan aparece e se encosta no vão da porta com uma bandeja de café da manhã.Um suspiro de alívio sai dos meus lábios ao perceber que ele é o dono do quarto.
Foram muitas? - Pergunto me fazendo de desentendida e olhando ele se aproximar e colocar a bandeja sobre a cama.Tomo os remédios para dor de cabeça e me jogo na cama novamente.
Foram, mas é melhor não saber. - Ele debocha e eu tento fazer um coque com meus cabelos desgrenhados mas devido ser muito liso ele se solta novamente.Suspiro e me lembro de um pequeno detalhe.
Meus pais! - Grito baixo com os olhos arregalados e a certeza de que ficarei de castigo até me formar.

— Já resolvi o problema, assim que te trouxe para cá peguei seu telefone e mandei uma mensagem dizendo que você dormiria na casa de uma amiga.Sua mãe disse que iria sair hoje com seu pai e só voltariam ao anoitecer. - Ele diz e me joga o meu celular para que eu mesma verifique e já fico aliviada em saber que escapei por pouco.Começo a comer o sanduíche e dou um bebericada no suco de laranja.
— Podemos ir comprar as roupas hoje. - Ele diz se referindo a conversa que tivemos ontem sobre eu querer torrar seu dinheiro.Sorrio pensando em tudo que posso comprar.
Eu estou um caco e preciso ir para minha casa tomar um banho. - Levanto e então eu percebo que estou calcinha e um sutiã tomara que caia.

Mas que porra é.... - Falo pegando rapidamente um lençol para me cobrir e sinto meu rosto em chamas.Meu corpo não é de todo feio, mas sei que meus seios não são nem um pouco atrativos e minha bunda é média mas muito arrebitada, acompanhando meus quadris que parecem muito largos.Allan sorri malicioso e não parece nenhum pouco constrangido.
Allan seu pervertido! - Grito e taco uma almofada seguida de um livro que estava jogado no chão.Ele gargalhava sentado em um banco perto da janela.
Seu vestido tinha um cheiro horrível de cerveja e suor já minha cama estava tão cheirosinha.Me livrei do vestido e coloquei na lavanderia, já deve estar seco, vou buscar para você. - Allan diz tranquilo e sei que ele não faria nada com o meu corpo gostoso sem a minha autorização.Lembro que entreguei meu elástico a ele e a sensação do meu ninho sujo e arrepiado - vulgo cabelo - roçando em mim me incomoda.

Onde está meu elástico? - Pergunto quando ele está quase saindo pela porta.Ele para e sorri de modo suave e seus olhos passeiam pelo meu cabelo e logo o sorriso se torna divertido.Meu cabelo deve estar uma merda.
Na primeira gaveta da escrivaninha. - Ele fala e logo ouço seus passos se afastando pelo corredor.

O quarto tem cheiro de hortelã e é um cômodo frio com lençóis verde musgo e cinza.De um lado a um cômodo que parece ser o closet e de outro lado uma porta que acredito ser o banheiro.Entro no banheiro e molho meu rosto e tento passar os dedos pelo meu cabelo para desatar o nós.Sem sucesso meus dedos garram pelo cabelo duro igual arame.Escovo os dentes com uma escova nova que havia no armário de baixo da pia e vou até a escrivaninha preta.

Essa História É Para MimOnde histórias criam vida. Descubra agora