Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, criada de fã e para fã, sem comprometer a obra original.
AVISOS: Heterossexualidade
A visão daqui de cima é de tirar o fôlego, Ochako só queria não estar realmente sem fôlego para apreciá-la de verdade. Esse vestido é lindo, mas com certeza não foi feito para ser usado durante uma intercorrência com vilões invadindo o restaurante e querendo fazer os clientes de reféns, para azar dos bandidos, o herói número 1, Deku, e a heroína número 7, Uravity, estavam lá.
Foi relativamente fácil cuidar dos vilões — Ochako até conseguiu conversar com um deles e percebeu que ele realmente não queria fazer aquilo, ela até o pôs em contato com um advogado de confiança para que o ajude a conseguir um bom acordo — o problema maior foi o assédio pós-batalha, Deku e Uravity foram cercados por um mar de gente, e isso normalmente não é ruim, mas eles realmente queriam um pouco de privacidade essa noite, só um pouquinho, como há muito tempo não têm.
Então como se fossem eles os vilões, ambos deram uma escapadinha e foram rápidos: ela usou a Gravidade Zero, ele usou sua flutuação, e lá estavam os dois voando pelos ares noturnos da cidade, pousando no hangar do terraço de um arranha céu, foi só quando olharam pra frente que eles viram que não poderiam ter aterrissado em lugar melhor: o prédio fica praticamente de frente para a Torre de Tóquio, iluminada, imponente, linda como a noite estrelada.
— Uhhh, essa foi... essa foi intensa... — ele também respira pesadamente, apoiando as mãos nos joelhos.
— Espero que a gente consiga pelo menos comer a sobremesa na próxima. — ela ri numa piada agridoce.
— É, pois é... — Izuku se ergue, ajeitando sua gravata que ele aprendeu a amarrar direito, e tentando arrumar o cabelo que nunca teve e nunca terá jeito — Sinto muito, Ochako.
— Ah, sente o quê? Acontece. — ela esbarra no ombro dele zombeteiramente e suspira, olhando para o céu — Além do mais, a noite tá linda, a gente não teria notado se tivesse ficado lá.
— Linda mesmo... — ele diz em tom onírico, e Ochako tenta não olhar para ele, pois sabe que vai corar ao notar que ele não está admirando o céu, e sim ela. Às vezes ela sente saudade do Deku dos tempos de escola que não sabia flertar e ficava nervoso, era mais fácil lidar com ele... bom, menos difícil, na verdade — Como está o céu hoje, cadete? — Izuku pergunta animadamente, como sempre faz quando ele quer que ela explique sobre as constelações.
— Hum... deixa eu ver... — ela analisa — Tá vendo ali? — e pega na mão dele para apontar para onde quer que ele olhe, na direção sudeste.
— Aham, é o Cruzeiro do Sul, não é?
— Aí que você se engana, recruta! É a Falsa Cruz! É normal confundir porque são parecidas, mas a Falsa Cruz é um pouco maior, e parece mais um "x" do que uma cruz.
— Verdade! — ele diz, inclinando um pouco a cabeça.
— E aqui bem em cima da gente, olha, é a Constelação do Corvo.
— Que parece um quadrado...
— Sim! — ela ri.
— É incrível que você saiba tanto só de bater o olho! Pra mim é só um monte de pontinhos, mas aí você fala e eu consigo ver tudo.
— Ah, é que eu gosto disso e já tô acostumada, e tem aquilo de poder da sugestão, né? Tem coisas que a gente não vê até que alguém aponte. — tipo quando Ochako se descobriu apaixonada por ele, só aconteceu pois o Aoyama fez questão de questioná-la, mas tava mais pra uma pergunta retórica. "Você gosta dele, né?" É.
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Sempre olhando para cima
FanfictionOchako e Izuku só queriam uma noite com um encontro normal, mas a vida de heróis nunca facilita. Por sorte, eles sempre têm as estrelas pra deixarem tudo mais especial.