capítulo 15

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Eu estava encarando meu pai, quando o mesmo veio até mim. Eu não sabia o que fazer.

E não, eu não perdoei o meu pai por ter trocado minha mãe, eu queria sim tentar perdoar e conversar, já que tendo ódio não adiantaria.

Fui até o mesmo e apenas cumprimentei com a mão.

O mesmo assentiu e se sentou novamente no sofá, ele estava enrolando muito pra falar então eu mesma iria falar.

-o que te traz aqui pai?- se é que posso chamar ele assim.

- eu vim falar com você, me explicar e fazer as coisas voltarem ao normal.- disse me olhando atentamente.

-as coisas estão normais, eu sei o que você fez foi errado, eu sei que você errou, mais, as coisas nunca vão ser normais novamente.- disse se sentando ao seu lado. - por mais que você tente parecer normal, não será pai. E não é eu que tenho que te perdoar, é a minha mãe, porque foi a ela que você traiu, foi a ela que você escondeu toda a verdade. - expliquei.

- eu quero pelo menos me resolver com você. Será que você consegue Isabella?- disse me olhando.

- tudo bem. Mais o que te traz aqui?- disse curiosa.

- Como eu soube que sua mãe iria viajar por 3 meses, vou te levar comigo. - disse se levantando.

-O QUE? EU VOU TER QUE ME MUDAR DAQUI?- falei me levantando rápido.

- sim Isabella, mais não é tão longe, eu moro lá no...- interrompi

- Centro.- completei- Centro da cidade senhor Roberto, lá não é meu lugar, eu não quero ir!- falei gritando.

Vou explicar pra vocês do porque não gosto do centro da cidade. Quando eu tinha uns 12 anos eu morava lá antes de vim pra cá.

As pessoas são nojentas e arrogantes, principalmente no colégio de lá, eles não aceitam ninguém por ser diferente.

Sem contar que lá é mil vezes perigoso do que aqui. E as pessoas só se importam com elas mesmas.

Diferente daqui, que as pessoas são generosas e prestativas.

Eu não queria me mudar, não mesmo.

- filha, você só vai morar lá por um tempo não é pra vida toda, e você nem vai mudar de escola.- falou minha mãe

Parei pra pensar um pouco sobre.

- ok, mais eu não vou estudar naquelas escolas- falei me direcionando ao meu pai, o mesmo assentiu. - quando você vai ir mãe?- perguntei.

- amanhã de tarde- disse me olhando atentamente.

- ?- falei com olhar decepcionada.

- infelizmente, mais não se preocupe, vou te mandar e te ligar todos os dias ok?- falou e me puxou pra um abraço.

- ok mãe. Saiba que eu te amo muito- sussurrei.

Assim que eu e minha mãe se separamos fui até meu quarto preparar minha mala. Aproveitei e avisei a todos os meus amigos que iria me mudar TEMPORARIAMENTE na casa do meu pai.

Eu sentiria saudades da cidade daqui, ela é pequena mais eu amo mesmo assim.

Desci e abracei minha mãe e logo me dirigi ao meu pai que me esperava.

Ele pode até estar "de boa" mais eu conheço ele, e ele não é isso tudo não. Pelo que eu sei meu pai não está namorando ninguém, melhor assim, pelo menos não tem ninguém pra me mandar o que fazer a não ser minha mãe.

Coração Fragmentado [ CONCLUÍDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora