Já havia amanhecido todas as meninas, já estavam prontas para o café mais eu estava tão cansada que fiquei na cama não levantei nem mesmo para o almoço, as meninas foram para seus afazeres e eu fiquei no quarto sozinha levantei e fui até o banheiro mais voltei logo para o quarto estava com uma dor de cabeça horrível me deitei novamente e adormeci passei o resto da tarde dormindo a Madre sentiu minha falta e veio até o quarto a minha procura para ver se eu estava bem como viu que estava dormindo voltou para seus afazeres a tarde passou rápido e a noite não demorou a chegar nem mesmo no jantar eu compareci as meninas não demoraram também a se recolher.
Não acordei nem mesmo com o barulho que elas fizeram, as horas foram se passando, já era madrugada a calmaria se transformou em poucos minutos em terror eu me debatia na cama meu corpo começou suar e meus músculos demonstravam tenção em meu subconsciente eu me encontrava outra vez naquele campo de batalha." Senti tanta dor por cada uma daquelas pessoas não compreendia o motivo enquanto eu andava em meio aos corpos o cheiro da morte pairava no ar as lágrimas escorriam incessantemente pelo meu rosto qual seria minha ligação com aquelas pessoas eu ouvi uma voz não a que acostumava ouvir era suave uma voz feminina ela pedia por socorro quando a avistei se mexendo corri em sua direção a soldado estava gravemente ferida eu sentia que era o fim para ela tentando conforta-lá a deitei sobre minhas pernas e tirei seu elmo pois ela respirava com dificuldade ela segurou minhas mãos com força e seu olhar assustado encontrou os meus em um momento ela disse:
- Você precisa sair daqui minha rainha, ele vai pega-la ele.....ele vai matar você minha senhora! - Disse ela com dificuldade.
- Acalme-se! quem fez isso com você? - Perguntei sentindo sua dor.
- Minha senhora ele quer você precisa sair da.....daqui agora - Respondeu ela.
- Me diga por favor quem é ele? Porque ele me quer? - Perguntei novamente em desepero.
- Proteja-se por ...... por nósEla nem mesmo conseguiu terminar de falar e faleceu em meus braços eu não consegui descobrir de quem ela falava não entendia quem me queria eu ouvi então aquela voz tenebrosa gritar e chamar por meu nome tentei ignorar e clamei a Deus pela alma daquela mulher fechei seus olhos e a deitei no chão ao meu lado e me levantei aquela claridade começou a desaparecer o ar pesou "
Enquanto eu dormia, meu corpo se debatia sobre a cama todas haviam acordado já com medo e se agruparam no outro canto do quarto e ficaram me olhando assustadas o chão começou a tremer as janelas vibravam e as paredes estralavam o tremor aumentou de intensidade e as camas começaram sair de seus lugares algumas das meninas mais novas começaram a chorar em desespero Susana acordou assustada a intensidade do abalo era tão forte que a cidade toda sentia o tremor rachou as paredes do Orfanato como também casas e prédios da cidade a Madre correu desesperada tentando se segurando nas paredes para não cair entrou no quarto e correu até minha cama me puxando para seus braços ela me chacoalhou tentando me acordar o tremor estava cada vez mais forte e a parede do quarto começou a rachar e os pedaços começaram a cair, quando ela notou que não estava adiantando ela gritou perto de meus ouvidos eu acordei então assustada e chorando muito no canto do quarto as meninas estavam todas abraçadas umas as outras e chorando me observavam o medo delas era nítido e dava para sentir pelo quarto todo me levantei zonza com a ajuda da Madre e saimos do quarto encontramos várias freiras pelo caminho elas me olharam com desprezo e medo mantive minha cabeça baixa elas correram até o quarto ver as outras meninas.
- Madre foi .....foi diferente - Tentei contar enquanto caminhava até seu quarto.
- Acalme-se - Disse ela abrindo a porta de seu quarto.
Ao entrar no quarto ela me sentou em sua cama e pegou um cobertor e jogou sobre minhas costas, era uma noite fria, ela fechou a porta e se sentou ao meu lado me alcançando um copo com água eu o peguei o segurando com as duas mãos eu tremia e meu corpo parecia pegar fogo bebi a água enquanto ela me olhava preocupada.
- Madre eu vi uma mulher ela apareceu naquele sonho ela era uma das soldados e estava muito ferida eu a peguei em meus braços ela......ela disse que tinha que me proteger ela pronunciou várias vezes que eu tinha que fugir dele que ele queria me matar eu não entendo Madre antes que ela pudesse me contar quem era que estava atrás de mim ela morreu nos meus braços e de repente o lugar ficou escuro e aquela voz ela gritava por mim - Contei enquanto chorava.
Ela me abraçou tentando me acalmar e chorei em seus braços dentro de mim uma dor imensa parecia que me rasgaria por dentro com os meus sonhos ficando cada vez piores eu sentia que estava chegando um ao ponto no qual eu não aguentaria mais ou ficaria louca ou acabaria por matar alguém por mais que a Madre tentasse me esconder em seus abraços eu sentia o medo que ela tinha que algo pior estivesse por vir eu sabia que ela tinha pena de mim eu sempre fui muito sensível em relação ao que os outros sentiam emoções principalmente e isso é algo que elas não conseguem esconder.
Eu adormeci junto com ela quando amanheceu, ela levantou sem fazer barulho, se arrumou e saiu para a oração da manhã junto com as outras freiras logo após foram tomar café e discutiram sobre o ocorrido a Madre tentou manter o silêncio e foi para o quarto me acordar hoje seria o dia em que a tal família viria visitar o Orfanato e talvez adotassem uma das meninas por isso as freiras limparam tudo rapidamente para estar apresentável apesar de o centro da cidade estar quase que por completo destruido.
- Vamos acorde - Disse a Madre me acariciando de leve o rosto.
- Bom dia Madre - Respondi me sentando na cama.
- Bom dia, querida já está na hora de se arrumar daqui a pouco a família deve chegar e quero todas no salão principal - Disse a Madre colocando um vestido azul escuro em cima da cama.
- Madre, eu não posso ficar aqui ?eu sei que nunca seria adotada tanto pela minha idade quanto por ser alguém que ninguém iria querer por perto. - Respondi sem animo.
- Sem preguiça quero você arrumada e com um sorriso no rosto - Disse ela saindo do quarto.
Me enrolei um pouco mais me levantei a Madre havia levado meu café para o quarto eu fiz meu desjejum logo após e fui para o banheiro fazer a minha higiene matinal troquei de roupa e coloquei o vestido que ela havia deixado sobre a cama era um vestido simples porém muito bonito coloquei minha sapatilha e soltei meus cabelos quando terminei de me arrumar escutei uma correria das meninas se direcionando ao salão principal sai do quarto e fechando a porta sem a menor vontade fui andando até o salão eu não tinha a mínima vontade de estar ali ainda mais após o acontecido da noite passada .
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Fênix- A Libertação dos Condenados(EM REVISÃO)
Science FictionUma criança é abandonada na porta de um Orfanato com poucos dias de vida ela é então criada pelas freiras, desde muito pequena ela chamava atenção por fazer coisas que nenhuma das outras crianças faziam a Madre Superiora sabia que ela teria papel mu...