Ainda amo você

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Nós escolhemos o nosso próprio caminho. Nossos valores e nossas ações, eles definem quem nós somos. - The vampire Diaries.

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Nicolas estava com a cara fechada e até que era fofo vê-lo com ciúmes.

- Melhora essa cara que não tô afim. - digo e me sento em umas das espreguiçadeiras.

- Gostou da caminhada flor? - Fernanda pergunta rindo junto a Clystoff.

- Adorei. - digo olhando a cena da minha amiga com o meu irmão, eu shippo, meu irmão merece alguém que goste dele de verdade e Fernanda também.

- Quando foi que Nicolas ficou tão possessivo? - Denise pergunta cochichando, ela passa protetor solar em sua barriga de cinco meses.

Possessivo?

Não acho que ele esteja possessivo, ele só é protetor e tem medo que eu o deixe pelo Bruno.

- Ele só é protetor. - digo.

- Começa assim... - Denise fala e eu reviro os olhos. Odeio admitir que ela esteja certa, e odeio também admitir que talvez eu devesse tomar cuidado.

- Bora pra água Nanda? - Clystoff pergunta a minha amiga, a mesma concordou e os dois apostaram corrida até a água.

- Poderiam se assumir que se gostam logo. - Denise termina de passar o protetor e agora olhava algo no celular.

Nicolas estava sentado encarando o nada, parecia pensativo. Eu me odeio por deixá-lo assim, vou contar a verdade sobre o que houve com o Bruno na estrada, quero fazer essa nossa relação dar certo. Sem mentiras.

- E você e o Nicolas decidiram sobre o casamento?

- Ainda não falei com ele sobre. - respondo.

- Vou te ajudar. Nicolas, você e a Beatriz não querem fazer um casamento duplo comigo?- Denise pergunta praticamente gritando.

Ele me olhou como se estivesse perguntando, e eu apenas concordei com a cabeça.

- Queremos! - Nicolas responde.

Denise foi pra água e me deixou a sós com ele.
Ficamos em silêncio, eu queria muito contar sobre o que houve comigo e o Bruno. Porém não queria estragar o passeio e Nicolas iria atrás do Bruno sabendo que ele está aqui em algum lugar da praia.

- Tem certeza que é isso que quer? - Pergunta.

- Sobre o que?

- Casamento, não quero que se case comigo apaixonada por outra pessoa.

Por que todos pensam que eu ainda gosto do Bruno? Ele voltou e até mexeu um pouco com a minha cabeça, mas jamais trocaria o certo pelo duvidoso. Ele tem a vida dele e eu tenho a minha.

Engravidar não estava nos meus planos, porém aconteceu e eu não posso fazer nada pra mudar isso. Tô me acostumando com esse feijãozinho morando dentro de mim. E jamais atrapalharia o Bruno, prometi a mim quando ele foi embora.

- Eu amo você Nicolas. - digo me levantando da cadeira e indo me sentar em seu colo. - poxa, nós vamos ter um filho ou filha. - Beijo suas bochechas e agarro seu pescoço fazendo um leve carinho nele.

- Eu te amo muito, você sabe e faz pouco caso. - ele me olha e continua. - fui um babaca e sou as vezes, reconheço. Desde que o Bruno voltou eu me sinto inseguro.

- Ei. - o abraço. - não precisa. - deposito um selinho rápido em seus lábios.

Nicolas me aperta forte e eu finjo que estou com falta de ar. Era muito engraçado as caras e bocas que ele faz quando finjo.

- Ainda estou brava, você quase nos matou hoje. - digo. - e quando chegarmos em casa, preciso te contar algo.

- O que é?

- Quando chegar em casa.

Me arrependeria disso. Mas vou contar a verdade ao Nicolas, que o Bruno me beijou. Não vou contar agora, não quero estragar esse nosso passeio.

Clystoff, junto de Fernanda e Denise retornam para onde estávamos e assim passamos a tarde. Nicolas riu com as piadas que meu irmão fazia e Fernanda admirava o mesmo com o olhar.

Antes de irmos embora no fim do dia, nos encontramos com Bruno, Bianca correu e pulou em meus braços.

- Desculpe não ter falado com você mais cedo. - peço desculpas aquela criança inteligente.

- Tudo bem, só não gostei que o Bruno me deixou sozinha com a vaca. - ela aponta para Gabriela, que estava agarrada ao braço de Bruno enquanto sorria falso para nós todos.

- Bea, te vejo amanhã? - Bruno pergunta.

Bianca sai dos meus braços, me dá um beijo e entra no carro. Nicolas como sempre pareceu não gostar.

- Amanhã não dá. - digo.

Bruno apenas concorda, e todos nós ficamos em silêncio. Inclusive Clystoff que era o mais tagarela.

- Vamos Bru? Tô cansada, tem areia em tudo que é canto no meu corpo. - Gabriela resmunga.

- Vamos. - Bruno me olha, da um aceno e caminha em direção ao carro.

- Aposto que entrou areia até na xana. - Clystoff comenta e todos riram, menos eu e Nicolas. O carro de Bruno se vai, e finalmente nos cinco entramos no carro para ir embora também.

Enquanto estávamos na estrada, pensei e repensei se era mesmo uma boa ideia contar ao Nicolas o que aconteceu. Não queria presenciar uma outra briga novamente, e não queria viver com mentiras.
Talvez eu não precise contar o ocorrido de hoje, irei me casar com Nicolas, e daqui a umas semanas Bruno irá embora. E tudo voltará ao normal.

Nicolas parecia concentrado na estrada e não tirou os olhos dela um minuto sequer.

- Coloca uma música aí, isso aqui tá muito morgado. - Denise fala.

Coloco uma música e seguimos cantando feito loucos, Clystoff ria tanto que sem querer imitava um porco. Era desse jeito que eu queria terminar o passeio, em um clima alegre e sem problemas.

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