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Nesse momento estou no avião, Indo de São paulo para L.A., a mais ou menos 09 horas do abraço de mi mamá. Me libertar foi como reviver. Toda a toxicidade daquela casa, e das pessoas que ali moravam, se foi junto com toda minha tristeza, e agora ir pra casa é revigorante. Olho pela janela e fico vendo as nuvens e estrelas, e pensando como será que elas estão em Freeridge. Fico presa em meus pensamentos e acabo dormindo depois da aeromoça servir o jantar. 

08 horas e 30 minutos depois...

- Senhorita?,- sinto um leve toque em meu ombro_  Faltam meia hora para o pouso, poderia voltar sua poltrona a posição inicial? - A aeromoça   me avisa e eu sorrio em concordância. Guardo meu livro na bolsa e e arrumo minhas coisas. Nunca estive tão animada quanto agora. olho pela janela e vejo a ensolarada Los Angeles. Passo um pouco de lipgloss e solto meus cabelos ateando novamente meu cinto e esperando o pouso.  dormi quase o voo inteiro, estava tão cansa que dormi com o livro no colo. 

Após toda aquela burocracia para entrar no país, que você sabe que não está com nada mas sente um medo como se estivesse, eu estou arrumando as malas no carrinho e me encaminhando para as portas da saída do portão. Antes de decolar mandei a mensagem para mi mamá para ela me buscar no aeroporto (velhos hábitos nunca somem),  e ela disse que iria mas sem Gio pois a mesma estaria na escola no horário a minha chegada. 

Então quando as portas se abrem para eu passar, ela está lá, e eu perco o ar, mi mamá me esperando com o sorriso mais lindo do mundo. Eu sorria e chorava e corri pros braços dela, se eu estiver sonhando, por favor não me acordem. Nada tinha mudado, o mesmo cheiro, e o mesmo conforto que eu sentia a 3 anos atrás. 

- Olá mi hija, eu senti tanto sua falta, achava que o tempo não passava e agora você está aqui , agora está em casa. - ela me olhava acariciando o meu rosto sorrindo pra mim. - Olhe só para essa chica, linda como uma De la Fuente - Ela me solta me girando e eu gargalho. 

- Senti muito sua falta mamá, Você está ainda mais magnifica. - nos olhamos sorrindo e nos abraçamos de novo rindo. ela sai empurrando meu carrinho, e eu acompanho ela a abraçando a de lado. - E Giovana? como está aquela maluca?  

- Elétrica de um jeito que só Giovana consegue ser, acredita que ontem ela não dormia por nada e só dormiu porque fiz um um suco de maracujá bem forte pra ela?-  Mamá fala indignada e eu só sei rir, viram? velhos hábitos nunca somem mesmo.          

- Ela é filha de quem é mamá, se põe algo na cabeça, ninguém tira. É o gênio das De La Fuente" Dou de ombros e rimos. Definitivamente não há ninguém como as mulheres dessa família. 

Fizemos o caminho ao carro, e seguimos rumo a nossa casa. Los Angeles é linda, me sinto tão bem aqui que já me sinto em casa. No caminho pra casa, passamos no mercado para comprar coisas para o jantar. Noite mexicana, meu preferido. O caminho foi cheio de risadas e fofocas, pra variar. 

- Chegamos mi amor, espero que goste de Freeridge e da nossa casa. Não é grande igual a de seu pai, mas bom é o lar.-  ela diz enquanto  estaciona na porta da nossa casa.  A Casa não é gigante como era a nossa em São paulo, mas também não era pequena. Ela era linda e aconchegante, um jardim na frente, do jeitinho das historias que ela me contava quando era mais nova. mamá não gostava de muito exagero quando o assunto eram casas. Agora roupas, é outra historia. 

"Nem comece dona Margarita, meu lar é com você e com Giovana, independente do lugar." Seguro a mão dela e sorrio. Ajudo ela a com as compras as colocando no balcão da cozinha. Quando voltamos para pegar minhas malas, um  assovio é escutado e nossos olhares dirigem para o outro lado da calçada. Dois caras, na casa dos vinte e poucos, cabeça raspada, um com uma camisa xadrez e o outro com uma camiseta cinza, e bermudas. 

Caliente || 𝕺𝖘𝖈𝖆𝖗 𝕯𝖎𝖆𝖟Onde histórias criam vida. Descubra agora