Uma semana de fato pode parecer uma eternidade. E pareceu. Foi como se os dias andassem em uma fila de supermercado, lentamente, sem pressa. E isso acabou com o humor da Sophia, que estava em plena quarta-feira implorando pela sexta com todas as forças do mundo!
─ Não deve ser tão ruim ─ comentou Elisa do outro lado da linha telefônica.
─ Elisa, é pior do que tão ruim.
─ Irmã, são apenas crianças. Você ama crianças. Sempre deu aula para crianças. É a única que teve paciência com a Melina. E quando a Jully se foi, você ajudou o Jason a cuidar do Charlie quando ele tinha que trabalhar. Você sabe lidar muito bem.
─ Nada se compara a essas três crianças. E não só isso, essa casa me assusta. É enorme! E escura. E, mais, me sinto sozinha.
─ Sozinha?
─ É. A governanta, a Sra. Portia, nem me olha. Ou melhor, me olha para me dar alguma bronca e me pedir algo. A cozinheira... Eu ainda não tive oportunidade de conhecê-la direito. E enfim, é solitário.
─ Tente conquistar uma das crianças. Pelo menos uma. Assim, as outras verão isso e vão querer o mesmo.
─ Acha isso?
─ Sim.
─ Vou tentar. Mais uma vez. E de novo.
─ Sophia não desiste, se esqueceu?
─ Jamais! ─ ela soltou o ar lentamente e jogou um olhar para a porta fechada do quarto. ─ Eu não vou desistir.
─ E seu patrão, Sofi, já conheceu?
─ Não. O Sr. Parker é um mistério.
─ Sr. Parker?
─ É.
─ Sophia? ─ a voz da Sra. Portia ecoou através da madeira da porta. ─ Já está acordada? Preciso de você urgentemente.
─ Apenas irei me trocar, Sra. Portia!
A mulher não respondeu, mas seus saltos batendo no chão demonstraram que ela já havia saido. Sophia bufou levantando da cama.
─ Tenho que ir.
─ Não deixe essa tal de Sra. Portia mandar em você! Ela não é sua chefe.
─ Minha supervisora.
─ Ela não é sua chefe. ─ repetiu Elisa.
─ Ok, Lisa. Preciso desligar. Mande um beijo para o Théo.
─ Ele não merece seu beijo.
─ Elisa!
─ Tá, tá. Beijo.
Sophia sorriu e teve a certeza que a irmã revirou os olhos antes de desligar. Era o tipo da Elisa.
Deixou os pensamentos para lá e trocou de roupa rápido. Tudo para não ter que ouvir sermão da Portia logo cedo.
─ O que houve? ─ perguntou Sophia descendo os últimos degraus. ─ Ah, meu Deus!
Seus olhos se arregalaram e mal teve tempo para pensar, apenas sorriu ao ver o cachorro grande correndo em sua direção. Era um dálmata e Sophia nunca havia visto um pessoalmente antes. O pelo, branco com as famosas manchas pretas, era tão macio, que ela não se cansou de acariciá-lo.
─ Ah, que coisa linda! ─ exclamou Sophia e levantou o olhar para a Portia. ─ Era essa a urgência?
─ Essa é a Duquesa. É a cadela da família há anos.
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• Minha Vida Encontrando a Sua
RomanceSÉRIE OS DAVENPORT - LIVRO 2 (degustação) COMPLETO EM AMAZON KINDLE Sophia Davenport, uma mulher de 29 anos em busca de um recomeço. Mora em Manhattan com os irmãos, mas decide trabalhar como babá na casa de uma família, em Aspen, Colorado. Três c...