Capítulo 10 - Uma garoa sozinha, não molha ninguém.

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- Ok mãe, tudo pronto. Tem certeza de que vai ficar bem?
- Claro Emma. E não se preocupe, vai dar tudo certo. - Minha mãe parece mais empolgada do que eu mesma para esta viagem. Sendo que ela nem vai. - Filha, serão 26 longas horas de vôo, tem certeza de que quer escolher justo Nápoles?
- Tenho mãe. Tem um forte instinto de que é para lá que devo ir. Aliás, a companhia não reembolsa o dinheiro que usamos na passagem. Quer jogar dinheiro aos ventos?
- Tudo bem então, senhorita intuição. Pegue um casaco meu, pois são mais quentes.
- Mãe, não fique enchendo muito essa mala. Já quase nem tem mais espaço! Vamos logo para o aeroporto, não quero me atrasar muito.

 Já quase nem tem mais espaço! Vamos logo para o aeroporto, não quero me atrasar muito

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Chegando no aeroporto, me despeço de minha mãe. Fico triste em ter que deixá-la aqui, sempre fomos muito parceiras e sempre fomos eu e ela, ela e eu. Mas Elisa está certa: existem coisas que devo fazer sozinha. E essa é uma delas. - Embarco no avião.

Um tempo se passa e ele já decola. Me aconchego no acento. Tentando relaxar. Alturas assim me deixam nervosa. Pego meus fones, na tentativa de me distrair.

- Oi, sou Alex. - escuto o cara ao lado falando comigo. Ele é moreno, mesmo sentado, parece alto, ele sorri. É simpático.
- Me chamo Emma. - Digo, apertando sua mão.
- Tem medo de altura Emma? - Ele nota a tensão de meus ombros e dá um risinho.
- Não. Não tenho medo. Só fico...desconfortável. Humanos não foram feitos pra voar, se não, teríamos vindo ao mundo com asas, certo? - Ele ri.
- Você é de onde, Emma...
- Morris. Emma Morris. Eu sou de Melburne. E você?
- Eu moro em Milão.
- huum, bela cidade. Pelas fotos, lógico. Eu nunca viajei pra tão longe assim.
- Não? Poxa nem percebi sua hesitação ao finalmente decolarmos. Eu claramente diria que você é uma viajante do mundo. - Ele diz bem irônico, me fazendo rir.
Foi assim quase metade do voo, na outra metade eu dormi. Li um pouco também.

- Nossa, minha mãe tinha razão

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- Nossa, minha mãe tinha razão. Foram longas 26 horas! - Digo pegando minha mala do compartimento de cima do avião.
- Foi tão ruim assim conversar comigo? - Ele pergunta sorrindo.
- Não! Não, claro que não. Foi ótimo, na verdade foi maravilhoso conhecer você.
- Que bom, achei que só eu tinha achado isso maravilhoso. - Ele continua sorrindo.
- E-eh, bom, eu tenho que... tenho que ir. Mas foi um grande prazer te conhecer viu, como trocamos nossos números durante o voo, espero falar com você novamente. - Digo dando um beijo em seu rosto.
- Sim, eu vou te ligar. - Ele pisca e desce do avião.

 - Ele pisca e desce do avião

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Tá, depois daquele lenga lenga de ficar esperando a mala passar, conseguir um táxi, ou algo do tipo, me hospedar em um hotel, desfazer as malas blá blá blá, estou em Nápoles!Me animo ao olhar pela grande e exuberante janela do hotel

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Tá, depois daquele lenga lenga de ficar esperando a mala passar, conseguir um táxi, ou algo do tipo, me hospedar em um hotel, desfazer as malas blá blá blá, estou em Nápoles!
Me animo ao olhar pela grande e exuberante janela do hotel. Mas a animação dura pouco, pois acabo de lembrar o que vim fazer aqui.
Tenho que procurar alguém. Meus instintos mais básicos dizem que é uma mulher. Também da minha idade, mas isso é muito estranho, eu não tenho ideia de onde encontrá -la. Eu não sei como ela é, o que faz da vida, eu não tenho nenhuma pista sequer!

Enquanto isso, não muito longe dali:

- Me dá isso aqui. - Scarlett pega o taco de sinuca. - Vou mostrar pra vocês como se faz, seus machos sem escrúpulos.
Dá uma tacada e acerta em cheio. Bola encaçapada.
- Isso aí baby! - Todos no bar gritam de alegria. - Me passa mais um desses copos de whisky aí Winlland. - Diz Scarlett ao atendente.
- É Walter. Meu nome é Walter.
- Tanto faz, me dá logo esse copo.

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A noite chega, Scarlett vai pra casa, cansada de tanta farra

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A noite chega, Scarlett vai pra casa, cansada de tanta farra. E não muito longe dali, está Emma, que ainda não sabe o que procura. Mas está prestes à descobrir.

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