prólogo

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Como me descrever? Eu sou uma menina fria e calculista.

Sentiu o meu sarcasmo?

Eu não sou fria e Calculista, muito pelo contrário. Eu sou boa até demais para esses seres humanos de merda. Eu amo cantar, dançar (mesmo que eu pereça uma retardada dançando.)

Dizem que quando você sofre um trauma na sua adolescência, isso te transforma em uma pessoa horrível, certo?

Errado, muito errado.

Eu sofri muito na adolescência, em média aos quinze anos, eu sofria por ter um corpo magro, cabelos loiros, natures, entendeu? A minha vida no Brasil na época foi um inferno, como eu nasci na Califórnia, eu tinha traços de uma   de uma americana, isso trazia muita inveja para as meninas da minha escola, e eu? Sofria porque queria não ter cabelo loira ou ter olhos azuis vivos.

Aos dezesseis anos, eu comecei ir a academia ou fazer exercícios em casa com a minha mãe. Eu chorava com dor e isso me fazia refletir se era uma coisa boa fazer esses exércicios para agradar as pessoas da minha escola. Então, em um dia eu decidir que eu não iria mais fazer esses exercícios para agradar ninguém, eu ia fazer para me sentir bem, me senti vida com o meu próprio corpo.

Aos dezoito anos, eu era popular na escola, foda não? Mais sempre tive comigo, o meu melhor amigo, Benjamin, ele era a única pessoa que eu confiava, nem minha própria mãe tinha o domínio de me fazer refletir sobre minhas ações igual Benjamin tinha, eu amava como meu irmão, ele era tudo para mim, meu refúgio do mundo.

E ele se foi.

Esse ano, aos meus dezanove anos, Benjamin morreu, ele sofreu um acidente de moto. Meu mundo parou, uma parte de mim se foi com ele, no dia doze de julho, Benjamin Landford, morreu.

E hoje dia vinte um de setembro, estou indo morar em Huntington Beach, Califórnia. Eu irei morar com o meu pai e sua nova família, estou nervosa, muito nervosa.

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