DEAR AMANDA, • mgc (EM EDIÇÃO)

(25) Tu é que perdes o jantar.

Querido M,                                                     21 de janeiro de 2007 

Já alguma vez te disse o quanto és importante para mim? Eu sei que sou só uma miuda de 11 anos, diz-me lá o que saberei eu sobre amar?

Bem, amar no dicionário é um sentimento que induz a aproximar, proteger ou conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracção; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa e sinceramente continuo sem perceber, nem os livros me ajudam com esta incognita. Para mim é sempre tudo feliz como ás histórias que ouvimos, certos? A princesa casa sempre com o princepe no final.

Pode-mos nunca nos ter visto mas és muito muito importante para mim, acho que até chega ao ponto em que te escrever e receber ás tuas cartas são uma rotina diária e fico anciosa quando espero por elas, parece que tenho borboletas na voarem-me no estômago.

A mamã diz que isto acontece mais ás raparigas do que aos rapazes, por isso nunca o deves ter sentido, certo?

Só queria que soubesses o que sinto.

Adoro-te M,

Mandy. 

Não posso ignorar mais os meus sentimentos mas mesmo assim, pergunto-me se eles se foram com a pequena Mandy porque tanto o posso odiar como o amar. Ele é um cabrão por me fazer isto...mas será que ele não sabe que não se baralha um coração que não têm cabeça para pensar? 

Tirei os meus olhos da janela para observar o Michael enquanto jogava calmamente, mordendo o lábio, matando sei lá o qué com uma metralhadora. Aquela merda toda estava a dar-me dores de cabeça mas vou deixar a criança, estar quietinha, não me chateia. Ele não parece tão perfeito?

" Hehe BAZUCA! " Oiço gritar, abanando os braços no ar.

Retiro o que disse é mesmo idiota. Deixei o som ensurdecedor da bazuca eletrónica que mais parecia a segunda guerra mundial a martelar nos meus timpanos. Sorri á sua imagem entusiasmada mas quando me apercebi obriguei os cantos dos meus lábios a irem para baixo, pôs ás mãos nas ancas e assumi a minha maior bitch face enquanto me posiocionava á frente da tv mas por alguns momentos os meus olhos param nas latas de cerveja amachucadas no chão, fazendo a minha expressão amolecer.

" Anda Michael. " Afirmei, pegando-lhe no pulso e puxando-o para cima. " Já chega. "

Ele tirou a minha mão bruscamente da sua, revirando os olhos, tirando da pausa e continuando a jogar. Não acredito que ele acabou de fazer isto.

" Olha queres ficar bêbado, fica! " Exclamei, dando ênfase com os braços. " Qualquer pessoa ganha esse jogo de qualquer maneira. "

" Isso é um desafio? " Perguntou o Michael, elevando só uma sobrancelha.

Eu sorri-lhe maliciosamente e sentei-me ao seu lado no chão, pegando no comando que se encontrava pousado na mesa. Abri uma das latas que estavam lá em cima, dando um golo e começando a jogar. Depois de várias horas em que ambos ficavamos á frente um do outro, sempre a ultrapassar-nos. Até que no ecrã aparecerem ás tão famosas palavras: ' GAME OVER. '

" Com que então, ganhavas-me na boa é? " Perguntou, alevatando-se do chão para me olhar nos olhos.

" Fala a pessoa que perdeu 3 vezes seguidas. " Disse, sorrindo e cruzando os braços.

O Michael aproximou-se mais de mim mimicando a minha posição. Ele sorriu-me fazendo-me sentir o cheiro a alcool no seu hálito. Por momentos observei os seus olhos verdes vidrados nos meu lábios e revirei os olhos tentando-me controlar tanto quanto ele.

Isto estava a ficar estupido, estamos á demasiado tempo a olhar um para o outro.

Apressei-me a ir na direção contraria á dele mas ele rapidamente me vira, juntando os nossos lábios que começaram violêntamente a lutar, ambos esfomeadamente.

Senti as mãos do Michael a descer lentamente até ao meu rabo, dando-me sinal para saltar. Apressei-me a saltar tornando os nossos corpos mais juntos do que alguma vez estiveram. Lambeu o meu lábio inferior pedindo liçensa para entrar mas eu fecho-os seladamente, fazendo-o gemer o que me fez sorrir provocativamente contra os seus lábios.

Ele sorriu de volta contra o meus lábios e um 'mmhhh' abafado saiu dos seus lábios assim que ele apalpou o meu rabo, fazendo-me suspirar. O que ele aproveitou como vantagem para deixar a sua língua entrar, enquanto se deixava cair em cima da cama, suportando-me e deixando-me ficar sobre ele.

" Michael? " Suspirei, apercebendo-me do que estava a fazer mas ele apressa-se a juntar os meus lábios com os seus.

Descolei os nossos lábios, fazendo um Michael bêbado parecer ainda mais confuso do que era. Nunca soube que ele tinha está paixão por beber. Isso faz-me recear. Começei a sair do seu colo mas ele puxa-me de volta para o seu corpo, empurrando-me ainda mais contra ele enquanto ás nossas linguas lutavam por dominância.

" Fode-me. " Deixei soltar, sentindo o seu sorriso por entre os meus lábios.

Tirei-lhe o gorro para que ás minhas mãos fossem de encontro ao seu cabelo, enquanto ás suas mãos andavam de cima para baixo nas minhas costas. Senti os seus olhos a abrir e a descolar os nossos lábios que eu rapidamente juntei, fazendo-o pousar a mão na minha face esquerda para me segurar.

" Amanda? " Ouvi-o murmurar por entre os meus lábios.

Voltei a separar os nossos lábios, empurrando-o contra a almofada. Enquanto fazia um pequeno strip para ele onde tirei o meu casaco e a minha t-shirt. Ele pôs ás mãos nas minhas ancas, olhando sério para mim.

" Foda-se Amanda. " Fez uma pausa, fechando os olhos como se o que fosse dizer lhe magoa-se. " Por muito muito muito que te queira comer neste momento, não posso. "

Cruzei os braços debaixo do meu peito, fazendo-o admirar as minhas mamas. Ele olhou para elas com uma cara de quem estava arrependido e abanou a cabeça, dizendo a sim própio que não. Eu olhei para o relevo das suas calças e sorri mentalmente para mim, apesar de no interior estar com uma expressão séria.

" Porque? " Perguntei, elevando uma sobrancelha.

" Porque estás bêbada, Amanda. " Revirei os olhos quando ele disse, aquelas palavras.

" Ou fodes-me agora ou nunca! " Exclamei, apontando para o seu pénis.

Uau! Acho que estou mesmo bêbada. O Michael soltou uma gargalhada, aproximando-se de mim e beijando-me suavemente os lábios. Pôs ás mãos á volta das minhas ancas, tirando-me de cima de si e pousando-me na cama ao seu lado. Beijou-me a testa e puxou os cobertores sobre os nossos corpos.

" Agora dorme. " Sussurrou, virando-se para mim na cama. " Vai-te fazer bem. "

Eu anui com a cabeça e afastei-me dele, amuando para o meu lado. Tu é que perdes o jantar Michael. O mal é teu e foi ai que uma epifania me bateu, eu bebo para sentir amor.