Querida Amanda, 23 de Janeiro de 2007
Não te vou mentir mais...
Já te disse isto? Gosto muito de ti, dos teus cabelos loiros cor do sol, dos teus lindos olhos azuis e do teu grande sorriso. Já os imagino aqui á minha frente.
Para dizer a verdade acho estranho, tu amar-mes somos só crianças, isto é uma amizade e o papá e a mamã é que é amor. Afinal como é que nos podia-mos amar se nunca nos vimos um ao outro. Isso seria impossivel.
Seria como ires a um museu. Veres um quadro com a mulher mais bonita do mundo mas apesar de ela ser ficticia, rezas e sonhas para um dias ela te amar de volta mas afinal é só arte, um quadro. Percebes?
Escreve-me em breve,
M.
Hoje era um bom dia. A Amanda já tinha acordado e estavamos os dois a tomar o pequeno almoço, acho que ela não faz a mínima ideia do que aconteceu ontem á noite mas também nenhum dos dois falou uma palavra sobre isso. Algo que talvez o pequeno e impulsivo M tivesse coragem.
- Não sabia que cozinhavas. -murmurou ela, levando uma garfada de ovos mexidos á boca.
- E não sei. - disse, elevando os olhos do prato. - Foi o serviço de quartos.
Neste dia, tinha uma surpresa para ela. Queria partilhar algo de importante da minha vida, só espero que não seja um risco. Mas pensando bem na presença deste ser nesta manhã perfeita não gosto assim tanto da ideia de partilhar.
- Bem, hoje vou levar-te a um sitio. - declarei, pousando a caneca na mesa. - O que dizes?
- Digo que...- afirmou, elevando o dedo indicador no ar.- Nada de becos escuros, nada de descampados, nada de testosterona desmesurada e isto tudo se não estiver pessoas á volta.
- És uma porca, Amanda Black. - sussurei, levando a caneca á boca.
- Ai, é? - disse ela, sorrindo e batendo com a mão na mesa.- Quantas vezes por dia é que pensas em sexo, Clifford?
1, 3, 100, 300, 5000 vezes... Muito mais desde que te conheci, se queres saber ainda mais desde de ontem, se soubesses...
- Queres mesmo saber? - perguntei, elevando uma sobrancelha.
Reparei que a cara da Amanda pela primeira vez á minha frente começa a ficar vermelha. Ela apressa-se a beber da sua caneca para disfarçar. Tenho de a fazer corar mais vezes, nunca vi está sua faceta dela.
Ela sorriu-me, tirando os pratos da mesa e pousando-os no pequeno bloco da cozinha do quarto. Passou por mim, deixando-me sentir o seu cheiro a suor e a margaridas, o que me fez fechar os olhos e inclinar a cabeça para trás, pondendo absorve-lo melhor na minha mente.
A leve recordação de ontem á noite veio-me á mente enquanto o cheiro absorvia-se na minha mente. Ás suas curvas, os seus olhos fechados, os seus suspiros, o seu corpo no meu, os seus lábios... Ai para Michael! Seu porco.
- Estou bem, Michael? - ouvi a voz dela perguntar, fazendo-me acordar mais uma vez para a realidade.
Observei o seu corpo perfeitamente definido pelos shorts pretos gasto que estava a usar, um crock top branco deixava ver o seu sotian preto, chamando a atenção para os seus seios e por cima de isso tudo estava mais uma das minhas camisas de flanela, a azul que fazia os seus olhos realçar.
Não podia estar mais perfeita.
- Mais uma camisa minha? - perguntei ironicamente, elevando uma sobrancelha e mordendo o lábio.
- Diz-me que não gostas de me ver com elas? - exclamou firmemente como que já soubesse a resposta, inteligente como é de certesa que sim.
Claro que gosto, ainda por mais adoro. Alêm de te ficarem lindamente e largamente, deixando só á mostra os teus pequenos dedos, também fazem as pessoas ver que essa camisa é de alguém masculino com quem tu de certesa têns uma relação e ai um cabrão qualquer pensa: " Ai, não me vou meter com ela o namorado ainda me dá nos cornos. " E prontos ai ninguêm te toca porque basicamente és minha e depois ela vai ficar com o teu cheiro que eu por mais absoluta não irei lavar por nada para poder sentir o teu cheiro quando a vestir...á tantas razões. Foda-se Michael, estás a apaixonar-te...
- Tanto-me faz. - soltei, enquanto encolhia os ombros.
Ajudei a Amanda a fazer a mala, mesmo ela sendo teimosa lá consegui ajuda-la em alguma em coisa mesmo antes de ela me atirar mais roupas á cara por estar a mexer nas coisas dela.
Pusemo-nos a caminho, descendo a estrada principal, não vós disse nada mas ela caiu umas quatro vezes a descer e está furiosa.
- Pará de rir, Michael! - exclamou, agarrando-se ás alças da mochila e olhando-me pelo canto do olho.
- Desculpa, Amanda. - afirmei, limpando uma lagrima do canto do olho.- Mas caís-te mesmo de cu na ultima vez.
- Ainda me doi. - queixou-se, passando a mão pelo rabo.
Começei a rir desalmadamente quando ela fez aquele movimento. A Amanda limitou-se a mandar-me olhares de sentença que rapidamente mudou quando ela olhou para o beco por detrás de mim. Só sinto ás suas mãos a empurrarei-me contra a parede e os seus lábios pousados nos meus. Ás suas mãos encontravam-se de cada lado da minha cara, enquanto os seus lábios dominavam os meus calmamente, uma multidão passava por nós, sentindo-a a aproximar-se mais do meu corpo e depois ainda dizem que os rapazes não sentem borbuletas, pois estão mais que enganados.
-Foda-se Michael. - sussurou, mordendo o lábio.- Foste quase apanhado.
- Apanhado? - perguntei, confuso.
- Aquelas gajas tinham t-shirts da tua banda. - suspirou em alivio, limpando um suor imaginario da sua testa e olhando para o fim da rua.
- Ah, obrigado? - disse, prosseguindo a sussurar e dando um face palm a mim própio.- Idiota! Claro que ela não gosta de ti.
- Disses-te alguma coisa? - ouvi a Amanda perguntar, fazendo-me pela primeira vez esboçar um sorriso falso na sua direção.
- Não, nada. - afirmei, continuando o meu caminho pela rua com ela ao meu lado.
Não demorou muito tempo, até que nós perdesse-mos e eu ter a Amanda a gritar comigo sobre ter deixado o mapa no hotel. Vida, doce vida.
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DEAR AMANDA, • mgc (EM EDIÇÃO)
FanfictionAmanda na sua infância trocava cartas com um misterioso remetente que dava pelo nome de "M" através de um projeto escolar de penpals;. Após anos de trocas de cartas, o "M"; deixa de responder misteriosamente. Nos seus dezoito anos, Amanda volta rece...