Não (era) amor

Capítulo 1 - Uma nova vida

     Bom, eu e meu pai acabamos de nos mudar para Belo Horizonte em Minas Gerais, pois meus pais se separaram e eu escolhi ficar com o meu pai. Está tudo tão estranho sem a mamãe. Até parece que nada disso aconteceu, eu queria que eles não tivessem se separado. Foi tudo tão de repente que sei lá, nem eu sei o que aconteceu aqui, mas tenho que tentar ser forte, não quero ser a filhinha frágil, eu sou completamente independente das pessoas. Nunca precisei pedir consolo aos meus pais, não vei ser agora que eu vou.

     Eu estava separando minhas coisas da escola, quando de repente escuto passos vindo do corredor, era meu pai, estava indo para meu quarto, chegando lá me disse:

- Filha, você você vai jantar?   -  disse ele entrando no meu quarto e parando na porta

- Sim pai, eu vou   -   respondi terminando de guardar algumas coisas que estavam na minha cama na minha mochila e me levantando para ir até a cozinha com meu pai.

Chegando lá, ele me pergunta:

- Anna, tem certeza que vai querer morar aqui comigo? Você pode muito bem voltar para São Paulo e ficar com sua mãe - disse ele com um tom sério porém um pouco triste
- Não pai eu não quero  - respondi me sentando na mesa e esperando ele trazer a comida que ele havia preparado para nós dois. Terminamos de comer e eu subi para o meu quarto, escovei os dentes e fui dormir.

      Quando acordei, me deparei com o meu maior pesadelo: O primeiro dia de aula em uma escola nova. Me arrumei e desci as escadas para encontrar meu pai, mas ele já tinha ido, então resolvi ir sozinha de ônibus. Peguei o ônibus que ia até o colégio novo e chegando lá, desci e entrei na escola.
       Ai meu deus vai começar esse inferno tudo de novo, até parecia que eu não estava acostumada com esse tipo de coisa, mas naquela situação em que eu me encontrava, eu não queria mesmo me deparar com algo novo.
         Bateu o sinal e eu já havia entrado na sala, tinha conseguido achar aonde ela ficava por meio da ajuda da secretária. Todos os alunos entraram na sala e eu notei uma garota, bom ela não era incomum, mas nunca tinha visto uma menina igual a ela antes, não dei muita bola e continuei a segui a aula, quando de repente escuto a professora dizer: - Temos uma aluna nova. Por favor se apresente senhorita Anna. - Quando ela disse meu nome, eu só quis sumir, mas deveria me apresentar, era só mais um ritual básico. Me levantei, fui até o quadro, me virei para a sala e disse: - Bom, meu nome é Anna, com dois ''n'', tenho 15 anos, vim de São Paulo, e é isso" - depois que disse isso, voltei para o meu lugar e segui a aula normalmente.
       Quando bateu o sinal do término das aulas, eu estava louca para sair logo e ir pra casa, juntei minhas coisa e saí andando, até que sinto alguém encostar no meu ombro e dizer:
     - Oi Anna, sou da sua sala, meu nome é Amanda. É um prazer te conhecer  -  disse a garota que estava atrás de mim, e eu respondi:  - Um prazer também Amanda - disse com um sorriso falso no rosto, sem paciência nenhuma, porque só queria ir embora. Ela saiu e foi encontrar com um grupo de pessoas que estavam ali perto, e eu, segui meu rumo para casa.

         
         Depois de uma longa viagem de ônibus até o local aonde eu morava, cheguei em minha casa invicta e me fui tomar meu banho. Tomei meu banho, almocei, fucei umas redes sociais e fui dormir. Quando acordei já era madrugada, 1h da manhã eu diria, fui até o quarto do meu pai e vi que ele tinha chegado e vi que ele já estava desmaiado, como era previsto, fui até a cozinha para beber um copo de água e voltei para meu quarto.
         Estava navegando no Instagram, até que vejo uma solicitação de seguidor, fui ver quem era, e era a tal da Amanda que eu tinha visto de manhã cedo na escola, fiquei com um leve medo por ela ter me caçado tanto até achar, mas como eu não sou tão ruim, aceitei a solicitação. Fui olhar o perfil dela, e nossa, realmente ela era muito bonita, na escola nunca tinha reparado tanto nela. Ela tinha os cabelos longos e ondulados, e algumas mechas azuis, seus olhos eram castanhos, nem escuro, nem claros, eram simplesmente perfeitos para ela, e tinha um sorriso lindo. Até que me assusto com uma mensagem, era da Amanda:

M : Oi, você é a Anna?

A: Sim, e você é a Amanda certo?

M: Siim, mas pode me chamar de Mandy.

A: Certo Mandy, quantos anos você tem?

M: 16 e você?

A: eu tenho 15

M: aaah, você é mais nova

A: Sou sim kkkkk

M: que tipo de música você curte?

A: Indie e Rock e você?

[...]

       Eu e ela conversamos bastante sobre muitas coisas, viramos a noite juntas conversando. Marcamos de sentar uma perto da outra na hora da aula, porque ela disse que não queria que eu me sentisse sozinha.

     Cochilei um pouco no ônibus e quase me atrasei, porém cheguei na escola a tempo de pegar um lugar na sala para sentar ao lado da Amanda. Sentei do lado dela e ficamos conversando ao decorrer da aula, em poucas semanas nos tornamos próximas. Antes de conhece-la, eu já tinha percebido que ela era uma garota totalmente incrível, mas conhecendo ainda mais profundamente, eu vi que ela era muito melhor do que eu sonhava que era.