Dias mais tarde
Sofia tinha acabado de dar uma volta com Susana. Infelizmente ela tinha uma consulta no dentista e já se tinha ido embora.
Sofia sentou-se na relva de um pequeno jardim que existia logo antes da praia. A lua estava radiante no céu e as estrelas brilhavam intensamente. Mas ela não olhava para elas, mas sim para o mar que ela conseguia ver de onde estava sentada, com as ondas a bater na costa.
Ela suspirou e pensou em como ela própria estava naquele momento.
Nem Lay, nem ninguém, para além de Susana e outros amigos dela, falavam com ela sem ser para a avisar para sair do caminho.
Ela não conseguia acreditar como Lay tinha conseguido ser tão fria. Tudo o que tinham passado juntas não lhe tinha ensinado nada?!
- Aparentemente não... - pensou Sofia, sentindo o cheiro a maresia a entrar-lhe pelas narinas enquanto ela respirava fundo.
Depois pensou também no que se passaria no dia seguinte.
No dia seguinte a turma dela, e isso incluía Lay e alguns dos seus amigos, iam dar um passeio.
Porquê? Sofia não sabia e tinha a sensação de que ia continuar sem saber, perguntando-se da razão do passeio, até ao próprio passeio. Era com o professor de Ciências e Sofia podia jurar que tinha o ouvido algo sobre desenhar e espécies de lago mas o professor não tinha a melhor locução do mundo por causa do aparelho que tinha posto recentemente e por isso mais de metade da escola não o entendia. Por isso é que as aulas de Ciências era uma piada autêntica.
Eles iam a um jardim que ficava perto da escola, durante o tempo de aula. Ela já lá tinha estado com a mãe depois de irem á compras e tinha achado muito agradável. Tinha alguma árvores e arbustos e um lago com patos e rãs.
Sofia foi desviada dos seus pensamentos quando sentiu o telemóvel a tremer no bolso dela. Uma música da Katty Perry começou a tocar antes que pudesse tirar o telemóvel do bolso.
Ela olhou para o ecrã para ver quem é que lhe estava a telefonar.
Mãe
Sofia estranhou a mãe estar a telefonar-lhe e atendeu.
- Mãe?
- Sofia... - disse Joana - Preciso que venhas para casa.
- Porquê?
- O teu pai acabou de deixar que um dos quadros da sala lhe caísse na cabeça e vai para o hospital. - disse Joana, num tom um pouco aborrecido.
- Ele vai ficar bem? - perguntou Sofia, preocupada.
- O teu pai safa-se e tu e eu sabemos disso. - disse Joana - Mas por favor, vêm ter connosco á entrada do prédio. Não estás muito longe de casa, pois não?
- Não, não. - disse Sofia, levantando-se da relva - Vou já para ai.
- Ok, xau.
- Xau, mãe.
Sofia deligou a chamada e perguntou-se porque ambas se tinham despedido uma da outra quando iam voltar a ver-se em menos de cinco minutos. Ela encolheu os ombros e correu para o prédio onde estava a morar.
No dia seguinte
Sofia estava na aula de Ciências, e como todos os alunos que ali estavam, fingiam que percebiam o que o professor dizia e acenavam com a cabeça cada vez que ele olhava para eles.
Sofia não resistiu em ver o que Lay estava a fazer e viu-a a rir-se com Jéssica, com quem Lay ficava ao lado em Ciências.
- Okiy, turbah... - disse o professor de Ciências - Bagos ao parquet.
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A Deusa da Noite
FantasyUma vez que havia duas irmãs. A irmã mais velha fez o dia e a irmã mais nova fez a noite. Por muito tempo a sua função foi trazer a sua respetiva fase do dia e assim foi por muitos milénios. Mas a inveja começar a crescer na irmã mais nova que sente...