(28) O que é que se passa Michael?

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Querido M,                                   20 de Dezembro de 2006 

Bem, hoje estamos quase no natal, não sei se te disse mas os meus pais prometeram-me que iam deixar de discutir nestes ultimos dias. O que é bom mas sei que depois disto tudo nunca iram parar, percebes?

Vou usar a tua metáfora, duas pessoas podem ir a um museu e olhar para um quadro de diferentes maneiras, cada uma está certa mas a outra acha que não, sendo opostas, sempre a colidir uma contra a outra, acabam por fazer faísca e ai acontece á explosão, percebes? Só não quero ser atingida por ela.

Só te quero dizer que aconteça o que acontecer nunca vamos discutir, okay? Não quero ser atingida, nem de ferimentos ligeiros.

beijinhos, 

Mandy. 

Voltei a fechar os olhos mas a luz teimava em passar pelo tecido fino da tenda e queimar-me as pálpebras. O barulho lá fora também não ajudava, já me tinha fartado de gritar para se calarem mas parecia que estava a montagem de um circo lá fora.

Elevei-me da cama, abrindo a porta da tenda para encontrar o Ashton em cima de três pessoas, consegui ver que a que estava na base era o Michael devido a uma madeixa de cabelo vermelho ser vísivel por entre o verde alface da relva.

- Mas o que é que se passa aqui? - perguntei, cruzando os braços. Como que se estivesse a dar um raspanete aos meus filhos .

O Ashton olhou para mim, disparando-me um sorriso e olhando-me de cima a baixo. Saiu de cima do monte de testosterona, prosseguindo na minha direção e dando-me um leve beijo na cara que eu lhe retribui.

- Sejas bem aparecida. - disse o Ash, frazindo o nariz o que o tornou adorável por uns momentos.

- Queres que te morda? - ameaçei com o meu tipico sorriso.

- Depende. - respondeu, elevando uma sobrancelha. - Posso escolher onde?

- Haha. - afirmei, rindo irónicamente. - Não.

Ele soltou uma gargalhada adoravel em sicronia com a minha, enquanto o Michael se aproximava com umas caras novas. Observei-os á minha frente, ambos bastante altos. O moreno limitou-se a olhar-me nos olhos e disparou-me um sorriso. O Loiro olhou para mim e mordeu o lábio, olhando distântemente de mim.

- Amanda Black. - apresentei-me, esticando ás duas mãos a eles os dois.

- Calum Hood. - disse o moreno confiante, apertando-me a mão. O Loiro limitou-se a olhar para mim e eu dei ênfase á mão que ele acabou por apertar.-  Ah, e este é o Luke.

O rapaz alto sorriu-me timidamente, mostrando a sua fileira de dentes perfeitamente brancos. Observei os olhos dos dois a descer até ás minhas mamas que por uns momentos desviaram rapidamente assim que uma tosse falsa vinda do Michael os interrompeu, fazendo-me soltar uma gargalhada.

- Acho que é melhor ir mudar-me. - afirmei, apontando para a tenda.

Rapidamente corri até á tenda, onde tirei uns calções, uma t-shirt ao calhas e me vesti rapidamente. Calcei os meus ténis e sai disparada da tenda, batendo contra alguém. Olhei para cima, vendo um par de olhos de azuis a olhar para mim.

Começei a ver tudo enevoado e a sentir-me tonta mas as suas mãos seguram os meus ombros firmemente, fazendo-me olhar outra vez para a sua cara para começar a ver os seus lábios a abrir.

- Estás bem? - ouvi, pela primeira vez a sua voz dizer. -  Precisas de alguma coisa?

- Acho que é só de não ter comido nada. - disse fracamente sorrindo-lhe.

DEAR AMANDA, • mgc (EM EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora