Sobre garotos e planetas

Garotos e Planetas.

NOTAS INCIAIS:

¹ – Maeum significa coração em coreano, segundo o Google.

Olá, meus amores!

Eu sou doidinha em pegar um desafio tendo tantas fics para escrever, mas, eu estava louca para começar um plot novo e vi no #mondesafio uma oportunidade para trazer uma história curta e diferente para vocês! Os elementos que recebi para esse desafio foram: coelho (palavra), fantasia (gênero) e showho (casal). Eu espero ter consegui incluir os três bem nessa história e também espero que vocês gostem dela!

Um beijão para todos, boa leitura e até as notas finais!

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Nascido de uma explosão, o pequeno planeta Maeum, inicialmente, era regido pelo mesmo princípio que a maioria dos demais corpos celestes. O caos era responsável pela beleza e pela destruição, pela vida e pela morte em Maeum. Não há regras no caos, apenas acasos e, foi em um desses acasos, que a vida humana surgiu. Em sua gênese, essas criaturas humanas eram pacíficas, deslumbradas com a beleza de Maeum, contudo, como nos demais planetas habitáveis próximos, conflitos surgiram e, em poucos séculos, Maeum morria nas mãos de seus frágeis, mas numerosos humanos.

O que os habitantes de Maeum não sabiam era que aquele pequeno planeta era parte de algo maior. Seu nome¹ foi atribuído por conta da coloração de grande parte de sua fauna e flora: o vermelho preenchia a paisagem, desde as copas altas das árvores até os animais silvestres com pelagem rubra. Ironicamente, o que seus preciosos humanos não sabiam, era que Maeum era literalmente o coração de uma estrutura formada por milhões de estrelas e conectado a mais quatro planetas. Planetas esses que não eram governados pelo caos, mas por Deuses Regentes poderosos e defeituosos, tais como os humanos que tanto desprezavam.

Maeum, por séculos, não possuiu um Deus Regente.

Até que Shin Hoseok, filho da Deusa Mãe, foi presenteado por ela com Maeum. Sua missão era restabelecer a paz e o equilíbrio em Maeum, pacificamente, e tornar-se Deus Regente daquele pequeno planeta coração. A ganância e a ignorância humana no planeta começavam a afetar todo aquele sistema planetário sensível e cabia aos deuses interferirem quando necessário. Caso falhasse em sua missão, Changkyun, seu irmão mais novo e favorito entre os deuses anciões, tomaria seu lugar e estabeleceria a ordem por meio da destruição de toda vida humana em Maeum. À princípio, Hoseok desejou falhar, mas, se Changkyun era a personificação da destruição, Hoseok nasceu como a luz do seu planeta natal.

Tratando-se de deuses, ele literalmente trouxe a luz para o seu mundo. Foi o primeiro filho da Deusa Mãe, que, tomada por um sentimento de puro jubilo ao gerar uma criatura divina, iluminou Wonho com seu amor e, assim que ele escorregou por entre suas pernas, a escuridão se dissipou completamente. Séculos mais tarde, seu segundo filho, Changkyun nasceu em meio ao sofrimento e a ira que a dominava.

Assim que Changkyun respirou pela primeira vez, ele provocou um enorme cataclisma, destruindo todos os humanos e deuses menores que se colocavam contra sua matriarca e grande entidade que os governava. Foi coroado como um Deus Vingador, aquele em que os deuses recorriam para exterminar as injustiças, independentemente de como o faria. Ele não era um Deus Regente, não comandava nenhum planeta. Era muito jovem e muito impulsivo, ainda incapaz de manusear o frágil equilíbrio entre vida e morte, mas muitos criticavam a decisão da Deusa Mãe ao colocar seu filho mais velho como Deus Regente de Maeum e não o promissor Changkyun.