A Seleção: Uma Nova Era (em pausa)

Capítulo 1

America Singer

"A grande sortuda selecionada para a bolsa de estudos do internato Illéa High School é America Singer de Carolina" essas foram as últimas palavras que escutei antes de ficar paralisada em frente à televisão, quando minha mãe me obrigou a me inscrever pra esta "prisão" eu não imaginava que teria tanto azar e seria selecionada.

- Ames você tá viva?? - May diz balançando as mãos na frente do meu rosto.

- Eu sabia que você seria selecionada! - minha mãe pula de alegria.

Minha vontade é de cair dura no chão, mas sou trazida de volta a realidade quando meu pai me abraça.

- Gatinha não tenha medo de mudar. Você pode perder alguma coisa boa, mas você pode ganhar algo ainda melhor. - meu pai aconselha.

- Do que adianta eu não querer ir, sabemos que a mamãe vai me obrigar. - respondo baixinho.

- Ela pode ser rígida mas só quer o seu melhor.

Passei o resto da minha semana arrumando tudo que o levarei para minha nova prisão, nada demais só algumas roupas e meu violino, a música ao menos vai me alegrar.

- Você tá esquecendo uma coisa. - May diz ao entrar no quarto.

- O que? - pergunto examinando a mala pela milésima vez.

- A animação. - minha vontade é de tacar um travesseiro nela mas me controlo.

- Hahaha como você é engraçada. Tenho certeza que quando eu for embora você vai morrer de saudade.

- Eu vou... Ames eu não te entendo, você é tão corajosa e destemida mas quando precisa usar isso ao seu favor,trava. - sinto o peso de suas palavras,porque sei que é a verdade. - Você é mais forte que imagina- May fala e me abraça mais forte que nunca.

Lágrimas acumulam em meus olhos, eu vou sentir falta disso, de me aconchegar na minha cama pequena e rir até altas horas com minha irmãzinha, de tocar violino com meu pai e até das broncas da minha mãe. Mas eu preciso ir, mesmo que eu não queira admitir sei que isto é o melhor pra mim, porém o aperto no meu peito e o mal pressentimento não desaparecem.

Às sete em ponto meu despertador toca,com um barulho excessivamente alto. Tomo meu banho e coloco uma calça jeans com uma blusa azul clara. Meus cabelos ruivos parecem estar ainda mais brilhosos hoje por isso descido deixá-los soltos, desço pra tomar meu café da manhã, mas a mesa está vazia. Às vezes não temos o que comer, então eu estar indo embora é bom porque é uma boca a menos para alimentar.

- Desculpa filha eu queria fazer um bom café da manhã pra você hoje mas você sabe como é. - minha mãe se aproxima desapontada.

- Tudo bem, eu entendo. Vou sentir muita saudade da senhora. - abraço a mulher que é igual a mim só que mais velha.

Meus familiares me levam ao aeroporto de Carolina, depois de uma longa despedida entro no jatinho que a escola mandou para buscar os alunos da minha província. Me acomodo no banco de couro e tomo o café da manhã que as aeromoças trouxeram pra mim.

- Posso me sentar com você? - escuto aquela voz familiar, Aspen e eu namoramos por 2 anos e terminamos a poucos meses, ainda dói vê-lo.

- Sim. - digo em tom ameno. Uma chuva de lembranças invadem minha mente. Quando começamos a namorar éramos muito imaturos, namoramos escondido de todos porque Aspen era de origem mais humilde e tinha vergonha de assumir uma relação com uma garota "melhor" de vida que ele. Há seis meses atrás sua mãe casou com um comerciante muito rico, a situação dele e da família mudou. O próprio Aspen mudou, não que ele tenha ficado esnobe, as prioridades dele mudaram, eu não cabia mais em sua vida e nem ele na minha, já que eu não sabia mais porque estávamos juntos.

- Você acha que um dia vamos conseguir ser amigos? - Aspen pergunta com seus olhos verdes cravados nos meus.

- Não sei. - respondo sincera. - Mas acho que podemos tentar. - sorrio.

- Fico feliz por você ter sido selecionada, não consigo pensar em ninguém melhor que mereça essa chance. - continuamos conversando de amenidades e estudo algumas partituras de violino até chegarmos a Angeles.

Ao descermos do jatinho somos levados ao internato por um carro que de acordo com meus padrões é bem luxuoso. O caminho que traçamos é curto e logo chegamos a entrada de um prédio de dois andares enorme! A parede de pedra é cinza, na entrada tem uma grande porta e um gramado na frente de tudo isso. Fiquei sabendo que aqui já foi um castelo no século passado agora só parece um grande bloco de pedra envelhecido.

- Eu levo as malas da senhorita. - um homem baixo se aproxima de mim e carrega minhas malas para dentro do prédio. Pego minhas partituras no banco do carro e caminho para dentro do meu novo "lar".

Quando abro a gigantesca porta meu queixo caí, na minha frente vejo um piso de porcelana impecável, paredes em tons de branco com detalhes dourados, lustres belíssimos que iluminam o lugar, pinturas antigas de Reis e Rainhas, essa deve ser a ala social do prédio, já que ele é dividido em várias alas. O homem que pegou as minhas malas desapareceu nos corredores, começo a caminhar rapidamente pra alcançá-lo mas na virada de um corredor trombo com alguém,minhas partituras se espalham e eu caio de bunda no chão .

- Olha o que você fez garoto! - esbravejo com o menino que me olha com os olhos arregalados.

- Querida você está bem? - o idiota na minha frente pergunta estendendo a mão pra me levantar.

- Eu não sou sua querida! - grito com ele que se assusta. Pego minhas partituras sozinha e me levanto recusando sua ajuda.

(....)

Bom gente esse foi o primeiro capítulo, espero que vocês tenham gostado e que continuem lendo essa história. Prometo dar o meu máximo! ❤️🍰