The Legend of Éfebron

⸙⸙Capítulo Único⸙⸙

O dia amanheceu e com ele todo o reino, nos becos e ruas era possível ouvir um grande burburinho de vozes alegres, rostos felizes e crianças correndo. O cheiro doce dos pães e bolos, o aroma sutil e delicado das flores e a brisa leve sugeriam que o dia seria muito especial. Éfebron estava em festa!

E quem não estaria?

O grande dia chegou, os príncipes do Sul e do Norte finalmente se casariam e com sua união o reino voltaria a ser unido. As pessoas esperaram tanto por esse momento que simplesmente não conseguiram se conter, ora foi preciso 21 anos para a profecia se cumprir.

A cerca de 100 anos atrás a Lua abençoou os habitantes de Éfebron, ela os deu um animal sagrado, um lindo cervo. Aparentemente um animal comum, mas que liberava um leve brilho prateado de seu pelo, os chifres feitos do mais límpido diamante e uma aura poderosa. Os reis deveriam cuidar do animal juntos e com isso seriam abençoados por seus poderes, teriam fartura de alimentos e as pessoas seriam sempre saudáveis, mas cegados pelo egoísmo eles começaram a brigar, pois queriam as bênçãos apenas para si.

Por esta razão, houve uma grande guerra e o reino que antes era tão unido se apartou. O ódio se tornou tão grande que o clima ficou pesado, as pessoas não riam mais, restava apenas o véu do caos em seus corações. O egoísmo virou o veneno do reino e por sua causa Admeo, o cervo sagrado, foi morto pelo rei do Sul para que o rei do Norte não pudesse usufruir das bênçãos concedidas por ele. A Lua enfurecida lançou uma maldição sobre aquele reino, visto que a maldade estava em seus corações a desgraça cairia sobre o reino, as pessoas perderiam suas esperanças e suas economias, o alimento seria racionado, água faltaria e catástrofes naturais ocorreriam frequentemente. Isto ocorreria até que o último habitante desse reino tivesse sua vida findada e a terra ficasse finalmente livre de seres tão abomináveis.

Passaram-se 80 anos, nesse período de tempo os causadores de enorme desgraça morrem e seus herdeiros tomaram seus lugares de dianteira ainda sob terrível maldição, ambos os filhos – agora reis do Norte e do Sul – cresceram, apaixonaram-se e casaram-se com lindas moças. Como resultado desse amor os reis do Norte tiveram um lindo bebê e a Lua compadeceu-se da criança pois nunca tinha visto alguém de aura tão pura e somente por afeto à este pequeno ser ela resolveu modificar sua maldição.

Por causa de um coração puro, outro nascerá e eles serão destinados a ficarem juntos. Mesmo que haja impedimentos este amor nunca morrerá ou enfraquecerá, devem se casar e com isso pôr fim na grande aflição.

Ao receber esta profecia o rei do Norte ficou muito feliz e ansioso, pois ele não sabia quem seria a outra alma pura a nascer. Ele passou um ano procurando pelo reino sem nenhum resultado até que um dia houve uma grande notícia: O filho do rei do Sul acabara de nascer!

Mesmo tendo a certeza de que essa criança era a da profecia seu orgulho por causa da briga veio à tona e o rei não queria que seu precioso Jimin se casasse com o filho até então sem nome do rei do Sul. Mas, sua linda esposa como uma mulher forte resolveu falar com ele.

- Querido, porque há tanto orgulho e raiva em seu coração? – Ela perguntou docemente enquanto acariciava seu pequeno Jimin de 1 aninho em seu colo.

- Por causa do outro rei nosso reino está em repleta destruição! – Ele falou duramente.

- Você está errado e sabes disso! Esta guerra começou por causa do orgulho dos antigos reis e isto nos trouxe calamidade. Ambos erraram, mas agora nós temos a chance de mudar isso.

- Eu não quero que meu filho se case com um daquele sangue. É pelo bem dele!

- Já que você está pensando no bem do nosso filho, lembre-se de que se não fizermos algo ele sofrerá como nós e terá uma vida miserável, talvez esse coração que hoje é tão puro se torne amargo e frio. É isso que você quer? –a rainha pergunta segurando no braço sutilmente no braço de seu marido. – Ou você prefere dar a chance ao nosso pequeno de ter um futuro feliz e trazer a felicidade de volta ao nosso reino?