Olhos da Alma (Romance Gay)

Capítulo 5:

        Naquela semana não encontro o Sebastian em nenhuma aula, parece que ia faltar a semana. Kamila me ajudou a me orientar pela escola e fui a sensação do momento, é claro que com os comentários não demorou muito para o diretor fica sabendo e aqui estou, lado a lado com Sebastian na diretoria.

     Parece que surgiu uma emergência de última hora e ele nos deixou aqui como parte de uma punição. Não saiu de brigar e tenho sentimentos fortes por esse garoto.

- Olha...

- Não ache que vomos ser amigos por isso é a última coisa que quero com você. - ele me olha com aqueles olhos verdes cheio de raiva.

- Eu só não entendo esse ódio que você sente por mim... o que eu te fiz?

- Vai dar uma de coitadinho agora? - ele diz. - Eu vi o jeito que você me olhou no shopping aquele dia... parecia que estava me comendo com os olhos.

- Eu... - eu não sabia o que dizer.

- Sinceramente, você poderia pegar quantas gatas quisesse mas não!!! Você é só mais um...

- Um o que? - Isso já estava me irritando. - Minha vida sexual não com diz com sua vida.

- Sim se você fica me devorando com os olhos. - ele ajeita o corpo na cadeira.

- Você é mesmo um imbecil. - Falei.

- Prazer esse é meu sobre nome. - Ele respira fundo. - vomos fazer o seguinte, você me deixa em paz e vai ficar tudo bem, quer pegar homem tudo bem, pode pegar, desde que não seja eu.

- Para alguém que é dono da própria boca pra falar merda. - ele me olhou com uma sobrancelha arqueada. - Você tem muito medo de que eu tente te beijar.

- Que?!?!?

- Para que ocorra um beijo é preciso das duas pessoas. - Sorri. - Tem medo de que se eu beijar você acabe me correspondendo? - espera!!! Esse não saiu eu, meu coração está acelerado, minhas mãos suando frio.

- Quer guerra? Pode ser então.

- Voltei meninos. - o diretor disse. - Bem, fiquei sabendo de uma briga entre vocês dois na semana passada e quero ter certeza que isso nunca mais vai acontecer.

- Fica calmo diretor, foi apenas uma mal entendido, agora até vejo que somos parecidos e poderíamos bons amigos. - Sebastian está com um enorme sorriso cínico na cara, isso me deixou com muita raiva. - não é Rafa. - pera... ele sabe meu nome.

- Não me chame de...

- Algum problema senhor Rafael? - O diretor né olhou sério. - vejo que pela primeira vez o problema não é o Rafael e sim o aluno novo.

- Não diretor... está tudo bem.

- Que ótimo agora podem ir, mas se houver outro problema, vocês vão sofrer as consequências.

- Entendido. - falamos juntos.

     Assim que saímos da sua sala andamos pelo corredor vazio em função de todos estarem em aula.

- Sei que você querer queimar minha imagem com o diretor. - Falei para ele.

- Vem cá, tudo que eu quero é você bem... bem longe de mim. - Ele entrou na sua sala. 

    Eu tive que procurar a minha pois era matemática, Sebastian estava se tornando uma pessoa insuportável na minha vida.

     A tarde era Vôlei, Kamila estava na minha turma mas...

- Cuidado, a princesa pode quebrar a unha. - Sebastian ri junto com seus amigos.

- Tem problema não, eu até quero mesmo quebrar... mas é sua cara.

- Eiii sem briga na minha aula, Rafael vai ficar no time azul e Sebastian no vermelho, os dois seram os capitães dos times. - O professor gritou.

- Isso não vai prestar. - Kamila diz.

     Na primeira partida foi muito bem até por que eu era o capitão da minha antiga escola, gosto muito desse esporte.  Sebastian mandava uma cortadas na bola com o objetivo de me machucar, mas ele não esperava que eu fosse defender todas.

- Segura essa. - ele riu e jogou a bola para cima, com o corte dele deveria ser fácil para mim, ele me distraiu por um segunda. Mas no tempo que voltei minha atenção a bola foi o suficiente para cortar de volta onde a mesma acertou em cheio seu rosto, já que não estava pronto para isso.

         Assim que ele se levantou e tirou a mão do rosto vi o sangue escorrendo do seu nariz, ver aquele sangue fez minhas pernas tremerem, aquelas sirenes voltaram a minha mente... a polícia. E.... bem poderia continuar mais Sebastian me olhou sério e vou em direção ao vestiário, o professor estava distraído com outr os alunos que nem viu o que aconteceu. Fui atrás dele abandonando a quadra, ouvi o professor chamar mas alguém deu uma desculpa e ele nos substituiu.

- O que você está fazendo aqui? - ele estava com um papel toalha no nariz.

- Vim ver se você está bem... eu não queria...

- Pode parar. - Ele estava se olhando no espelho. - está tudo bem.

- Claro que não eu...

- Você me lembrou... - assim que percebi que ele não continuaria perguntei.

- Lembrei??

- Nada você joga bem, tenho que admitir.

- O que está acontecendo aqui? - uma menino moreno e bem forte entrou no vestiário, ele tinha a tatuagem de uma cobra no braço.

- Nada, só me machuquei no jogo. - Sebastian diz.

- Você é o menino novo. - Ele me olhou. - É bonito. - Assim que aperto sua mão imagens confusas vem a minha mente.

- Obrigado. - Sorri. - Prazer Rafael.

- Prazer é meu. - ele diz. - Meu nome é Armando Montana.

- Era só o que me faltava, dois gays flertando na minha frente. - Sebastian se irrita.

- Sebas...

- Esse aí é do seu grupo também. - ele diz. - bem, tenho que ir. - ele passou por nós. - Bom namoro, não sou obrigado a ver isso.

- O que eu fiz para ele? - Olhei para ele.

- Ele é uma cara legal. - Armando diz. - só está sem amigos.

- Sem amigos? - Olhei para o moreno. - Ele deve estar sem ninguém para ser assim.

- Olha Rafael, nada contra você mas... - ele colocou o dedo no meu ombro. - Você não o conhece como eu então não tem o direito de julgar ele sem saber nada sobre ele.

       Depois disso fico sozinho no vestiário, assim que sai de lá fiquei sabendo por Kamila que fiquei com pontos negativos com o professor.

      Que ótimo, era tudo que eu precisava.

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