Abri a porta. Estava tudo escuro e vazio. Na verdade, fazia muito tempo que este lugar era apenas solidão. "Algum dia isso vai acabar meu Deus?" intercedi, abrindo a geladeira e procurando algo para comer. Estava varado de fome, porque não me sentia cômodo para estar na companhia de toda estação durante as refeições, então, passei a semana inteira a base de vitaminas e tâmaras.
Comi qualquer coisa e subi para o quarto, estava realmente cansado, não fisicamente, já que tivera um dia calmo na Estação 19, mas mentalmente, precisava relaxar. Arranquei a roupa e liguei o chuveiro. Deixei a água cair em minhas costas e me peguei fazendo algo que não fazia há anos. Estava tendo pequenos flashbacks com uma mulher.
- Misericórdia! – disse em voz alta, batendo em minha própria cabeça. Chacoalhei o rosto e o coloquei em frente a ducha, na esperança de que meus pensamentos fossem levados pela água. Cada centímetro do meu corpo ficou imerso na água que caía, mas minha mente só conseguia pensar nos 15 minutos de conversa que tivera com Andy.
Após terminar todas minhas atividades noturnas, deitei-me e virei para o lado, avistando o porta-retrato com o qual conversava todas as noites:
- Oi Claire. Hoje o dia foi bom e ruim ao mesmo tempo. – disse pegando a imagem de minha falecida esposa. – Sabe, é tão difícil estar em um lugar onde não te querem... hoje mais do que nunca, confirmei que a Estação 19, não me quer entre eles. Todo o mundo está me julgando e levantando o dedo, menos a Andy. – sorri involuntariamente, mas ao mesmo tempo, fiquei com vergonha pela imagem de minha mulher. – Se você a conhecesse, certamente seriam amigas. Ela é empoderada e extremamente inteligente. Deveria ver como defende seus ideais e segundo boatos na estação, ela adora dançar. Vocês deveriam ter tido a oportunidade de sair para dançar e rir do quão desengonçado eu sou, não seria legal? – suspirei fundo. - Vejo nela uma amiga em potencial, o que você acha meu amor?
Entre mais algumas palavras trocadas com um retrato, que por sinal, naquele momento era meu melhor amigo, acabei adormecendo enquanto seguia pensando em todas as semelhanças entre a jovem e carismática tenente que me defendera mais cedo e meu primeiro amor. "Ambas são lindas, simpáticas, inteligentes, sinceras, capacitadas, educadas e dançam bem, acredito eu.... Caramba! Sequer conheço a Andy, mas já consigo comparar ela com tantas coisas da Claire. Não tenha ciúmes querida, ainda não estou pronto para me desfazer do nosso elo... E mesmo que estivesse, não poderia me interessar por alguém na corporação."
Minha mente viajou e comecei a sonhar coisas do meu inconsciente. Via Claire linda, vestida de branco. Quis correr em sua direção e ao me aproximar, a abracei desesperadamente. Parecia tão real. Eu gritei "Você está aqui! Você voltou meu amor!", quando de repente sua imagem começou a nevoar e ela me pedia "Robert, não deixa não!? Por favor, não morra! Não fique sozinho!". Comecei a chorar, vendo meu amor dissipar-se. Acho que nunca havia sonhado com minha imagem chorando, o que me surpreendeu, com toda certeza. Entretanto, o mais surpreendente estava por vir.
Em meu sonho, estava aos prantos e sai vagando, andando por horas, até chegar na estação e me encontrar com Andy. Ela veio até mim, me abraçou e disse que seria minha amiga, se eu a quisesse. Nesse preciso momento, o despertador tocou, eram 5:00 e eu realmente precisava levantar-me para trabalhar. Na minha mente, confuso pelo sonho, pensei, "Mas por que a Andy? Acho que estou pensando demais nessa mulher." Foi aí então, que notei mais uma semelhança entre Claire e Andy. Ambas ocupavam minha mente e meus pensamentos.
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Quando cheguei na Estação 19, me deparei com o Chefe Ripley me esperando para algum tipo de conversa da qual eu não tinha conhecimento. O convidei para entrar em meu escritório e perguntei em quê poderia ajudá-lo. Ripley pediu para sentar-se e demostrou preocupação com relação ao futuro de um dos nossos integrantes.
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A FORÇA DO DESTINO
FanficO destino prega peças a todo o tempo nas pessoas? Ou apenas nossas ações são consequência para o que vivemos? Andy e Robert se veem presos um ao outro após uma série de eventos, os levarem para o mesmo lugar e terem de aprender a conviver um com o o...