Capítulo 33 - Eu te amo Srta. Woods

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Clarke

Mais uma semana se passou e a contagem regressiva para o fim das aulas estava começando, em menos de 3 meses estaria livre de tudo isso e finalmente Lexa poderia assumir algo sério comigo, na verdade, sempre achei que a universidade era a única coisa que a impedia de me pedir em namoro ou algo do tipo, mas foi naquele sábado, na casa dela que eu percebi que estava errada.

- Quando vamos ter algo sério?

O café da manhã estava na mesa e Lexa estava sentada a minha frente, tomando seu chá tranquilamente, mas ao ouvir aquelas palavras saírem da minha boca, ela literalmente cuspiu tudo de volta na caneca.

- Como assim? - Ela perguntou limpando a boca com um guardanapo de pano.

- Ah, sei lá, tipo, um namoro, estamos juntas há tanto tempo.

- Já falamos sobre isso...

- Não falamos não.

- Ta! Que seja! Porque quer falar disso agora?

- Porque sim Lexa...poxa! Eu vivo na sua casa, você vive na minha, você já me conhece de todos os jeitos possíveis e eu não me refiro só ao sexo, e sem contar o ciúmes doentiu que você tem por causa da Niylah que é só minha amiga. Olha amor, vamos combinar que isso não é coisa de BDSM.

- Nossa relação não se trata disso Clarke, pelo menos não mais, e quanto ao ciúmes, isso é normal, afinal, me importo com você e não quero que ande com pessoas erradas.

- Own...que fofa, se importa comigo? - Acho que aquela foi a primeira vez que a ouvi dizer isso.

Ela virou os olhos e mordeu um pão de queijo que estava em seu prato.

- Ai que fofa! Não sabia desse seu lado Lexa. - Continuei.

- Ah, pronto! Não tem essa de "lado fofo" Clarke, eu convivo com você mais do que com os meus pais, é normal que tenhamos um afeto maior uma pela outra.

- E que afeto hein Lexa! Essa noite você me deixou sem ar. - Falei olhando intensamente em seus olhos.

- Vai dizer que não gostou?

- Ainda é cedo para dizer. - Dei de ombros e me levantei.

Nossa relação ainda era meio às escondidas, então, quando eu dormia lá, Lexa sempre dispensava os empregados, que já não eram muitos, mas ela dizia que assim teríamos mais privacidade. Bom..., quem sou eu para discutir?

Recolhi algumas coisas da mesa e fui para a cozinha lavar as louças.

- Eu já disse que não precisa fazer nada aqui, mais tarde peço para lavarem, deixa isso aí. - Ela falou colocando algumas coisas dentro da pia.

- Não Lexa, não tem quase nada aqui, e além do mais, isso vai ficar aqui sujo o dia todo? Não estamos fazendo nada mesmo.

- Não estamos fazendo porque você resolveu que queria lavar a louça.

- Que desculpinha que você arrumou hein, você já foi melhor nisso.

- Vem anda, - Lexa me abraçou por trás, passando os braços em minha cintura. - vamos fazer uma coisa mais legal. - Ela passou as mãos por dentro da minha blusa.

- Que tipo de coisa?

- É tão inocente né srta. Griffin. - Sua mão direita desceu pelo meu corpo, passando por dentro da minha calcinha, onde ela começou a massagear meu clitóris lentamente com movimentos circulares.

- Para com isso Lexa! - Minha voz estremeceu.

- Com isso o que? - Ela continuou com os movimentos.

- Você sabe...

- E se eu não quiser parar? - Ela cochichou em meu ouvido. - O que você vai fazer? - Sua mão esquerda subiu por dentro da minha blusa, tocando meus seios.

- Lexa! - Me virei, tirando suas mãos do meu corpo.

- Osh, o que deu em você? Não quer?

- Que idéia! Claro que eu quero, só não acho que a cozinha seja lugar para isso.

- Ah! Não se faça de santa, já brincamos aqui uma vez. - Lexa me puxou pela cintura, colando nossos corpos. - Não se lembra de como foi bom?

- Acho que precisa me ajudar a lembrar.

Ela levou os lábios até meu pescoço e o chupou com força, suas mãos desceram pelo meu corpo e apertaram minha bunda. Passei meus braços em seus ombros e acariciei seus cabelos enquanto sentia seus lábios tomarem todo meu pescoço. Os lábios dela subiram até os meus lentamente e ela dominou o beijo enquanto suas mãos ainda acariciavam meu corpo.

- Eu quero ficar com você. - Ela falou em um pequeno intervalo.

Sua testa encostou na minha e ela manteve os olhos fechados, como se não quisesse acordar daquele possível sonho que poderia estar vivendo.

- É muito bom ouvir isso de você...

- Vem. - Lexa segurou minha mão e me levou até a sala.

Ela se deitou no sofá e pediu que eu me deitasse sobre ela, assim fiz e ela continuou me beijando, aqueles beijos doces que eram só nossos, as vezes ela dizia "eu te amo", "quero ficar com você".

Eu não duvidava daquilo, no fundo, eu sabia que ela realmente queria ficar comigo, mas não se tratava só de querer. Lexa poderia falar aquilo mil vezes, só que não ia adiantar nada se aquelas palavras não fossem transformadas em atitudes.

Tudo bem, apesar disso, eu amava ficar com ela, passava mais tempo ali do que na minha própria casa, o que, para os meus pais, começou a ficar estranho. Eles não sabiam nada sobre minha relação com a Lexa, nem mesmo sonhavam com isso, mas desconfiavam que existia mais alguém nessa história.

De uma hora para outra "arranjei" dinheiro e comprei um apartamento, e a cada 10 vezes que eles iam me visitar, 8 não me encontravam em casa. Comecei falando que estava fazendo trabalhos da universidade e depois que estava saindo com amigos, só que meus pais não eram idiotas, eles sabiam que existia algo que eu não queria contar, e tinham a certeza que era sobre alguém em especial.

[.....]

Depois de algum tempo, Lexa parou de me beijar e suspirou fundo assim que encostei minha cabeça sobre seu peito, nossas mãos se encaixaram perfeitamente e seus dedos se entrelaçaram nos meus e sua outra mão acariciou levemente meus cabelos.

- No que esta pensando? – Perguntei ao sentir sua respiração pesada subir e descer em seu peito.

- Nada demais...

- Como assim, nada d...

- Você sabe que para assumir essa nossa "relação" será bem difícil não sabe? – Ela me interrompeu.

- Sei.

- E sabe que isso pode te prejudicar na universidade, certo?

- A universidade não tem nada a ver com o que faço da minha vida.

- Essa não é a questão Clarke.

- Então qual é?

- Eu sou a professora e você é a aluna.

- E eu tenho culpa que você é uma ótima professora? – Disse, agora, olhando para ela.

Lexa inverteu nossas posições, me colocando no sofá, e, dessa vez, seu corpo sobre o meu.

- Sou?

- Eu te amo srta. Woods.

Into The Snow - Clexa G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora