"Nossa purificação acontecerá amanhã, você que se considera pecador, ou conhece alguém assim, venha, e traga seus amigos, pois nós somos a Salva-", eu adoraria que um meteoro caísse em cima dele.
Bom, ele é o Reverendo Michael, um fanático religioso que prega a extinção de todos os que são diferentes (LGBT's, negros, e qualquer um que não é a favor do sistema).
Desligo a televisão e me arrumo para entregar o relatório para o meu chefe, seria simples se eu não estivesse violando o toque de recolhida, que é às 8 horas da noite.
Mas, o meu salário depende dele, o Embaixador Matthew que gasta toda as suas economias levando garotas bêbadas para os motéis e estragando suas vidas para sempre.
Saio de casa rezando para que ninguém me note, e que nenhum homem-lobo, (é assim que os seguranças e policiais são chamados), esteja na minha rua.
"Quanto é o programa, mocinha?".
Me virei para ver um senhor que deveria ter pelo menos uns dez anos a mais que eu.
"Eu não sou garota de programa, com licença", ele me segura forte pelo braço.
"Isso é ainda pior, vamos fazer o seguinte, você faz um programa pra mim e isso fica só entre nós", ele tenta me beijar, mas eu esquivo.
"Não sei se ficou claro, mas meu corpo NÃO É UM PRODUTO!".
Ele me empurra no chão.
"Que pena, tudo seria tão mais fácil se tivesse aceitado a proposta", ele me mostra o distintivo dele de homem-lobo, "ninguém vai notar o sumiço de uma mulherzinha mimada".
No pânico eu comecei a correr, e acabei num beco sem saída, porque tinha que acontecer isso justo agora e logo comigo?!
"Por favor, eu me rendo, não precisa chegar a isso".
"Você teve sua chance, agora-", ele é interrompido por um assobio, "Quem está aí? REVELE-SE!".
Uma voz masculina respondeu ao longe:
"Eu não sou ninguém."
"Não queira bancar o espertinho comigo garoto, eu posso te matar com um disparar de-", o mesmo homem que estava se gabando, ficou prostrado no chão com um pequeno dardo.
"Arsênico, muito difícil de ser detectado, e eficiente em matar prisioneiros, ele foi responsável pela morte de Napoleão Bonaparte, sabia disso?".
A voz logo surge atrás de mim, o único som que sai da minha garganta é:
"Quem é você?".
"Eu não sou ninguém, sou uma força dinâmica, eu sou o estopim, eu sou a medida final."
Não, entendi nada se quiser saber.
"Mas você tem um nome?".
Ele suspira forte e diz: "V".
Ele sai das sombras para revelar um homem de pelo menos 1.60, usando um casaco com capuz cinza, calças cinza, e luvas pretas, mas o mais intrigante era a máscara que ele usava, que me era muito familiar.
"Helena, meu nome é Helena".
"A reluzente, raio de Sol, seu nome carrega um forte significado."
"Obrigada", eu ainda estava desconfiada.
"Escuta, quer ver uma coisa?", ele me ofereceu sua mão.
Como eu não tinha muito lugar para ir, meio relutante, aceitei sua oferta.
Ele subiu escadas que davam para o alto de um prédio de condomínio, e logo após lá estava eu, dava pra ver até a Estátua da Liberdade de lá de cima.
"Está ouvindo isso?".
"Ouvindo o quê?".
"Espere um pouco, você logo saberá", ele pegou uma batuta do bolso da calça e começou a fazer gestos de maestro.
Antes de começar a ter certeza de que ele era completamente louco, comecei a ouvir uma canção ao longe
Long ago, just like a hearse
You die to get in again.
"Eu tô ouvindo sim".
"Linda não é? Uma coincidência essa música levar o seu nome".
We are so far from you.
E então, eu vejo uma cena em que eu tinha certeza, a partir dali, as coisas iam mudar.
Burning on
Just like the match you strike to incinerate...
A cabeça da Estátua da Liberdade havia se tornado nada além de cinzas.
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So Long And Goodnight
RandomHelena tem 23 anos, vive em um pequeno apartamento nos subúrbios de Nova York, ela vive uma vida bem comum, porém essa calmaria é deixada de lado, quando ela conhece a organização Anonymus, que parece trazer respostas sobre a morte de seus pais, e u...