Fazendo as pazes

440 49 30
                                    

- Oi. - Ele falou assim que olhou para cima e viu ela.

- Oi... o que faz aqui? - Ela perguntou estranhando ele estar ali.

- É... eu decidi cumprir uma semana trabalhando aqui. - Ele falou coçando a nuca.

- Mas, por que sendo que você conseguiu recuperar o seu antigo emprego?

- Na verdade... eu queria falar com você. - Ele foi direto.

- Comigo? - Ela se surpreendeu, o cara que parecia não querer olhar na cara dela nem pintada de ouro, agora queria falar com ela? - E o que seria?

- Você ja acabou o seu ensaio?... A gente pode se sentar e conversar? - Ele falou com olhos atentos.

Ela pensou um pouco e assentiu.

- Claro... eu só vou pegar um garrafa de água, eu to com muita sede. - Ela apontou para a geladeira. Posso?

- P-pode sim. - Ele saiu de sua frente.
- Desculpa.

Ele se sentou na cadeira mas perto de si e ela em sua frente.

- Então, sobre o que quer falar? - Ela falou abrindo a garrafa.

Ele tomou coragem e falou:

- Eu queria te agradecer.

- Me agradecer por que? - Ela achou aquilo tão esquisito que parou de beber.

- Você sabe o motivo. Graças a você o meu chefe me devolveu o meu emprego.

- Não precisa me agradecer, eu só não queria que sofresse por algo que não fez.

- Mesmo assim, você foi la e... não é todo mundo que faz isso. - Ele negava com a cabeça.

Ela teve uma leve corada, por incríveis 3 segundos.

- Eu sei que eu fui muito rude e mal-educado com você. - Ele tinha vergonha pelas coisas que ja tinha falado a ela.

- Você estava no seu direito, pensou que tivesse perdido o emprego por minha causa.

- Não foi por sua causa. Você foi a maior vítima do que... aconteceu naquela hora e não, eu não tinha esse direito. - Ele tinha que reconhecer que errou.

- Como quiser. - Ela sorriu e ele também.

Ele ficou um tempo em silêncio, até lhe voltar a dúvida que teve a horas atrás.

- Mas eu também queria saber...por que você fingiu não me conhecer na escola?

Ela respirou fundo e falou:

- A gente não se conheceu de um jeito muito... agradável, então eu preferi fingir, porque eu sei que você iria ter vergonha de mim. - Ela abaixou a cabeça, triste.

- Por que eu teria vergonha de você? - Da onde ela tirou isso?

Ela tremeu os lábios, antes de falar a frase que assombrava sua mente a todo momento.

- Porque eu sou estranha.

De tudo o que ja falou, ele se arrependia mais ainda dessa.

- Me desculpa... eu falei aquilo na hora da raiva, eu não te acho estranha. - Marinette iria ouviu a primeira frase bonita da boca dele. - Na verdade eu te acho incrível.

Marinette olhou para ele com os olhos brilhantes e fascinados.

- Acha mesmo?

- Claro, você... canta e dança muito bem, eu vi todo o ensaio e também... - Você é bonita, a garota mas bonita que eu ja vi antes. Vai fala!!

- Também...? - Ansiava saber.

- É... muito inteligente. - Merda não era isso idiota.

- Obrigada é muito bom, ouvir isso. - Ela sorria com seus lábios suaves o fazendo ficar se quer um pouco mais encantado.

- De nada. É até estranho e engraçado pensar assim, porque eu pensei que você estava com vergonha de mim.

- Por que pensou isso? - Ela franziu a testa.

- Eu sou só um mero garçom pobre.

- E daí? - Aquela frase dita tão simplesmente e com tanta leveza, significou e significava tanto para ele.

- Você não se importa? - Ele perguntou pois nunca tinha ouvido isso da boca de pessoas como ela.

- Não. - Ela ria. - Eu não ligo pra isso.

- Não? - Ele parecia uma matraca perguntando sempre a mesma coisa.

Ela negou com a cabeça, para ele por fim, entender.

- Eu acho que a gente começou do jeito errado. O que acha de esquecer e a gente tentar se conhecer de verdade? - Ele torcia para ela dizer sim.

Ela concerteza diria, pois era exatamente o que ela queria.

- Eu acho isso ótimo, eu também concordo. - Ela viu ele se levantar.

- Então, prazer. - Ele estendeu sua mão. - Eu sou o Adrien.

- Prazer, eu sou a Marinette. - Ela fez o mesmo.

Eles nesse momento, sentiram uma sensação gelada em sua mãos ou mesmo tempo uma espécie de choque que ia da mão até o braço e por fim chegava ao peito.

- Então... - Eles separaram pegando em seus pulsos e massageando-os. - Eu ja vou indo tenho que limpar mais algumas coisas por ai. - Ele ja tinha dado dois passos

- Tchau. - Ela acenou. - A gente se vê na escola amanhã.

- Até amanhã. - Ele deu um último sorriso antes de virar para uma sala. Quando os dois tiveram certeza que o outro não o veria, eles acabaram soltando um enorme sorriso soltando também o ar preso.

////////////////////////A noite/////////////////////////////

No quarto de Marinette:

- Tikki!!! Você não vai acreditar. - Ela entrou pegando o animal no colo. - O Adrien falou que me acha incrível. Ouviu? Incrível.

Ela dava giros de alegria, abraçando a cachorra. E se sentando na cama.

- Acho que nunca ninguém me falou isso, a não ser o modelos dando em cima de mim, mas isso não conta. Ele é... o máximo. Quando eu fui para o colégio foi o único da sala que não ficou me cantando toda hora. - Ela se deitou no colchão de bruços com os pés para cima e com as mãos no rosto.

- Tikki acho que estou um pouco apaixonada. - Ela sorria docemente.

No quarto Adrien:

- Plagg como foi o seu dia hoje? - Ele estava sentado quando o cachorro. apareceu. - O meu foi ótimo, eu decidi falar com a Marinette pra resolver de vez as coisas. E eu percebi eu estava certo, que ela é diferente das outras meninas, não só no jeito de se vestir mas também no caráter, acredita que ela não se importou de eu ser pobre.

Ele se deitou de costas, com uma perna em cima da outra e o braço debaixo da cabeça.

- E o mais inacreditável, ela pensou que eu tinha vergonha dela, como eu poderia ter isso. - Plagg... acho que eu gamei. - Ele falou sorrindo fofo e corado.

------------------------------------------------------------

Adrien e Marinette chegaram ao mesmo tempo na escola, se encontraram no portão. Assim que se viram, se aproximaram se olharam por um tempo e se cumprimentaram.

- Bom dia. - Ela falou sorrindo.

- Bom dia. - Ele também falou, deixando ela entrar primeiro.

Quando entraram no colégio, uma outra pessoa que ja estava la os viu.

- Mas que merda é essa? - Luka falou enfurecido.

Ele olhou novamente, para ter certeza do que acontecia.

- Se essa lata de milho vencido acha que vai conseguir a Marinette primeiro ele ta muito enganado.

//////////////////////////////////////////////////////////////////

Minha Despatricinha (Hiatus) Onde histórias criam vida. Descubra agora