𝒸𝒽𝒶𝓅𝓉ℯ𝓇 𝓉𝓌ℯ𝓁𝓋ℯ

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𝒮𝓀𝓎𝓁𝑒𝓇

Olho para o jardim e não vejo Cheryl, já não a vejo à aproximadamente duas horas e penso que provavelmente ela já deve ter ido para casa e isso faz-me pensar, de quem será esta casa? Paro de dançar para ir fumar um cigarro, sigo para o jardim e admiro mais uma vez todas aquelas flores, paro em frente às rosas, as minhas preferidas.

- As minhas preferidas – assusto-me com a voz atrás de mim.

- Há melhores – minto quando reconheço a voz e viro-me, ficando frente a frente, com o novato.

- Quais? – ele percorre o olhar pelo meu corpo e sorri de lado.

- Não sei, não me interesso por flores – minto.

- Hm, sei – ele dá um riso irónico.

- Algum problema?

- Alguns – ele responde ainda a sorrir – Tens um cigarro?

- Não, isto aqui na minha mão é um gelado – reviro os olhos e ele ri.

- O que eu quero dizer, Skyler Davis, é se tens um cigarro para mim.

- Não, este é o último, lamento – mentira.

- Pena, parece que vamos ter de dividir então – ele diz e tira o cigarro da minha mão colocando-o na sua boca, enquanto pisca o olho e eu olho para ele sem reacção.

Quando volto a mim reviro os olhos, não acredito na coragem deste tipo, vou ao bolso do casaco e tiro outro cigarro, nunca iria partilhar fosse o que fosse com ele.

- Preciso de arranjar um casaco desses – ele diz enquanto dá um risinho.

- Desculpa? – pergunto confusa.

- Um desses onde nascem cigarros nos bolsos quando já não temos – ele aponta para o meu cigarro – ah! E vais precisas de muito mais do que um pedido de desculpas para eu te desculpar, tu mentiste-me Skyler, magoaste os meus sentimentos – ele sussurra no meu ouvido e depois afasta-se, toca na ponta do meu nariz e vai embora, ele simplesmente vai embora. E eu deixo...

Decido ir para casa, esta festa já está a ficar demasiado estranha.

Quando chego vou tomar um banho, visto o pijama, lavo os dentes e finalmente deito-me na cama. Só agora percebo o quanto os meus pés doem de tantas horas a pé e fecho os olhos tentando não pensar na dor mas abro-os logo de seguida quando me lembro de ligar, para a minha mãe.

A chamada não dura mais que 30 minutos, os mesmos 30 minutos de sempre mas que de alguma forma são suficientes. Vou dormir mais descansada por ter conseguido falar com ela e, pela primeira vez durante algum tempo, durmo bem.

To Die ForOnde histórias criam vida. Descubra agora