2 meses depois...
Todos estavam do lado de fora da mansão, no jardim. O tempo estava bom. Rosalie corria com Pedro, e as outras crianças. Johanna e Victoria engatinhavam, sorridentes ali. Noah, que foi o nome que Scarlett e Evans deram ao filho, estava tranquilo, em seu carrinho de bebê. Scarlett, de repente, se lembrou do que Mark lhe dissera uma vez. Que um dia todo aquele pesadelo acabaria, e que nós veríamos essa mansão cheia de crianças rindo. Bom, bendito seja, era verdade. Não havia uma sombra naquela mansão, pra lembrar de como era na noite sombria em que Scarlett chegou ali.
Então, algo bateu na mão de Scarlett. Ela olhou, curiosa. Era uma luz amarela, dourada. Sol. Ela olhou pra cima, e do céu claro, saiam algumas faisquinhas de sol. Imediatamente seu olhar correu pro marido; não porque ela ainda achava que ele fosse um vampiro, mas porque ela nunca o vira no sol. Aparentemente Evans pensara o mesmo, porque parou de correr atrás de Rosalie e olhou pra ela, estendendo as mãos, deixando-as expostas ao sol. Scarlett fez uma careta, e ele sorriu, radiante, olhando a filha, que corria longe dele, com os cachos loiros voando no ar, e foi em direção a esposa.
- Bom, o sol também não me causa nada. - Brincou, abrindo os primeiros botões de sua camisa. Estava sem o colete e sem o terno, só com a camisa de botões e a calça.
- Cala a boca. - Disse, se abraçando a ele. Noah deu um gritinho, atraindo a atenção dos pais. Era Evans, pequeno. Não tivera os olhos de Scarlett. Tinha os olhos de Rosalie. Os olhos de Evans. O menino sorriu ao ver os pais abraçados. - Como você adivinha o que eu estou pensando? - Perguntou, erguendo a cabeça pra ele.
- É intuição. - Disse, olhando-a - Juro! - Alegou, vendo a cara de descrença da esposa.
- Vou fingir que acredito. - Disse, virando o rosto pro outro lado.
- Não, petit. - Disse, rindo - Tudo bem, vamos lá. A maioria das vezes é intuição. Algumas não. Tipo, quando Rosalie está por perto, quando ela chega, as vezes eu posso sentir. Noah também. - Ele disse, explicando a estranha mania que ele tinha de adivinhar quando o filho ia acordar, ou quando estava chegando - É como se algo me avisasse: Eles estão aqui. E eles realmente estão. Simples. - Explicou, sorrindo. - Com você é diferente. Eu acho que meu coração sente quando você está por perto. - Disse, encarando ela, que sorriu.
- Uma coisa que eu... eu sempre quis saber. Mas não fique mal. - Evans deu os ombros - Na primeira vez que Mark e eu... - O sorriso de Evans se fechou - Na primeira vez em que ficamos juntos. - Resumiu - Você voltou todo molhado de chuva, transtornado. Aquilo foi intuição também?
- Aquilo foi o maior tipo de tortura pelo que eu já passei. - Explicou, se lembrando - Em um minuto eu estava bem, mas no outro, era como se alguém enfiasse a mão no meu peito e tentasse tirar algo de mim a força. E então eu sabia que deveria estar em casa. Eu vim, o mais rápido, mas a chuva não ajudou. E quando eu cheguei aqui, você... você tinha o cheiro dele. E eu sabia o que tinha acontecido, mesmo sem querer saber. - Terminou, acariciando o cabelo dela.
- Tudo bem, esqueçamos isso. - Disse, abrindo um sorriso forçado, e ele riu. Nessa hora Downey passou pelos dois correndo atrás de Pedro, que caíra, e agora ria no chão.
Scarlett se abraçou ao marido, olhando a mansão, estranhamente iluminada pelo sol. Até que ele falou.
- Estive pensando. - Ela olhou pra ele - Vou mandar reformar o terceiro andar, e ocupar com brinquedos, pra as crianças. - Scarlett o observou - Eu te prometi que um dia desocuparia aquele lugar. Como você se encarregou disso antes, eu estive pensando, é muito espaço desperdiçado. E as crianças não vão poder brincar aqui fora o tempo todo, a chuva não vai deixar. - Scarlett sorriu.
Era bom ver que Evans pensava no futuro deles, um futuro tranquilo, feliz. Quanto ao futuro... O futuro, em si, era promissor.
Scarlett e Evans ficariam juntos, felizes, apaixonados e fogosos até o último momento. Eles não teriam mais filhos, talvez.
Kate seria de Downey até o fim, assim como Elizabeth e Jeremy e Brie seria de Mark.
O chalé ficaria largado ao esquecimento, sem mais visitas: ninguém nunca mais teria vontade de sumir.
Rosalie seria considerada a encarnação da pura beleza, com seus cachos dourados até o meio das costas, suas curvas; tão generosas quanto as da mãe, sua pele pálida, e seus olhos, duas esmeraldas vivas.
Seattle em toda sua história nunca ouviu falar de um homem mais cobiçado quanto Pedro seria. Uma vez crescido, ele se parecia mais que nunca com o pai, um belo garanhão.
Victoria teria, sim, os cabelos vermelhos: outro mistério.
Hunter e Alba tiveram seus gêmeos, Allie e Sebastian, e mais outros que viriam depois.
Mercedes se tornaria uma linda e inteligente menina, apegada a Evans mais que a qualquer outra pessoa.
Johanna seria Mark em sua forma feminina. Seus cabelos seriam da cor de bronze, e os olhos, topázio.
Mark, Downey, Evans e Jeremy afugentariam vários homens, protegendo suas "pequenas". Scarlett, Elizabeth, Kate e Brie ririam disso.
Noah seria o orgulho do pai.
Karsten morreria em uma manhã chuvosa, sozinho, na sala de estar de sua casa, sem antes ver os netos.
Ninguém jamais ouviu falar no nome de Jéssica novamente.
Mas isso era no futuro. O presente ainda estava aqui, os bebês eram só bebês, e a realidade era o melhor que podia se pedir.
- Eu te amo. - Disse, repentinamente.
- Eu também te amo. - Disse, sorrindo, confusa pra ele.
- Meu pecado foi ter amado você, enquanto te odiava. - Confessou, tirando as madeixas loiras do rosto da esposa.
- E o meu foi ter admitido pra mim mesma te amar. Mesmo você sendo a causa de tanta dor. Parecia que quanto mais você me fazia sofrer, mais eu era capaz de te amar. - Ela fez uma careta, e ele sorriu.
- Você me perdoou por isso, não é? - Perguntou, parecendo desconfiado.
- Você me perdoou por tudo o que eu fiz? - Rebateu, erguendo a sobrancelha pra ele, mas sorria.
Evans ficou calado, observando ela, com um sorriso de canto. Como era possível amar alguém tanto assim?
- Meu pecado. - Murmurou, encarando ele, e já não sorria.
- Meu amor. - Respondeu no mesmo tom, e, com um suspiro, inclinou o rosto pra ela, tomando sua boca em um beijo apaixonado e cheio de promessas.
E não haviam mais problemas pra se preocupar.
Não havia mais dor pra se sentir.
Não haviam mais pecados para cometer.
Não haviam mais traições, pelas quais sentir remorso.
Não haviam mais erros pra se arrepender.
A felicidade estava bem ali, dentre eles, no alcance das mãos.
Fim.
*** Chegou ao fim finalmente amorinhas, com o coração grato por vcs terem lido essa história, passaram raiva, alegria, amor.... Fico por aqui e só tenho gratidão, espero que acompanhem a próxima... xoxo!***
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Destinados ao amor
FanfictionScarlett e Evans foram destinados por seus pais a se casarem, Evans apaixonado por outra e Scarlett não preparada para assumir um casamento com um dos filhos da família mais famosa da cidade. Entretanto, mesmo sofrendo muito com Evans, Scarlett tent...