Andy Herrera
Cada centímetro do meu corpo desejava seus lábios. "Como isso aconteceu? A gente tá de boas e de repente, pá!". Tudo aquilo me parecera perfeito e de certa maneira, romântico. Estávamos só nós dois naquele cômodo, com as luzes apagadas e mãos dadas. Que belíssima maneira de me ter. Apenas com seu toque em minhas mãos, pude sentir toda a adrenalina de alguém que está prestes a saltar de paraquedas. Seus olhos castanhos me fitavam e pude vê-los perseguindo meus lábios. "Seria pedir muito Senhor?" pensei, escutando meu próprio coração acelerado, "Apenas um beijo. Só um." E seria mais que suficiente, para me fazer cair em seus largos braços e entregar-me ao desejo.
Ele estava ali e ninguém mais. Contei os segundos de espera para que ele, ou acendesse essa chama, ou a apagasse. "Querido destino, você nos colocou aqui, não? Pois agora trate de mostrar-me o que fazer. Dê um maldito sinal, pelo amor de Deus." Eu queria, e muito agarrá-lo e beijá-lo, mas não podia esquecer que sou sua subordinada e, se ele quisesse, poderia dizer que não agi eticamente com ele. Nesta situação, deveria partir dele, por mais que morresse por dentro, não faria nada. E quando menos esperava, o sinal veio.
Ele puxou minhas mãos para seu pescoço, a fim de nos aproximarmos e cuidadosamente, colocou meus cabelos para trás da orelha, vendo minha bochecha corar. Minha respiração foi se tornando cada vez mais ofegante, enquanto nossos lábios se aproximaram e finalmente, se tocaram com desejo. Suas mãos se entrelaçaram por meu cabelo, o puxando gentilmente e eu, involuntariamente, pressionei seu corpo para junto do meu, levantei uma das pernas e me encaixei sobre ele.
Suas enormes mãos apertavam minha cintura e eu me movia provocantemente, sobre si. Desci minhas mãos até sua cintura e puxei a camiseta. Cruzei os pés por detrás dele, percorrendo suas costas com as unhas das mãos, ouvindo-o gemer e se contrair.
– Andy, por que me provoca?
– Robert, não haja como se eu fosse má. – disse, aproximando minha boca de seus ouvidos e sussurrei – Mas também não espere que eu seja santa.
Ele se levantou, comigo presa a si. Me colocou no chão, onde todas as almofadas já estavam jogadas, durante todo o filme. "Então vai acontecer!" pensei contente. Ele deslizou suas mãos sob meu vestido e o removeu cuidadosamente, deixando meus seios expostos, uma vez que não convinha usar sutiã com aquele tipo de peça, e pude ver seus olhos crescerem sobre mim.
– Você é... – disse sem palavras.
– Eu quero ser sua. – completei, levando suas mãos até meu busto. No mesmo momento, me ergui para retirar seu cinto e ele hesitou.
– Andy?
– Que foi? – disse em seu ouvido, dando leves mordidinhas em sua orelha, sendo interrompida inesperadamente.
– Eu não... – soltou, me afastando de si. – Não dá.
– Oh, meu Deus. – soltei-me ferozmente de suas mãos, correndo para me cobrir. – Se não queria, por que continuou? – entristeci meu olhar para ele, deixando claro o quão humilhada me sentia por ter me permitido ir tão longe com ele.
– Não se trata de querer. – disse, vindo atrás de mim. – Eu só não consigo nesse momento. – me virou para si e segurou minha mão.
– Parecia conseguir muito bem há 3 minutos atrás.
– Foi o que achei, mas não posso.
– Sabe o que você pode fazer? – o encarei. – Ir embora!
– Andy? – ele pediu – A gente pode só...
– Está tarde capitão. – o interrompi, caminhando até a porta. – Amanhã eu trabalho e preciso descansar. – ele me olhou entristecido, vestindo sua camisa e saindo, sem dizer adeus.
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A FORÇA DO DESTINO
FanfictionO destino prega peças a todo o tempo nas pessoas? Ou apenas nossas ações são consequência para o que vivemos? Andy e Robert se veem presos um ao outro após uma série de eventos, os levarem para o mesmo lugar e terem de aprender a conviver um com o o...