POV Rafaella
- Titchela... O que você acha da gente fazer um jogo? - perguntei enquanto me ajeitava no banco e olhava a mulher ao lado.
- Qual? - Gizelly sentou-se de frente para mim exatamente na mesma posição.
- Não sei... Tipo, cara ou coroa, ai se cair o que eu pedir você faz o que eu mandar ou responde sem mentir e com toda sinceridade do mundo a pergunta que eu fizer
- Gostei. E se for o que eu pedir? É a mesma coisa?
- Isso. - disse e peguei uma moeda no porta copos do carro. - a gente vai alternando quem joga ok?
- Ok. Posso começar?
- Pode. Eu quero coroa. - falei observando Gizelly jogar a moeda para o alto e logo em seguida abrir sua mão. - droga!
- Senhorita Rafaella... Com quantas pessoas você já transou ao mesmo tempo? - a capixaba disse em meio a gargalhadas.
- Duas. Eu e mais duas. - falei escondendo meu rosto entre as mãos e soltando uma risada frouxa.
- Vai, sua vez - joguei a moeda. - equilibrado. O que quer?
- Quero que você diga com quantas meninas do grupão você já ficou.
- Tá pera - Gizelly começou a contar em seus dedos - selinho conta?
- Não - disse e continuei a observando.
- Cinco. - ela disse ainda olhando para seus dedos como se estivesse conferindo algo. - quase fiquei com a Mayra, Mayra não, Mayara, uma vez mas é muito complicado explicar. Coisas da Marcela.
- Entendi... - comecei a pensar, claramente uma dessas cinco era a Bianca mas por algum motivo minhas contas não batiam. Faltava alguém e esse alguém não se passava pela minha cabeça.
- Você outra vez.
- Se pudesse escolher alguém para morar junto com você por um mês, quem seria?
- Não sei... Faz outra pergunta?
- Tá, é... Se ocê não tivesse o seu grupinho em qual você estaria?
- Ou nenhum ou no seu, no outro não tem muita condição não - ela riu fraco - aaaa minha vez - disse após jogar a moeda - Você já transou em algum lugar público, Rafaella?
- Já né Titchela.
- aleluia arrepiei dona Kalimann
- Para de show e me conta, você já ficou com a Bia? - os olhos da capixaba de arregalaram e me encararam em silêncio. Ela nem precisava responder, só sua reação corporal já havia deixado tudo bem claro.
- Já. - Gizelly disse e fez um coque no cabelo. - Eu sou realmente a primeira mulher com quem você tá se envolvendo? - arqueou uma sobrancelha.
- Não é sua vez.
- Responde. A verdade Rafa.
- Tá me chamando de mentirosa? - ri fraco nervosa - Você é sim.
Ambas ficaramos em silêncio, Gizelly estava um pouco estranha e eu parecia ter levado um soco no estômago ao ter minhas suspeitas confirmadas, por mais que ainda não soubesse bem a fonte daquele desconforto todo.
A capixaba então pegou duas cervejas e entregou uma para mim. A chuva do lado de fora não cessava um segundo, muito pelo contrário, estava cada vez mais forte. Nos encararamos dando cada uma um gole, dividimos um sanduíche e continuamos em silêncio por longos minutos.- Posso te pedir uma coisa? - Gizelly falou
- Pode uai
- Fica lá em casa comigo? - Gizelly pegou em minha mão e sorriu.
- Como assim? - a fiz um carinho leve.
- Não sei, acho que a gente merece uma noite confortável depois disso aqui - soltei uma gargalhada alta e soltei sua mão, em seguinda passei para o banco de trás do carro.
- A gente pode descansar um pouco? - perguntei e Gizelly veio para o outro lado também deitando com a cabeça em meu colo.
- Só se você me fizer cafuné - ela disse fazendo beicinho
Sorri olhando em seus olhos e Gizelly levou uma das mãos ao meu rosto, iniciando um carinho. Dei um beijo em sua testa e depois selou nossos lábios iniciando um beijo lento mas logo nos afastamos. Me encostei no banco do carro e iniciei o cafuné enquanto brincava com os fios de cabelo ondulados da capixaba.
Ambas pegamos no sono e nem se quer acordamos quando o despertador tocou de quarentena em quarentena minutos cinco vezes seguidas.______________________________________________________
POV Gizelly
Na sexta vez em que o celular de Rafaella tocou eu acordei, e por incrível que pareça Rafa nem se quer se moveu. A chuva estava bem mais fraca, então liguei o carro e a dirigiri devagar pois querendo ou não ainda era um caminho perigoso.
Quando estavam na metade do caminho, Rafaella acordou e se sentou no banco da frente ao meu lado, apenas a olhei sorrindo e ela retribuiu levando uma mão até minha coxa e fazendo carinho.
Logo estacionei o carro na garagem de meu prédio e ambas sairamos do veículo em silêncio, em poucos minutos estavamos adentrando meu apartamento.- Vai indo pro banheiro que vou preparar um chá pra gente e pegar roupas pra você.
- Tá bem. - Rafaella disse enquanto colocava seu celular pra carregar na sala e logo foi para o banheiro do meu quarto.
Fui para meu quarto pegar alguma roupa para ela pôr, deixei tudo sobre minha cama e em seguida fui para a cozinha preparar o chá. Enquanto a água fervia, peguei meu celular para checar as redes sociais. O Twitter como era previsto, estava pegando fogo. Instagram normal. No whatsapp tudo do mesmo jeito de sempre e sem nenhuma mensagem de Bianca como era de se esperar.
- BU! - Rafaella gritou apoiando na bancada da cozinha americana.
- Meu deus menina você que me matar? - disse com a mão no peito e ela gargalhou alto. - Termina de fazer aqui enquanto eu tomo banho rapidinho?
Ela confirmou com a cabeça e me deus um selinho. Eu fui direto para o quarto e tomei um banho rápido, lavei meus cabelos por conta da água salgada e vesti um pijama. Quando voltei, Rafaella estava sentada no sofá brincando com Jackinho e as duas canecas estavam na bandeja ao seu lado.
Assim que terminamos a bebida, levei os dois recipientes para a cozinha e os limpei. Rafaella estava encostada na porta me olhando.- Onde eu vou dormir? - ela disse.
- Onde você acha?
- No seu quarto.
- Não né Rafa, no sofá da sala. - Falei e ela deu uma gargalhada alta se aproximando de mim. - Que foi? - apoiei os braços em seus ombros.
- Eu gosto de você.
- Eu sei. - dei um selinho nela. - Eu também gosto de você Rafinha.
Peguei em sua mão e a guei pelo corredor até chegarmos no meu quarto novamente. Assim que nos deitamos eu a abracei de lado e passei uma perna pela sua cintura e encaixei meu rosto na curva de seu pescoço, o fato de Rafaella ser bem maior que eu fazia daquela posição a mais confortável possível.
- Você tá usando o meu perfume. - disse e dei um beijinho rápido em seu pescoço.
- Eu peguei no banheiro, eu gosto dele. - senti seus braços abraçarem meu corpo e um beijo ser deixado no alto da minha cabeça.
Era quase possível ignorar minha intuição, de que existia algo que eu não sabia, naquele momento. Eu estava tão confortável, tão em paz, tão... em casa.
O cansaço e todo o desgaste daquela noite não né permitiu ficar nem mais um segundo acordada, e Rafaella muito menos. Dormimos feito pedras, ou dois anjos como ela diria, a noite inteira. Estávamos exaustas, felizes por ter passado por toda essa madrugada na companhia uma da outra mais ainda sim exaustas.
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Love in three doses
Fanfiction𝙻𝚘𝚟𝚎 𝚒𝚗 𝚝𝚑𝚛𝚎𝚎 𝚍𝚘𝚜𝚎𝚜 | girabia au na conta @TayTelles_ Pouco mais de um ano após o reality, Gizelly Bicalho e Rafa Kalimann vivem o início de um romance as escondidas da mídia, enquanto Gizelly e Bianca Andrade passam a ter uma amizad...