Não podemos mandar em nossos sentimentos!

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Narração por Paloma:

Tudo parecia surreal, estávamos tão perto um do outro que nossas respirações ressoavam e seu olhar parecia incerto sobre o meu. Minha mente dava várias voltas e meus olhos doíam por ainda estarem abertos. Mesmo no efeito da forte bebida, minha mente em um mínimo minuto percebeu o que iria acontecer. E em um instante eu já estava livre de seu toque quase caindo no chão pela a tontura. Fitei Marcos sentindo pontadas fortíssimas em minhas têmporas, ele parecia ter voltado a realidade e me olhou mais preocupado do que antes.

- Pah eu...

- Já te disse que não vou para o quarto, Marcos! - replico tentando não embaralhar minhas palavras.

Me viro para ir até a pista de dança mas uma forte moleza toma meu corpo me fazendo cair no chão. Marcos vem rapidamente até mim e me puxa com cuidado dando um certo apoio para meu corpo.

- Pah, você está bem? - Natália questiona já a minha frente. - Oh meu Deus, você está bêbada? - seu olhar passou de mim para Marcos que assentiu concordando.

- Já pedi mil vezes para ela me deixar leva-la até o quarto, mas ela sempre recusa! - Marcos conta fazendo com que Nat me olhasse feio.

- Pode leva-la sim. - Natália diz olhando para ele. - Contando que cuide bem dela.

Marcos assenti concordando enquanto me olhava, tento me soltar mas não consigo. Bufo irritada encarando Natália entregar a chave do quarto para ele. Eu não quero ficar perto dele, até porque não estou pensando direito e não quero me entregar ao meu insano desejo.

- Nat, não me deixe ir com ele. Eu quero dançar, quero aproveitar a festa! - tento convencê-la entrelaçando minhas mãos como uma súplica.

- Olha seu estado Pah! Não posso te deixar ficar se não amanhã você vai me matar por não ter te impedido. - ela nega meu pedido me olhando fixamente. Resmungo baixinho e tento me soltar novamente, mas meu ato é sem sucesso.

Natália se despede e pede para mim me comportar no meio do caminho. Marcos apoia meu corpo ao seu corpo e me conduz pelos corredores até o elevador. Meu corpo parece que a qualquer hora vai despencar e minha visão turva a todo minuto. Mas isso não é pior. O pior é estar trancada em um elevador com Marcos, ele me deixa louca fazendo qualquer resto de fagulha no meu corpo se acender. E para deixar pior seu olhar penetrante se mantém sobre mim me deixando cada vez mais incontrolável.

A porta do elevador se abre e voltamos a mesma situação que ele me ajuda a caminhar até a porta de meu quarto. Não demorou muito e a porta estava aberta, aproveitei que ele estava distraído em fechar a porta do quarto e me afasto dele.

- Acho que você já pode ir Marcos! - digo emburrada enquanto tentava arrumar minha cama para poder deitar.

Ele me lança um olhar e caminha até a cadeira da minha penteadeira e se senta nela. Dou a volta ao redor da cama e paro na frente de meu guarda-roupa para procurar um pijama. Já com um vestido de pijama em mãos, volto para perto da cama fitando fixamente Marcos.

- Só vou embora quando você pegar no sono, acho que não é muito prudente te deixar sozinha, ainda mais bêbada. - ele me responde depois de longos minutos.

Pergunte ao Destino - Maloma (Adaptação) - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora