°•Capítulo: 22•°

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🌼Dulce Maria On🌼

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🌼Dulce Maria On🌼

Guilherme: Quer que eu vá junto com você?.

Eu: Ele é meu pai. Preciso falar com ele sozinha. Mais... Obrigada.

Guilherme: Bom... Você que sabe.--Ele fala com um sorriso acolhedor e vai para a cozinha.

   Respiro fundo tentando controlar meus pensamentos, começo a andar em direção ao escritório que tia Valentina disse. Fecho os olhos deixando minha mão encostada na porta e paro para pensar. Ele é meu pai. Mais ultimamente não é o que parece. As palavras dele me magoaram profundamente. Ele nunca avia falado daquele jeito da minha mãe. Mas eu precisava enfrentar esses problemas e falar com ele.

   Abro a porta sem bater antes, e entro vendo ele mechendo com alguns papéis. Finjo uma tosse seca e ele me encara sem expressão nenhuma. Meu corpo é tomado pelo frio e pelo medo. A que ponto eu cheguei?. Ter medo do meu próprio pai?.

Pai: O que quer?.

Eu: O que eu quero?. A me desculpe senhor. Pensei que eu poderia conversar sobre a discussão que eu tive com meu pai ausente ontem.--Falo sarcástica Sentindo o gosto amargo das palavras que saiam de minha boca e ele respira fundo, larga os papéis em cima da mesa, cruza os braços e se encosta na cadeira, olhando bem no fundo de meus olhos.

Pai: Não seja sarcástica Dulce Maria.

Eu: Por quê você é desse jeito comigo?. Uma hora me trata como uma princesinha idiota. E na outra me trata como uma...Como um lixo. Por quê faz isso?.

  Seu olhar vacila por um momento mostrando um pingo de arrependimento e dor. Mais logo sua expressão volta a ser a mesma. A cara rígida e fria de sempre.

Eu: Quer saber?. Não me fale nada. Agora você vai me escutar papai. Tem muitas coisas que eu preciso falar para você. Pode me escutar?.

Pai: Fale.--Ele diz apontando para a cadeira na frente de sua mesa, e eu me sento alí, olhando para Minhas mãos. Não conseguia o encarar.

Eu: Eu me lembro de quando eu era pequena.--Começo a dizer e sinto seu olhar queimar sobre mim. Respiro fundo e prossigo.--Me lembro de como éramos uma família feliz. Como você e mamãe eram felizes juntos. Como eu era feliz com vocês dois. Você me tratava como uma princesa, uma garotinha frágil que podia se quebrar só com uma simples palavra. Eu dizia que odiava àquilo. Dizia que eu não era frágil. Cheguei a brigar com a mamãe por ela me tratar que nem uma criança, mesmo sabendo que eu era uma. Mas...tudo mudou. Quando mamãe morreu, senti um pedaço do meu coração e dá minha alma serem arrancados de mim. Me lembrava de todas as palavras sábias que ela me disse um dia. Pensei que eu nunca iria a perder. E ver...O meu pior pesadelo acontecer. Alí. Bem na minha frente...foi...--Fecho os olhos com força deixando as lágrimas escorrerem, aquilo era doloroso para se lembrar, mais eu precisava. Precisava contar tudo o que eu estava sentindo para ele. Ele era meu pai. Precisava saber.--Pensei que ainda tinha você por perto para me ajudar. Para me apoiar. Para ficar do meu lado e me dizer o que era preciso fazer. Mais você se afastou. Não me deixava me aproximar. Passou dias trancado no quarto só com umas garrafas de vodka. Esqueceu que tinha uma filha. Se esqueceu de mim. Não se importava com a minha dor também. Agora eu te pergunto pai!. Você acha que eu não sofri com a morte da mamãe?. Acha que eu também não passava toda noite chorando até dormir?. Acha que a morte dela também não me abalou?, Que a morte dela não me importou?. Eu preferia ter morrido no lugar dela. Daria a minha vida pela da minha mãe. Mais não pude fazer isso. Não pude fazer nada. Você deveria ter pensado nisso. Podia ter me ajudado também. Mais preferiu se afastar. Me tratar desse jeito. E você não sabe o quanto isso dói. O que eu mais quero nessa vida é o amor do meu pai. O amor do pai que eu perdi quando minha mãe morreu. O pai que antes daria tudo de mais valioso pela filha. Não quero dizer que quero algo material. Longe disso...a... única coisa que eu quero é que você me trate como sua filha. Como a garotinha que tinha dois anos de idade que o senhor amava. Por quê não pode fazer isso?.

   Olho para o rosto dele que estava abaixado e limpo as lágrimas de meu rosto com a manga da minha blusa.

Eu: Não me ama mais pai?.

Pai: Para de falar besteiras. Não diga isso.

Eu: Não dá pai. Não posso mais. Não aguento mais. Não quero mais viver assim. Não posso mais viver assim.--Falo levantando da cadeira e ele me olha. Posso ver seus olhos cheios de lágrimas.

Pai: Por favor, não diga isso.

Eu: Eu cansei. Casei de tentar me aproximar de você. Se você me odeia. Tudo bem papai. Mais saiba que para mim você ainda é uma das pessoas mais importantes dá minha vida inteira. Eu te amo. Como ainda amo a mamãe.

   Viro minhas costas andando até a porta mais seu chamado me faz congelar no lugar.

Pai: Dulce Maria?.--Não me viro, e escuto seu suspiro frustado.-- Perdão filha. Eu fui um idiota. Um...Me perdoe. Eu...fiquei muito abalado com a morte de sua mãe. Não consegui pensar direito. Não pensei em toda a dor que você também deveria estar sentindo. Fui um completo idiota por ignorar sua dor. Mas eu não consigo... Não consigo olhar para seu rosto. Para o fundo de seus olhos. Você é idêntica a ela. Isso me faz sentir como se eu fosse um idiota. Sua mãe estava naquele carro por minha culpa. Se eu não tivesse a enganado, ela não teria fugido. Não teria batido o carro. Não teria morrido. No fundo...eu só tenho medo que eu magoe você e que te perca para sempre. Assim como perdi ela.

Eu: É o que você está fazendo.--Digo me virando e o encaro vendo sua expressão frustrada e triste, o peso da amargura em seus olhos.

Pai: Me perdoa?. Por favor. Prometo tentar mudar filha. Por favor. Me perdoa.

   Deveria acreditar em suas palavras?. O perdoar?. Falar que eu o desculpo por todas as palavras horríveis?. Era difícil esquecer toda a dor causada. Todas as noites que chorei por não ter seu amor e seu apoio de pai. Olho para baixo sem saber o que responder e sou surpreendida por seus braços envolta de meu corpo.

Pai: Por favor filha.

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Obrigada pela leitura ❤️
Até o próximo capítulo ❤️.

💙🌼A Filha Princesinha Do Meu Padrasto 💙🌼

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