Capítulo 11

1K 113 15
                                    

   * Não recomendado para quem é sensível a cenas fortes.  Sabemos que é diferente de um filme, mas imaginar esse tipo de coisa também não é bom. Se você tem sensibilidade a esse tipo de cena. Recomendo que pule esse capítulo.*

   Jackie amarrou o pulsos do homem, deixando-o de braços abertos e pernas separadas. Beatrice retirou tudo que tinha na mochila colocando enfileiradas no chão ao lado do rosto do mercenário. Ele se debateu, gritando abafado pela mordaça.

- Quer ficar na porta?- Beatrice perguntou calma para Jackie. - Não será uma cena que vai conseguir esquecer.

- Essa eu quero me lembrar. - Jackie sussurrou, sua voz saiu rouca, demonstrando sua seriedade no que estava para fazer.

- Vamos começar o interrogatório.

O mercenários arregalou os olhos ao ver Beatrice pegar o punhal e passar por cima de sua pele, sem força, apenas para que ele pudesse sentir o fio do corte bem afiado.

- Geralmente não gosto de torturas. Sou muito impaciente, mas no seu caso... eu acho que adquiri toda a paciência do mundo. Então quanto mais rápido você me falar tudo que eu preciso saber, menos dor você irá sentir. - Beatrice sussurou passando o punhal lentamente na pele do Suly, fazendo um corte superficial o suficiente para escorrer um fio de sangue.

  Suly gritou com a dor agoniante em sua pele até Beatrice parar o punhal e o encarar profundamente.

- Um nome! - Beatrice rosnou e o homem a ignorou. Fazendo Beatrice apertar o corte da faca e Suly gritar. - Eu ejetei no seu corpo uma substância que faz sua circulação ficar lenta, sua adrenalina não vai subir. Vou vai morrer aos poucos, sangrando gota por gota...

   Beatrice olhou para Jackie. Ele pegou um alicate e começou a arrancar a unha do dedo mínimo do pé de Suly. O homem gritou mais alto e Beatrice sorriu.

- Vamos tentar de novo...um nome.

- Vá se ferrar! - O homem gritou amordaçado.

- Não sou eu que vou me ferrar.

    Beatrice rosnou e Jackie pegou uma agulha enfiando dentro da unha do dedo da mão de Suly.

- Eu posso ficar aqui dias, semanas, meses, anos... Te torturando até você falar. Se você morrer eu não ligo. Eu tenho o seu telefone. Posso rastrear as suas ligações. - Beatrice mostrou o telefone.  - Faça sua escolha. Morrer na minha mão ou na do anjo da morte.

O homem rosnou quando viu Jackie esquentar um pequeno ferro com um esqueiro.

- Eu preferia morrer nas mãos do anjo da morte por ter soltado informações, do que morrer na mão dela depois de anos de tortura. - Jackie sussurrou encarando a ponta do ferro que ficava vermelho.

- Foi uma boa dica. - Beatrice concordou e voltou a encarar Suly. Jackie entregou o ferro já bastante quente para Beatrice.

    Ela pegou com cuidado, mostrando para Suly o objeto, o desceu até o antebraço do mesmo, passando a ponta  mega aquecida do objeto no antebraço do mercenário. Suly mordeu a mordaça enquanto gritava de dor, o cheiro de pele queimada se esparramou por toda cabana.

- Albert! Albert Nobil. - Suly entregou e Beatrice levantou o ferro.

- Uma boa escolha. - Beatrice sussurrou soltando um sorriso torto. - Quem é, e o que faz?

- Ele é quem interceptada as mercadorias para o anjo.

- Ótimo. - Beatrice sussurrou. - Você sabe quem é o anjo da morte.

- Não vou dizer isso nem que me torture por anos. - Suly rosnou.

- Então vou reformular minha pergunta. Por que minhas filhas?

   Suly desviou o olhar para Jackie que enroscava um tipo de grampo em seu pé.

- Tic tac, tic tac...- Jackie sussurrou e Beatrice sorriu.

- O tempo está passando. - Beatrice comentou e Suly rosnou ao ter o grampo apertado, cortando sua carne do pé.

- Não queria suas filhas! Ele quer você! - Suly contou e Jackie parou de apertar o grampo para o encarar. Suly começou a rir. - Não importa se me matar...ele não vai parar até conseguir o que quer. E ele sempre tem o que quer.

- Você sabe quem sou eu? - Beatrice perguntou cética sentando no chão empoeirado e pegando outro fraco e colocando o líquido na seringa.

- Pantera. A lenda. Crianção bizarra do A.S. - Suly sussurou revirando os olhos. Beatrice injetou o líquido no pescoço do homem direto na corrente sanguínea.

- Sabe por que me chamam assim?

- Entrou sem derramar uma única gota de suor para as forças especias. O rosto bonito esconde ações de animal selvagem, uma pantera. É por isso que ele a quer. Ele gosta de mulheres duronas, e as faz gritar como maricas. - Suly riu psicótico.

- Interessante. - Beatrice comentou. - Sabe qual a minha diferença pro anjo da morte? Eu pego pessoas como ele, e os transformo em massas, cadáveres sem rosto. Sem velório, sem caixão. São jogados diretos em um buraco no meio do nada. Eu não os faço gritar como maricas, eu os faço implorar para que morram.

    Beatrice pegou a lâmina do punhal e cortou a camiseta do homem ao meio. Rapidamente ela encostou a ponta da lâmina na boca do estômago e cravou lentamente na carne.

- Você não poderia entender apenas por palavras. Vou te dar uma demonstração real... Por cinco motivos. Primeiro, você sequestro as minhas filhas. Segundo puxou o cabelo de Jennie. Terceiro, bateu em Ísis. Quarto, me fez perder tempo. Cinco... Mexeu com a minha família.  - Beatrice rosnou.

   Ela começou a deslizar o punhal pelo abdômen de Suly, rasgando a carne lentamente enquanto ele gritava, implorando para que ela parasse.

- Amarre ele de cabeça para baixo. - Beatrice sussurrou e Jackie o fez.

O sangue de Suly começou a pingar rapidamente no chão. Beatrice chutou um balde velho de metal para de baixo das gotas que fizeram repetidos barulhos. As entranhas de Suly sairam para fora, respingando sangue para todos os lados. Suly ainda estava vivo, gritando de dor com a mordaça ainda amarrada fortemente em sua boca.

Beatrice molhou os dedos no sangue dentro do balde e começou a passar na parede de fundo, deixando uma mensagem para o interceptador que viria ao amanhecer.

- Não se preocupe Suly. Você vai morrer daqui 5 minutos de varios jeitos. Hemorragia, envenenado, Parada cardíaca, convulsão... Servirá como um lembrete. Se tentarem ir atrás da minha família mais uma vez... Isso vai ser só o início. - Beatrice sussurrou

   Ela retirou a mordaça e colocou algo para manter a boca de Suly aberta. Ela limpou o punhal em um pano branco e pegou a língua de Suly e a cortou.

- Tenha uma morte lenta e dolorosa, Suly. - Beatrice sussurrou jogando o pedaço de carne no chão.

   Jackie abriu a porta e Apollo olhou a cena, desviou o olhar mas já era tarde. Correu um pouco e vomitou.

- Eu nunca mais vou ser capaz de esquecer isso... - Apollo sussurou em uma pausa entre um vômito e outro.

   Beatrice recolheu as coisas e saiu da cabana. Um raio cortou o céu e ela voltou para o carro tranquila, caminhando de baixo da tempestade.

***

   O homem estacionou o carro e desceu.

     Ao abrir a porta da cabana sentiu o estômago revirar. O clarão no céu revelou a mensagem na parede feita com sangue que dizia: " Você é o próximo. Ass.: Pantera."


Operação BIRDS 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora