Dylan Grosvermor.
Após uma noite cansativa viajando, finalmente o avião pousou, eu odeio ambientes fechados depois de tanta ansiedade me cercando ,finalmente chegamos ao hotel, minha mãe já havia cuidado das reservas, a cidade tem uma presença espiritual muito forte não sei explicar pela manhã meus pais e meus irmãos faremos uma visita a mais um Orfanato, o sétimo em menos de um mês está ficando cada dia mais difícil lidar com a decepção de não encontrá-la.
A esperança desta vez é maior que a de costume, sentimos algo como uma áurea muito forte quando pousamos, chegamos no hotel e fomos para o quarto dos meus pais eles estavam mais animados posso até dizer que mais esperançosos do que da última vez, já meu irmão Armand estava me irritando com o seu pessimismo.
- Sinto algo nesta cidade uma presença não consigo explicar - Falei para minha mãe.
- Acho que todos sentimos querido - Disse ela me olhando.
- Independentemente dessa força ou o que seja que sentimos, pode ser apenas um demônio ou uma bruxa classe alta não pensem que vamos encontrar essa garota logo de cara principalmente em meio a 35 mil habitantes desta cidade - Exclamou Armand.
- Seu pessimismo me irrita Armand - Disse Ravenna se controlando para não socar o irmão.
- Já chega crianças vão para seus quarto já está tarde amanhã quero todos em pé logo cedo - Disse Christopher em voz alta.
- O pai de vocês tem razão estamos todos cansados da viagem e não quero saber de discussões cada um pra seu quarto. - Falou Angela em afirmação.
- Mãe mais estamos no mesmo quarto - Disse Louis.
- Boa noite Louis - Respondeu Angela fechando a porta.Nosso quarto ficava em frente ao quarto dos meus pais e minha irmã ficou no quarto ao lado, pegamos um quarto grande com 3 camas separadas e meus pais ficaram em uma suíte confortável.
Meus irmãos logo foram dormir e como todas as noites nos últimos meses estou acordado esse lugar me deixa inquieto, medo impesteia o ar me deixando levemente preocupado, eu sinto a presença dela nesta cidade em algum lugar aqui ela deve estar, Nanael um amigo da família nos contou que eu teria uma conexão forte com a garota que quando eu a visse eu saberia que seria ela, sabemos que ela é o único ser capaz de nós libertar da maldição ou terminar de nos condenar.
A um milênio atrás éramos uma família muito simples, vivíamos do campo, tínhamos uma boa propriedade e algumas posses não tínhamos do que reclamar, nossa vida era maravilhosa mas perdemos tudo depois que a maldição foi lançada tivemos que fugir de nossas próprias terras, fomos caçados e quase mortos até encontrarmos um lugar o mais longe o possível da convivência humana. Fomos condenados a nunca envelhecer e ter que viver dos outros, vivemos de sangue humano já à mais de 1000 anos, eu queria que fosse somente isso, mas não sou como meus irmãos, nem como meus pais eu sou um monstro, sem alma há muito esquecido por Deus, minha sede por sangue e meu instinto assassino faz com que até mesmo vampiros temam à mim.
Relembrando acontecimentos passados não percebo como a hora passou, já deve ser umas 03:00 horas da manhã quando sinto um tremor aparentava ser apenas um terremoto fraco, em seguida um segundo tremor acontece com mais força não o suficiente para rachar as paredes do hotel mais forte o bastante para derrubar algumas coisas e chacoalhar os lustres, sai para o corredor cuidadosamente para não acordar os outros notei que a porta do quarto de Ravenna estava aberta e ela não estava, segui seu cheiro pelo corredor tomei o elevador e fui para o primeiro andar caminhei até a porta principal saindo para fora do hotel à encontrei andando pela rua já escura e deserta.
- Ravenna o que está fazendo aqui fora a essas horas? - Perguntei preocupado.Não obtive resposta, ela continuou caminhando como se não me ouvisse corri até ela e a segurei pelo braço a virando pra mim fiquei surpreso ao olhar para seu olhos que brilhavam um roxo celeste eu sabia que ela não poderia me ver nem mesmo me ouvir me recordo a última vez que isso aconteceu foi a 1000 anos o dia em que a profecia relata o nascimento da garota. Ravenna tinha vislumbres do passado, presente e futuro desde os 7 anos eles ficaram piores depois dos 17 anos e no dia de se aniversário de 18 anos ela me contou sobre a maldição mas não quis acreditar três dias depois aconteceu ninguém da família além de mim sabia sobre suas visões e hoje me arrependo todos os dias de não ter acreditado ela me contou que somente essa garota seria capaz de nós salvar da maldição imposta, nunca conseguimos acorda-lá dos transes mais não custa tentar.
- Ravena minha irmã está me ouvindo? - Perguntei já sabendo a resposta - Ravenaaaa.Alguns segundos após eu ter gritado em seu ouvido ela me olha assustada seus olhos voltam ao normal e ela observa tudo em sua volta não compreendendo como havia chegado ali.
- O que aconteceu? Porque estou na rua? -Perguntou ela desnorteada.
- Estava em transe como da última vez, o que você viu? - Respondi fazendo outra pergunta.
- Eu senti foi ela que causou os tremores, me senti como se fosse atraída mas achei que fosse apenas um sonho - Contou ela.
- Eu também senti uma certa atração mais não tanto - Disse - vamos está cidade é fria e você só está de camisola.
- Sabe que não sentimos frio - Respondeu ela ironicamente.
- Eu sei mais o pessoal da portaria do hotel não - Disse rebatendo sua resposta.
- Verdade vamos entrar - Falou ela me abraçando.Caminhamos novamente até o hotel tirei meu casaco e a cobri eu sou o único com sangue quente da família e sei o quanto estava frio entramos e o porteiro junto com o segurança ficaram nos olhando, pegamos o elevador e subimos rapidamente minha irmã entrou em seu quarto e trancou a porta, eu voltei para o meu fechado cuidadosamente a porta para não acordar meus irmãos me deitei demorei um pouco mais acabei pegando no sono.
Dormi pouco tempo acordei com os primeiros raios de sol, levantei e fui direto o banheiro fazer minha higiene matinal e troquei minhas roupas,eu tenho uma audição incrível e barulhos vindos do quarto de meus pais me indicam que também estavam acordados, esperei alguns minutos para ver se meus irmãos iriam acordar sozinhos mais passado um tempinho os dois continuaram dormindo então os acordei.
Esperei os dois se arrumarem e fomos para o quarto de nossos pais, minha irmã já estava esperando por nos junto com meus pais, meu pai havia trazido uma maleta especial para armazenamento de coisas no nosso caso bolsas de sangue precisavamos nos alimentar escondido pelo menos neste lugar, precisamos nos alimentar antes de sair a sede pode nos tornar agressivos, minha mãe era a fundadora de um dos maiores bancos de sangue do Reino Unido ela fez isso para não precisarmos tirar a vida de ninguém nunca mais.
Minha mãe é médica e meu pai além de empresário bem sucedido é um cientista renomado, os dois buscaram por uma cura por anos mas nunca conseguiram nem mesmo chegar perto somente um soro foi desenvolvido por eles para me ajudar a controlar minha sede. Depois de nos alimentar ficamos esperando a limusine que minha mãe contratará, ela nunca gostou de economizar eu tinha certeza que ela contrataria algo extravagante.
Uma hora depois a recepção ligou para avisar que nosso carro havia chegado, juntamos nossas coisas e descemos com as bagagens, se encontrarmos a garota hoje vamos imediatamente para o aeroporto meu pai já havia planejado tudo não seriam feitas perguntas já que tinhamos um jato particular e o pessoal conhecia minha família a anos, era muita burocracia para emitir um passaporte demoraria dias e não dispomos desse tempo e também sabemos que a garota provavelmente não possuí um, o carro já estava a caminho do Orfanato ficava a cerca de uma hora do hotel onde estavamos hospedados, para mim era um dia péssimo estava muito difícil me controlar.
- Da por favor pra vocês controlarem suas emoções isso está me deixando irritado - Falei afroxando um pouco a gravata.
- Nos desculpe querido! - Respondeu minha mãe.Em poucos minutos o carro parou em frente ao Orfanato, meus pais desceram seguidos dos meus irmão, quando desci pude observar a fachada do local meio decaida meu pai abriu o portão e entramos o caminho até a porta era de pedras brancas, consegui observar de longe um jardim muito belo com rosas belíssimas e por um instante parecia ter ido para outro lugar mais fui puxado de volta para a realidade notei uma mulher parada na porta com um sorriso enorme no rosto, meus pais entraram e meus irmão também o entrar senti uma força sobrehumana que permeava o lugar.
- Sejam bem vindos ao Orfanato Saint Patrick - Disse a mulher com uma voz calma mais demonstrando empolgação.
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Fênix- A Libertação dos Condenados(EM REVISÃO)
Science FictionUma criança é abandonada na porta de um Orfanato com poucos dias de vida ela é então criada pelas freiras, desde muito pequena ela chamava atenção por fazer coisas que nenhuma das outras crianças faziam a Madre Superiora sabia que ela teria papel mu...