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Era tarde.
Mais precisamente, 13h da tarde.Donghyuck acordara com uma fome monumental.
Pular o café da manhã só pra poder dormir mais talvez não tenha sido a melhor das escolhas. Não quando se alimentar direitinho é essencial para o próprio desempenho de sua profissão. Precisava estar sempre forte — treinou até bem tarde no dia anterior, só pra poder tirar aquele diazinho pra si — e naquele momento, Donghyuck se sentia tudo, menos forte. Naquele momento Donghyuck era um jovem de 20 anos morto de fome e a única coisa que sentia, era o seu estômago pedindo socorro.
Levantou-se da cama e caminhou pelo dormitório vazio. Todos os outros estavam em atividades: uns na academia, outros na sala de prática, alguns com certeza na cafeteria do prédio, talvez Yuta estivesse fazendo uma live, mas teria certeza disso depois. Depois de matar o que estava lhe matando.
À passos largos, Donghyuck rapidamente passa pelos corredores até a área de convivência, onde se localizava a cozinha. Abriu imediatamente a geladeira atento à qualquer coisa que fosse de comer; olhou, viu algumas pêras, tangerinas, uma caixinha com morangos, kimchi, verduras, alimentos em conserva, um pouco de queijo, metade da metade de uma melancia e três bolinhos que alguém trouxe da cafeteria do térreo e que o dono certamente ficaria bem pistola ao chegar e não encontrá-los intocados e exatamente no mesmo lugar. Acredite, Taeyong podia ser bem cruel quando o assunto era bolinhos.
Donghyuck pegou um dos bolinhos — nada que uma semana escondido no dormitório do Dream não faça Taeyong esquecer — e comeu alguns morangos também. Eles que lutem.
A sensação era maravilhosa. Comida! Finalmente comida. Estava tão cansado do dia anterior, gastou tanta energia, tantas calorias, jantou pouquíssimo pois já era bastante tarde quando chegou da sala de prática, não queria uma digestão mal feita e um estômago inchado durante a noite. Não mesmo.
Naquela hora parecia que o mundo estava começando a fazer sentido. Donghyuck odiava ficar com fome.
Certamente um bolinho e alguns morangos não acalmariam o seu estômago por muito tempo. Eram apenas uma distração. Precisava de uma refeição digna, de verdade, e faria uma...
...se aquela maldita não estivesse lá.
Ah... quantas vezes Donghyuck já desejou que aquela aberração sumisse de sua vida pra sempre... quantas vezes Donghyuck já desejou deitar o tal do Johnny Seo na porrada por ter sido o responsável pela droga daquela 'Flavorstone' um belo dia ter aparecido na sua frente...
E daí que é a super frigideira da 'Polishop', que custa os olhos da cara, que é antiaderente até a alma. Donghyuck a odiava com força. Não porque a frigideira não cumpria o que prometia, mas por que ela fazia mais que comida sem óleo. Ela fazia o inferno na terra.
Há muito tempo parou de contar quantas vezes essa máquina de hematomas já havia deixado alguma marca em seu corpo. Alguém sempre colocava aquela droga em algum lugar que Donghyuck não esperava e quando ia abrir um armário, lá estava ela; vermelha, em toda a sua glória, e em queda livre, diretamente pra cima dele.
A droga da frigideira tinha, literalmente, uma queda tão grande por Donghyuck, que poderíamos chamá-la de Sunflower.
A verdade era que alguns dos cozinheiros daquele dormitório eram um tanto quanto desorganizados na hora de armazenar os objetos utilizados, e seus ajudantes, piores ainda. Algumas panelas e utensílios eram guardados uns em cima dos outros na maioria das vezes. Alguns armários eram como armadilhas: era só liberar a tranca que pegava alguém. Parecia pegadinha, mas em grande parte das vezes, acontecia justo com Donghyuck. Quando ele dava sorte, era o dia de azar de Taeil. A parte superior dos armários era um tanto alta demais pra eles, que sempre precisavam se esticar mais um pouco, ficar na ponta dos pés ou pedir pra alguém alcançar os objetos.

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» soft «
Fanfictiontudo por causa de uma frigideira (이민형 + 이동혁) ¡markhyuck au! + nct127 - oneshot [plágio é crime]