Quando a Luz Conhece as Trevas

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  Os gritos de Macayla fazia o coração de Rafael se apertar cada vez mais, ele não sabia o que fazer pois embora tenha despertado seus poderes, não conseguia usá-los pra se soltar, especialmente depois que sua mãe o acorrentou daquela forma.

— Está pronto? É a sua vez. — Disse Aurora, e Mamon se aproximou para retirá-lo daquelas correntes. 

—  Você é um monstro. — Respondeu ele.

— É já ouvi isso antes. —  Ela respondeu. — Não se preocupe, ela vai para de gritar quando perder a noção da mente e enlouquecer de uma vez.

—  O que está fazendo com ela?

— Ela pediu por isso. —  Respondeu e ele havia sido libertado das correntes mas algemado nas costas impedindo de mover as mãos e tentar alguma magia. — Não se sinta um inútil por não conseguir usar os seus poderes, é assim mesmo, enquanto você negar a existência deles eles irão te negar do mesmo jeito.

—  Solta a Macayla... —  Pediu com tom ameaçador e Aurora fez sinal com a cabeça para que Mamon levasse o garoto dali. —  O que vai fazer com a gente? AURORA! —  Gritou inutilmente sendo levado a força enquanto Aurora sorria sozinha.

***

 Macayla chorava e ainda tentava escapar daquelas correntes a base da força, e nada acontecia além de machucar ela mesma. Então partiu para a força bruta, e enquanto chorava ela segurou a corrente com força e arrastou sua mão nela rapidamente para que cortasse a palma dela, havia dado certo, e ainda enquanto chorava tentava desenhar o mesmo símbolo que ela havia feito quando estava na cela do inferno para salvar seu pai. Ela ia tentar se comunicar com Adam mais uma vez, mas o problema era que o sangue não era suficiente, então ela teve que fazer o mesmo com a outra mão, e mesmo assim, mesmo tentando não conseguia por causa do maldito colar.

 Ela gritou batendo a mão no chão sem saber mais o que fazer. Até que ela pensou na última coisa... O suicídio... Entretanto não havia nada ali pra ela tentar se matar além da corrente e das algemas, então ela o fez, entrelaçou a corrente no pescoço com dificuldade e tentou se enforcar mas a distância entre o chão era óbvio ela não conseguiria se enforcar sentada no chão, tentou até mesmo apertar a corrente para que não passasse oxigênio para seu cérebro, mas no último minuto ela soltou a corrente se desgraçando em chorar.

—  Nem para se matar você presta... —  Disse ela a si mesmo. —  Mãe... —  Chamou se sentando e abraçando os joelhos. —  Mãe... Eu... Eu estou com medo... Me tira daqui... Por favor... —  pedia implorando aos sussurros quando novamente aquela alucinação do demônio que possuía Macayla apareceu a encarando.

 Ela queria dominar o corpo da Macayla e iria se aproveitar daquele momento.

— Quanto sofrimento criança. —  Macayla estava tão triste que nem se importava mais com as aparições daquela coisa. — Até quando vai deixar isso te consumir? —  De toda forma ela era o centro de tudo, ou para Aurora, ou para o Caos. 

  Se um não ganhasse, o outro ganharia. 

  Não, ela não podia pensar nisso, tinha de ser forte, mas como? Como seria ela forte, se naquele momento seu melhor amigo estava sendo colocado dentro de uma espécie de cúpula mágica obrigado a despertar sua magia por completo de forma brutal...

  Maca não sabia o que fazer... Estava perdida e sozinha, Rachel não viria salvá-la, sua mãe também não, seu pai também não... Ela só queria sair dali, ela não aguentava mais ficar ali.

  E foi assim que a porta se abriu.

  Aurora sentia o cheiro da vitória quando abriu aquela porta e via Macayla naquela situação, derrotada, completamente derrotada.

Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol ÚnicoOnde histórias criam vida. Descubra agora