Love in three doses

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Oi gente!
Como vocês estão? Bem? Espero que sim e de preferência EM CASA. Queria me desculpar pela demora, estou/estava sofrendo um bloqueio seríssimo e não sei como sair dele, tentarei atualizar o máximo possível. Sintam-se a vontade para mandar feedbacks, aqui no twitter, eles são importantes.
Obrigada a todos e todas que continuam por aqui!
Um beijo 💛

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POV Gizelly

Sim, para variar estava atrasada, minha cabeça pensava mil e uma coisas desde a madrugada. O Uber que me esperava em frente ao meu prédio trouxe até o apartamento de Manu. Eram quase dez da noite e eu realmente estava muito atrasada, toquei a campainha três vezes seguidas até que uma Rafaella de vermelho abrisse a porta com uma mão na cintura e me encarasse.

  - Sangue fogo e labareda, oi. - disse olhando a loira da cabeça aos pés.

  - Achei que não viria mais. - ela cruzou os braços. Aparentemente estava irritada mas estava tão linda que eu não consegui segurar meu sorriso. - que foi?

  - Não vai me convidar pra entrar?

Ela me deu passagem e fechou a porta atrás de mim logo em seguida. A iluminação da casa estava baixa e tocava uma música em inglês no fundo que eu não a reconhecia. Rafaella andou na frente indo em direção a sala de jantar e eu a segui , meu deus que mulher é essa...  Ela tá tão... Linda. Fui tirada de meus pensamentos ao observar que ela me encarava, já sentada, me sentei de frente para a mesma que continuava a me olhar.

  - Cadê a Manu? - perguntei me ajeitando na cadeira enquanto ela tirava sua comida.

  - Ela e o Igor acabaram se "acertando" - fez aspas com os dedos - e ela foi jantar com ele, pediu pra você desculpar ela pelo furo

  - Ah, tudo bem - ri fraco observando Rafaella depositar o vinho em nossas taças. - posso? - apontei para a travessa de macarrão e ela assentiu.

Me observavou o tempo inteiro enquanto servia o jantar para nós duas. Quanto mais eu sentia seus olhos sobre mim, mais meu corpo inteiro queimava. O motivo? Bom, não sei bem. Mas ele estava em chamas. E pequenas borboletas batiam, fortemente, suas asas em minha barriga toda vez em que nossos olhares se cruzavam.
Comemos em absoluto silêncio, apenas trocando olhares, e a única coisa a ser escutada era a música baixa que vinha do som.
Após a sobremesa, que por sinal estava maravilhosa, Rafaella levantou-se com sua taça e pegou a garrafa de vinho com a mão livre. Me levantei, também com minha taça em mãos e a segui até a enorme varanda do apartamento. O céu brilhava, a brisa leve da cobertura de frente para o mar era fresca, o barulho das ondas pareciam a melhor melodia do mundo. Estavamos as duas observando o horizonte, o mar e o céu escuro se encontravam um só formando dois céus. Lindo. Linda. Ela estava perfeita. O céu estava perfeito. A noite combinava com o tom vivo de sua roupa e seus cabelos loiros, deixavam ela brilhar ainda mais diante de meus olhos.
Rafa então se posicionou atrás de meu corpo e abraçou minha cintura, colocou seu rosto na curva de meu pescoço e deu um cheiro seguido de uma risada.

  - Eu não acredito. - disse ela.

  - Por que não? - respondi segurando a risada.

  - Porque eu amo esse perfume titchela... Não acredito que ocê voltou a usar, nossa, ele é tudo

  - E você acha realmente que eu não sabia? - Ri me virando pra ela e envolvendo meus braços no seu pescoço.

  - Não achei que lembrasse - ela mordeu o lábio inferior antes de me roubar um selinho, eu apenas sorri

  - Hello né Rafa, óbvio que eu lembraria, só não não sabia se você iria lembrar né - Rafaella passou dois dedos delicadamente pela lateral do meu rosto e colocou uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. Talvez eu pudesse sentir meu corpo inteiro e estremecer.

  - É impossível esquecer qualquer coisa que me lembre você.

Nós duas sorrimos e ela pegou minhas duas mãos se afastando um pouco. Ficamos alguns segundos nos olhando mas nenhuma das duas dizia nada, e aquilo me incomodava, com certeza não se passava a mesma coisa na nossa cabeça naquele momento.

  - Gi... Posso te perguntar uma coisa? - confirmei com a cabeça - O que ocê acha de mim? Tipo, não sei sabe?

  - Eu te acho uma das pessoas mais incríveis do mundo, uma mulher linda - depositei um selinho em seus lábios - bem posicionada - outro. - forte, com uma fé admirável e com um coração enorme - mais um - além de ser uma profissional perfeita e super inteligente. - dei um sorriso e me aproximei fazendo carinho em suas mãos - o que você tem?

  - Tipo, se eu te pedisse em namoro, hipoteticamente falando...

  - Rafa.... - semi cerrei os olhos a olhando

  - Gi... - ela arqueou uma sobrancelha e eu arregalei meus olhos. Tudo bem, eu não estava preparada e ela realmente não estava brincando. Um, dois, cinco segundos. Silêncio absoluto. - tudo bem - ela riu fraco - eu tava brincan-

  - Não, me deixa falar - a interrompi - eu gosto muito, muito mesmo, muito de você. Namoraria sim, não agora mas um pouquinho mais pra frente sabe? - falei enquanto me aproximava - eu tenho certeza que a melhor coisa que poderia me acontecer é ter um relacionamento com você.

  - Nossa eu acabei de levar o melhor fora do mundo - ela gargalhou e eu troquei nossas posições a encostando na sacada

  - Não foi um fora ok?

  - Eu tô brincando titchela, sei que não, ocê tá certa... Mas eu ganho pelo menos um beijo, será?

Soltei uma risada alta e a puxei pra mim pela cintura, suas mãos envolveram meu rosto colando nossos lábios devagar. O mais interessante era que todos os nossos beijos sempre pareciam ser o primeiro, o toque diferente e especial, a forma como meu coração batia de forma acelerada, o jeito fofo como Rafaella sentia falta de ar com rapidez, tudo. Eu realmente não sabia como, e não queria, me controlar perto dela. Senti seu corpo me guiar até a escada, logo em seguida me virei ficando de costas para ela que me abraçou e subimos juntas, suas duas mãos apertavam minha cintura e prensavam meu corpo contra o seu. Pela proximidade podia ouvir os batimentos acelerados de seu coração, que, misturado a sua respiração quente em minha nuca fazia com que me arrepiasse por completo.
Adentramos o quarto e Rafaella me sentou na cama, ficou em minha frente e foi tirando lentamente o vestido vermelho revelando a lingerie preta que vestia por baixo dele, linda por sinal. Eu prestava atenção nos mínimos detalhes, todos os detalhes de seu corpo, da lingerie, do quarto, dela. Principalmente, dela.

  - Meu deus - disse em um sussurro com a  voz completamente rouca.

  - Titchela - ela segurou em meu queixo e sentou-se em meu colo com um joelho em cada lado de minhas coxas - não envolva ele no nosso pecado - sussurrou em meu ouvido.

Era quase que palpavél o quanto Rafaella me deixava completamente anestesiada. Com certeza os vizinhos teriam ligado para reclamar do barulho caso as paredes não tivessem isolamento acústico. Eu a queria mais que tudo aquela noite, e ela também. Nós estávamos incontroláveis, eu precisava dela em todo o meu corpo, imediatamente.