onde a bagunça que lola causa é capaz de organizar a vida de jonah, e fazer com que ele não a tire de sua mente um segundo sequer.
❝•you make me smile every time you call me.
you let me be myself.
you do not control me.❞
- Se você estiver lendo est...
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"It's funny how things never change In this old town So far from the stars"
chapter sixty four - see u soon
Quando o relógio despertou às 05h da manhã, eu já estava acordada. A ansiedade preenchia meu peito, ao mesmo tempo em que minha barriga sentia pontadas pelo nervosismo. Passei a noite assim, rolando pelo lençol, me enrolando nos cobertores, com o rosto enfiado nos travesseiros. Dessa vez, até a cortina eu havia fechado, coisa que nunca fiz.
Era o maldito dia da mudança. Maldito, não por ser algo ruim, mas sim, por ser algo que vem me assustando a longos dias. Repasso pela milésima vez o que eu teria de fazer hoje assim que levantasse, e também pela milésima vez, me xingo mentalmente. Dessa vez, todas as malas já estavam prontas, porque Lily e Kay arrumaram - por uma aposta sobre o tal cara gato que Atlantis havia saído certa vez -.
Pulei da cama, caminhando pelo quarto. Se Zach estivesse ali, ele provavelmente diria que eu estaria em breve, fazendo um buraco no chão. Olho ao redor do lugar, sentindo o aperto no meu peito retornar como um balde de água fria. Esse lugar vem sendo como um baú para mim, porque foi ali que muitas lágrimas foram derramadas, assim como muitos sorrisos foram dados; um verdadeiro baú de memórias.
Quando você inicia uma nova série, por exemplo, é estranho de início. Você precisa se acostumar com o enredo, com os personagens, com a história em si. Era uma comparação fútil, já que eu estava me mudando para o outro lado do país, e não iniciando um progama. Mas, ainda sim era um bom exemplo. Era como eu me sentia, afinal.
Caminho rastejando a pantufa no chão até a cozinha, onde encontro Atlantis já de pé. A mesa estava repleta de coisas que apenas Atlantis sabia fazer, com o jeito mamãe super protetora que ela tinha. Aprecio a cena, sentindo o aroma do café preencher a cozinha, enquanto caminho até onde ela está, de frente para a bancada.
-Bom dia, Oceano Atlantis. - Brinco, trazendo à tona o idiota apelido que a Lola de 16 anos havia dado à ela.
-Oh, por favor, isso não. - Ela resmunga de forma divertida.
-Me dê um desconto, hoje é um dia importante. - Digo, colocando um cookie na boca, o que faz Atlantis acertar um leve tapa na minha mão, repreensiva.
-Espere o café ficar pronto. - Ela resmunga, franzindo a testa como sempre, sempre fazia.
Levantei as mãos, mostrando que dessa vez, eu me rendia a repreensão dela. Bom, era nosso último café da manhã juntas, desse jeito. Afasto o pensamento que me aperta o peito, no exato momento em que ela desliza pela cozinha com agilidade para tirar as torradas da máquina. Tento ajudar, mas acabo tropeçando no maldito tapete.
-Céus, Lola. Toda vez você tropeça no mesmo lugar. - Atlantis diz, com a voz escondendo uma risada. Resmungo, porque realmente quase cai, como sempre.
